Neste ano, a Marvel entregou uma sequência alucinada de produções! A torto e a direito, séries, filmes e até músicas fizeram a cabeça dos fãs – que não podem reclamar da quantidade de opções durante os últimos meses.
Para o público que acompanha tudo do MCU, a chegada de séries de televisão já era esperada. Um meio de expandir esse universo para um público maior e a experimentar diferentes linguagens narrativas, cinco produções televisivas foram lançadas no Disney+. A proposta inicial é simples: trazer o universo dos cinemas para as telinhas sem perder a grandiosidade dos costumeiros blockbusters. E mais: dar voz, palco e muito tempo de tela para personagens que poderiam oferecer arcos significativos para a Casa das Ideias no audiovisual.
O argumento base de todas as tramas é a forma como cada herói lidou com as consequências de “Vingadores: Ultimato”, algo explorado em quase toda a Fase 4, que teve início em “Homem-Aranha: Longe de Casa”. Para isso, os personagens escolhidos orbitam o time principal dos Vingadores, com exceção de Clint Barton, que integra a equipe desde o início. Assim, o público pode conhecer mais de Wanda Maximoff, Visão, Loki, Sam Wilson, Bucky e o próprio Gavião Arqueiro. Todos têm sua importância nos filmes, no entanto, nunca protagonizaram seus dramas de forma aprofundada.
A oferta de histórias para a TV também veio com uma interessante entrega: novos personagens passaram a ser amados quase que instantaneamente pelos fãs. Para citar alguns, temos a bruxa Agatha Harkness, Monica Rambeau, Kate Bishop, Sylvie e até mesmo Joaquín Torres, que foi visto em pouquíssimos momentos.
Agora, com todas as atrações do ano encerradas, espera-se que o inverso aconteça: as produções televisivas impactem as histórias contadas nos cinemas. Isso, por exemplo, pode ser visto em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, com desdobramentos dos acontecimentos finais de “WandaVision”, “Loki” e, talvez, “What If…?”.
Antes de prosseguir, vale ressaltar um ponto: nos últimos anos, inúmeras séries da Marvel foram veiculadas na TV. “Agents of S.H.I.L.D.”, “Agente Carter”, “Fugitivos” e até projetos da Netflix, incluindo “Demolidor” e “Jessica Jones”. No entanto, por mais que algumas histórias fossem influenciadas pelo cinema, elas não pertencem ao cânone oficial dos filmes. Essas produções, inclusive, pertenciam à divisão Marvel Telelvision, que não existe mais. As séries do Disney+ foram feitas pelo Marvel Studios, dessa forma, pertencem ao MCU. Agora… vamos de lista?
Pois bem, essa lista relembra a trajetória das primeiras séries do Marvel Studios e apresenta o que está por vir no futuro do Disney+.
Protagonizada por Elizabeth Olsen e Paul Bettany, a história acompanha o casal Wanda e Visão vivendo em uma pacata cidade dos Estados Unidos. Aos poucos, percebe-se que nem tudo é o que parece e um conturbado contexto se revela por trás de capítulos que homenageiam comédias norte-americanas.
Fruto do sucesso, o projeto obteve 23 indicações ao Emmy, das quais conquistou três vitórias. Inclusive, a música “It’s been Agatha all along!”, cantada por Kathryn Hahn, concorre à próxima edição do Grammy na categoria Melhor Canção para Mídia Visual.
Como a primeira atração televisiva sob o guarda-chuva do Marvel Studios, a minissérie fez um excelente trabalho ao tentar se distanciar da fórmula dos filmes. Como? O formato de cada capítulo com inúmeras referências a clássicos da comédia estadunidense garantiu um experiência nova, mas também instigou o público a desvendar os segredos do enredo metalinguístico.
Quem aí se lembra das teorias sobre Mefisto? Pois é, foi tudo em 2021! Vale dizer também que, além das ótimas atuações, os novos personagens do MCU fizeram a alegria de muita gente.
Apesar de ter uma recepção morna em comparação à sua antecessora, “Falcão e o Soldado Invernal” tem seu mérito por abordar temas sociais importantes em uma espaço que tocava assuntos como racismo e identidade de forma superficial.
Seguindo os heróis-título após os eventos de “Vingadores: Ultimato”, a minissérie poderia ser facilmente vista como “um filme de seis horas”, como alguns produtores chegaram a dizer. Sam Wilson lida com o peso da responsabilidade em herdar o escudo do Capitão América. Não apenas em assumir o manto, mas também em fazê-lo como um homem negro, visto o momento conturbado que a sociedade norte-americana vive. A trama gira em torno dessa jornada, que também aproveita o movimento “Black Lives Matter” para debater questões relevantes, e mostra a construção de Sam como o Capitão América à sua maneira.
Ação e humor conduzem a jornada mais “pé no chão”. Apesar de não ter uma segunda temporada garantida, o filme “Capitão América 4”, já confirmado, vai dar conta de continuar essa história.
