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Criolo canta com potência as dores do luto e da tragédia brasileira em novo álbum de rap
Em seu novo trabalho de estúdio, fruto de uma trilogia iniciada onze anos antes com a estreia de “Nó Na Orelha” (2011), Criolo deixa de lado os olhares direcionados para a eternidade. Com o presente a seus pés, ele estreia “Sobre Viver”, projeto que abraça tanto o Cabo Verde de Mayra Andrade quanto as Minas Gerais de Milton Nascimento em 10 faixas.
Tendo como parceiros nomes como o próprio Bituca, Tropkillaz, Liniker, MC Hariel e Jaques Morelenbaum, entre outros, o cantor reage ao Brasil atual e aos muitos números da pandemia – novos-tristes tempos que levaram, entre outras pessoas, a irmã Cleane, vítima fatal da Covid-19 aos 39 anos.
Sem rodeios e afiado, ele versa sobre caos, tristeza, mas também sobre potência. Sobre as religiões de matriz africana que “sobre vivem”, estados negligentes e plenos em maldade. Sem se esquecer dos pontos de resistência sustentados pela arte, pela educação, pela música.
“Meu rap vai me levar aos confins do mundo pra dizer que só o amor pode te afastar do canhão de um 12, de um tiro, de uma arma, de uma desilusão”, canta em um dos trechos.
Em sua poesia moderna, o cantor paulistano apresenta novas camadas de sua obra – cada vez mais contundente em tempos de ruína. Escolha seu player! Ouça já clicando na foto abaixo.