Cada vez mais integrado à produção de conteúdo voltada para a música, o Instagram acaba de criar uma nova função. A partir desde mesmo 31 de março, usuários poderão enviar músicas por meio da DM, ou seja: tá liberado compartilhar as faixas favoritas com as pessoas mais próximas.
Com a novidade, será possível reproduzir 30 segundos dentro da própria caixa de entrada por meio de três plataformas. A princípio, entram na brincadeira Apple Music e Amazon Music. Spotify, em data próxima. A intenção é facilitar a navegação de modo a evitar que o usuário saia do app para navegar em outro streaming.
Em nota, a rede social destacou ainda um segundo fator decisivo: a intenção de apoiar estratégias dos artistas, a fim de possibilitar que amigos compartilhem com mais leveza o que estão ouvindo e, quem sabe, te oferecer uma forcinha na hora de mandar aquela indireta pro @.
“Mais do que challenges, muitos artistas e gravadoras perceberam a importância de construir uma base sólida pela proximidade com fãs. Por isso, os artistas musicais também estão passando a ocupar o papel de criadores de conteúdo, cultivando uma audiência que o acompanha não só nas tendências e nos virais, mas em toda sua carreira”, explica a gerente de Parcerias com Gravadoras e Distribuidoras do Facebook, Fernanda Bas.
Entre os destaques estão o cantor Zé Felipe, um sucesso em se tratando de virais e desafios. Além das próprias canções serem pegajosas aos ouvidos alheios, Felipe ainda conta com a ajuda da esposa, a influenciadora digital Virgínia. Um exemplo recente foi o que ambos fizeram com o hit “Malvada”.
“A rede social é uma ferramenta de ouro para nossa carreira, entendi isso nos últimos anos. Ajuda a música a alcançar números e lugares que jamais imaginei!”, diz o cantor goiano. “O segredo é o tipo de conteúdo e, claro, música BOA de verdade! Precisa ser bom, porque ninguém engaja se não for. Mais uma vez a Virgínia me mostrou isso na prática: aprendi que chamar a galera para ouvir minha música é como escovar os dentes, faz parte e faz bem”.
Outra aliada do processo é a carioca Iza, já chamada de imperatriz do pop. Sempre envolvida na criação de suas coreografias e estratégias de mídia, ela ressalta o papel da convergência de funções.
“O Facebook e o Instagram funcionam muito não só como redes sociais para me comunicar, mas como lugares de conversão para minhas plataformas de streaming. Você criar conteúdos diferentes colocando sua música realmente me abriu novas possibilidades de criação de conteúdo e divulgação da minha música. Eu me divirto muito com isso”.
No mesmo embalo está a cantora Ananda, que já soma hoje cerca de 8 milhões de seguidores apenas no Instagram. Mesmo tendo começado como influenciadora, ela explica que a carreira musical só atingiu o patamar atual em virtude da produção de conteúdo.
“Por isso é muito bom você alimentar a rede de conteúdos musicais, mas também é legal tentar coisas diferentes e abrir uma porta para outro público. Isso acaba trazendo mais pessoas que podem se interessar pelo seu trabalho. Está tudo muito ligado e quando você aprende a conectar todos esses fatores, você consegue entregar sua arte para muito mais gente”.
Centradas em um dos principais polos criativos do mundo, as gravadoras também assumem um papel essencial na hora de pensar estratégias para estreia em redes. “O Brasil está no Top 3 em consumo de redes sociais no mundo e isso influencia diretamente na construção do plano de comunicação dos nossos artistas”, afirma Lena Pelosi, Gerente de Comunicação e Marketing da Som Livre. Para ela, colocar o artista também como um influenciador ajuda a criar uma conexão maior com o público:
“Nós costumamos dizer que o artista precisa ser o maior influenciador dele mesmo, porque através do Instagram ele consegue falar diretamente com o fã que quer consumir o seu trabalho. Além de produtor de conteúdo, ele é usuário, e isso faz com que tenhamos os artistas cada vez mais engajados nos conteúdos, nas ideias, o que reflete diretamente no resultado do trabalho”.
É exatamente na função de parceiro que o Instagram entra em ação. Thiago Abreu, Gerente de Marketing Digital da Warner, reforça essa ideia.
“Nós temos usado muito o Reels pela ótima entrega da ferramenta e também pela importância em construir base para novos artistas, por exemplo, estimulando que criadores e fãs façam Remix com o conteúdo do artista em diversos pilares de conteúdo para atingirmos cada vez mais pessoas, seja com um conteúdo de dança, fazendo uma maquiagem artística no tema da música ou cantando junto com o artista”.
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