Depois de planar pela Terra e fincar os pés no chão, chegou a hora de desbravar as possibilidades do universo, ou melhor, MULTIVERSO! Protagonizada por Tom Hiddleston, “Loki” acompanha o irmão de Thor após os acontecimentos de “Vingadores: Ultimato”. Ao sofrer as consequências da quebra da linha temporal sagrada, o personagem segue em uma aventura cósmica para descobrir os segredos da TVA (Time Variance Authority).
Primeira série do Universo Cinematográfico da Marvel a ser oficialmente renovada para uma segunda temporada, existem características que a colocam ao lado de “WandaVision”.
Ao utilizar o conceito de multiverso na prática – incluindo várias versões do Deus da Trapaça -, o enredo acrescenta várias nuances e possibilidades para o futuro do MCU. Infelizmente, em alguns momentos, isso faz com que a história principal seja deixada um pouco de lado, mas isso não atrapalha o desenvolvimento da narrativa, que, ao fim, coloca os holofotes na desconstrução de Loki e no surgimento de Silvye.
Não poderia deixar de pontuar a excelente trilha sonora do projeto, uma das mais originais do estúdio. Escute por aqui.
“O multiverso está chegando em grande estilo!”, disse Kevin Feige em entrevista realizada em julho deste ano. Pois é, ELE CHEGOU! Através da primeira animação do Marvel Studios, o conceito foi explorado e exemplificado de inúmeras formas.
“What If…?”, basicamente, reformula acontecimentos do Universo Cinematográfico da Marvel. Narrativas são mudadas para responder a premissa básica de “O que aconteceria se…?”. Vale dizer que apesar de se basear nos longas-metragens, o conceito já foi explorado diversas vezes nas HQs.
Era a chance perfeita de pisar o pé no acelerador e mostrar que o Multiverso da Loucura, de “Doutor Estranho 2”, estava por vir. Com dez episódios teoricamente isolados em seus próprios universos, existem homenagens emocionantes, referências a rodo e, infelizmente, algumas tramas mais contidas.
Renovada para a segunda temporada, a chance de trazer mais loucura, insanidade e imprevisibilidade já existe. Os próximos episódios devem focar na Fase 4 da Marvel, que, por enquanto, conta com “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, “Eternos”, “Viúva Negra”, “Homem-Aranha: Longe de Casa”, “Gavião Arqueiro”, “WandaVision”, “Loki” e “Falcão e o Soldado Invernal”.
Se liga, hein, Zé Boné!
Para fechar o ano, a Marvel levou uma adaptação dos quadrinhos escritos por Matt Fraction e desenhados por David Aja para as telinhas. Em clima de natal, a trama acompanha o herói-título em um dilema entre viver uma vida comum e ser um Vingador. O arco de quatro publicações – “Minha Vida Como Uma Arma”, “Pequenos Acertos”, “Vingadora da Costa Oeste” e “Rio Bravo” – também dá espaço para o desenvolvimento do relacionamento entre Clint e Kate Bishop, assim como na série.
Como Kevin Feige descreveu na première da atração, a produção tem o intuito de ser “o especial de Natal da Marvel”, algo que, de certa forma, consegue de maneira simples e brilhante. Há muito coração na construção dessa jornada! Enquanto adoramos acompanhar o carismática Kate, Clint destaca o plano dramático da narrativa. O herói ainda lida com a perda de Natasha, a Viúva Negra, e seu passado como o implacável Ronin.
Recheada de ação, a série ainda abre espaço para a entrada de Maya Lopez, a Eco, que tem conexões diretas com o Demolidor e o Rei do Crime. Sendo a segunda heroína surda do MCU, depois de Makari (Lauren Ridloff), a personagem ganhará uma série própria entre 2022 e 2023. E por falar nisso…
Protagonizada por Tatiana Maslany, “She-Hulk” é descrita como uma comédia dramática de tribunal com elementos de ação. A trama segue a personagem-título, que tem poderes semelhantes aos de seu primo, Bruce Banner (Mark Ruffalo). Nos quadrinhos, a vida da advogada é alterada quando recebe uma transfusão de sangue do Gigante Esmeralda após um grave acidente.
Tim Roth deve reprisar o papel de Emil Blonsky, também conhecido como Abominável, enquanto Ginger Gonzaga interpretará melhor amiga de Walters. Jameela Jamil também está no projeto. Kat Coiro e Anu Valia serão os diretores da série.
O primeiro teaser está disponível oficialmente apenas no catálogo do Disney+. A estreia acontece em 2022.
Programada para ter seis episódios, “Ms. Marvel” acompanha a atriz Iman Vellani como a primeira heroína muçulmana a estrelar uma produção live-action da Marvel.
Kamala é uma adolescente criada em Nova Jersey que descobre ser uma inumana (algo similar aos mutantes) após ter contato com a névoa terrígena. Na história, ela deve navegar por um processo de autoconhecimento enquanto lida com relacionamentos e questões da juventude contemporânea. A estreia está marcada para o segundo semestre de 2022.
