Morreu neste domingo (3), aos 98 anos, a escritora Lygia Fagundes Telles. Membro imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde a década de 1980, ela tinha no currículo importantes prêmios como o Camões e o Jabuti, do qual foi três vezes vencedora. O falecimento, segundo Juarez Neto, também membro da ABL, deu-se em virtude de causas naturais.
Uma das maiores autoras brasileiras de todos os tempos, Telles teve suas obras traduzidas para diversos idiomas, entre eles francês, espanhol, alemão, sueco, italiano, inglês e português de Portugal. Seus contos e romances também ganharam adaptações cinematográficas.
Foi o caso de “As Meninas”, ambientado em São Paulo durante o período da ditadura militar. No enredo, três jovens universitárias de diferentes origens vivem em um mesmo pensionato dividindo incertezas e fortalecendo a própria caminhada a partir da convivência.
Nas telas, esse drama controverso teve direção de Emiliano Ribeiro e nomes como Adriana Esteves no elenco. Outros livros também ganharam notoriedade. Destacam-se “Antes do Baile Verde”, Seminário dos Ratos”, “As Horas Nuas” e “A Noite Escuta e Mais Eu”.
Entre as memórias está sua importante participação no programa “Roda Viva”, em 1996, e as anedotas que contava da amizade que tinha com Clarice Lispector.
Recentemente, a revista Quatro Cinco Um produziu um episódio especial do podcast 451MHz dedicado à autora. Ainda não há informações sobre a despedida.
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