O futuro é promissor, hein? A personagem também está confirmada em “The Marvels”, continuação de “Capitão Marvel”. Ela vai dividir os holofotes com Brie Larson e Teyonah Parris.
Dirigido por Mohamed Diab, a ação-aventura apresenta um vigilante complexo que sofre de transtorno dissociativo de identidade. As múltiplas identidades que vivem dentro dele são personagens distintos que aparecem contra um pano de fundo da iconografia egípcia.
“Cavaleiro da Lua” será estrelada por Oscar Isaac, Ethan Hawke, Gaspard Ulliel e May Calamawy. Assim como “She-Hulk”, o primeiro teaser está disponível apenas no Disney+. O lançamento acontece em 2022.
Detalhes da trama ainda são mantidos em segredo, mas sabe-se que “Invasão Secreta” está conectada diretamente com a franquia de “Capitã Marvel” e deve mostrar a infiltração dos Skrulls na Terra. O elenco estelar inclui Samuel L. Jackson, Olivia Colman, Ben Mendelsohn, Kingsley Ben-Adir, Emilia Clarke, Christopher McDonald e Cobie Smulders.
Como a série deve se relacionar com “Ms. Marvel” e “The Marvels”, espera-se que a produção seja o último lançamento da Marvel no Disney+ em 2022.
Eco, também conhecida como Maya Lopez, é uma heroína surda que tem o talento de imitar o estilo de luta de qualquer oponente. Nos quadrinhos, ela também esteve nos círculos do Demolidor, Cavaleiro da Lua e Vingadores.
A trama, derivada de “Gavião Arqueiro”, deve apresentar os rumos da personagem interpretada por Alaqua Cox após os acontecimentos da série protagonizada por Jeremy Renner e Hailee Steinfeld. Ainda não há previsão de estreia, mas espera-se que o lançamento aconteça em 2022.
Estrelada por Kathryn Hahn, “Agatha: House of Harkness” vai trazer a bruxa de “WandaVision” de volta às telinhas. O projeto terá a redatora principal de primeira série do MCU, Jac Schaeffer, como roteirista e produtora executiva. A narrativa é descrita como “uma comédia de humor ácido”, algo semelhante ao que foi visto pela personagem anteriormente.
A produção deve chegar ao catálogo do Disney+ entre o fim de 2022 e o início de 2023.
Protagonizado por Dominique Thorne, de “Judas e o Messias Negro“, “Iron Heart” terá seis episódios e o roteiro desenvolvido por Chinaka Hodge, que recentemente trabalhou na série “Expresso do Amanhã”, da Netflix.
Introduzida nos quadrinhos em 2016, Coração de Ferro é Riri Williams, uma estudante prodígio que cria uma armadura semelhante à do Homem de Ferro e, posteriormente, assume o legado do herói. A personagem também surge nas publicações da Casa das Ideias sem a presença de seu mentor, algo que deve ser replicado no Universo Cinematográfico da Marvel.
Antes da série, o público poderá conhecer a heroína em “Pantera Negra: Wakanda Forever”, que chega aos cinemas em 11 de novembro de 2022.
“Marvel Zombies” é uma das próximas animações do Marvel Studios. O projeto promete reinventar o MCU como uma nova geração de heróis que lutam contra a expansão do vírus zumbi em todo o mundo.
A direção e a produção executiva estão nas mãos de Bryan Andrews, que trabalhou em “What If…?” e “As Aventuras de Jackie Chan”.
“I Am Groot” vai acompanhar a versão bebê da árvore alienígena em uma série de curtas. Ainda não há previsão de estreia.
A série animada segue Peter Parker em seu caminho para se tornar o Homem-Aranha no MCU, com uma jornada diferente de todas as que já vimos e um estilo que celebra as primeiras raízes dos quadrinhos do personagem.
Ainda não há previsão de estreia.
Anunciado durante o Disney Plus Day, “X-Men ’97“ é um revival da animação veiculada nos anos 1990. Beau DeMayo, escritor e produtor de “The Witcher” e “The Originals”, será o roteirista principal da vindoura atração. A equipe criativa da série ainda inclui o diretor Jake Casterona, de “Justice League Action”, e o produtor Charley Feldman, escritor de “Teen Titans Go!” e “A Casa da Coruja”.
Os produtores e showrunners da trama original, Eric e Julia Lewald, farão consultoria sobre o revival ao lado de Larry Houston, que dirigiu o projeto.
A maior parte do elenco de vozes original também estará de volta. Isso inclui Cal Dodd (Wolverine), Lenore Zann (Vampira), George Buza (Fera), Alison Sealy-Smith (Tempestade), Chris Potter (Gambit), Catherine Disher (Jean Gray), Adrian Hough (Noturno) e Christopher Britton (Sr. Sinistro). Alyson Court, que dublou a Jubileu, terá um novo papel na narrativa.
Primeira produção do grupo de mutantes sob o guarda-chuva do Marvel Studios, “X-Men ’97” chega ao Disney+ em 2023.
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