Em sua primeira cerimônia com público desde o início da pandemia, o Prêmio Multishow 2021 celebrou em grande estilo a música pop brasileira. Apresentado pela dupla Iza e Tatá Werneck, esta última um ícone do improviso, a festa foi marcada por momentos de grande emoção – seja pelos shows que, após um longo período de abstinência, puderam voltar a empregar seu status de superprodução, seja pelas homenagens a grandes parceiros.
De fato, a premiação foi marcada por medleys. Anfitriã desta edição, Iza escolheu para o set duas de suas mais recentes canções. “Gueto” e “Sem Filtro”, ambas lançadas em 2021, foram apresentadas ao público ao vivo pela primeira vez com ares de superprodução.
Outro destaque foi Marina Sena, que em 2020 chegou a concorrer ao prêmio de Canção do Ano por “Ombrim”, faixa do grupo Rosa Neon. Após a estreia do debut solo “De Primeira”, lançado em 2021, a artista tem conquistado feitos inéditos, muito em virtude do alcance conquistado pela faixa “Por Supuesto”. Foi justamente com ela que a premiação teve início em uma performance pré-gravada e marcada por efeitos especiais.
Antes de participar de uma das homenagens previstas, Luísa Sonza aproveitou seu espaço para revelar ao público “Anaconda”, faixa que integra o disco “Doce 22”. Foi baseada nele que e que estreou simultaneamente nas plataformas digitais.
No mesmo embalo, Jojo Maronttini, Gabily e Bianca apresentaram um medley de funk. No set, muita coreografia e os sucessos “Devo Ta Na Moda”, “Bilhete Premiado”, “Tudo no Sigilo” e “Levanta Mina”.
Ja Duda Beat, Majur e Jojo Maronttini trouxeram mais diversidade sonora, saindo um pouco do pop purista. A cantora pernambucana, por exemplo, apostou em “seu piseiro”. Ainda divulgando o álbum “Te Amo Lá Fora” (que, cá entre nós merecia ter concorrido aos prêmios principais da noite), Beat se apresentou empregando elementos de voguing e um figurino que remetia às grandes divas do cinema.
Já Majur, que lançou o disco “Ojunifé” no primeiro semestre deste ano, também apostou em um medley intenso. “Flua”, “Última Dança” e “Dinino Maravilhoso” foram as escolhas. Jojo, não menos importante, brilhou ao som do funk com a dupla Gabily e Bianca.
É importante lembrar também uma das grandes revelações de 2021: Juliette. Pautada na elegância de sempre, a cantora e ex-BBB escolheu “Vixe, Que Gostoso” para introduzir ao vivo seu EP autointitulado.
Os momentos políticos da noite ficaram nas mãos de Emicida e MC Carol. O rapper brasileiro, indicado recentemente ao Emmy Internacional, escolheu apresente as canções “Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória” e “Paisagem” em um grito de batalha contra o racismo e a desigualdade.
Já Carol, por sua vez, trouxe uma mensagem de autoconfiança e atitude. O recado foi dado: “Você precisa se posicionar, levanta mina”.
Três dos nomes mais respeitados da música pop atualmente, Ivete Sangalo, Iza e Luísa Sonza uniram forças para celebrar o legado de Marília Mendonça, vítima fatal de um acidente aéreo no início do mês de novembro. Neste ano, ela foi reconhecida pelo Multishow em uma ação conjunta com fãs e artistas como a Cantora do Ano. Além da estatueta, entregue à família, a artista também recebeu um tributo das colegas, que interpretaram
Outro momento marcante da noite foi quando Nando Reis, Chico Chico e Lan Lahn se uniram para homenagear Cássia Eller. Em dezembro de 2021, a morte precoce da cantora completa 20 anos. Na ocasião, o filho da artista e os colegas, que mantiveram uma intensa relação com a mesma, apresentaram 3 faixas. “Mãe”, presente no disco mais recente de Chico Chico, recém-lançado, além dos clássicos “All Star” e “O Segundo Sol”.
Apresentador da última edição do Prêmio Multishow, Paulo Gustavo também foi lembrado pela amiga Tatá Werneck. “Conheci o Paulo Gustavo no meu aniversário, quando ele me ligou dizendo que queria ser meu amigo e essa amizade já dura 11 anos”, disse, emocionada.
“Paulo virou uma inspiração para mim, e para ele o humor era uma forma de cura e ia além do riso… Eu sinto muita falta do Paulo, mas essa falta só não é maior do que o presente que foi ter a presença dele nas nossas vidas. Se ele tivesse aqui, agora ele diria que ‘está bonito, mas um pouco longo. Não chora não…’. Meu amigo, te amo tanto”.
Iza e Mariah Nala também cantaram em memória do humorista, uma das mais de 600 mil vítimas da Covid-19.
Neste ano, além de Marina Sena, que venceu o troféu de Artista Revelação, os holofotes se voltaram para o disco do ano, “Delta Estácio Blues”, da celebrada Juçara Marçal. Quem assina a produção das faixas é seu parceiro de longa data, Kiko Dinucci. Abaixo, você confere a…
Dupla do Ano: Israel & Rodolffo
Performance do Ano: Ivete Sangalo
Hit do Ano: “Batom de Cereja”, de Israel e Rodolffo
Experimente: Marina Sena
Cantor do Ano: Luan Santana.
Cantora do Ano: Em respeito ao legado da rainha do sertanejo, o título de Cantora do Ano vai para Marília Mendonça. Além de Marília, Anitta, Ivete Sangalo, IZA e Luisa Sonza concorriam ao prêmio.
Música do Ano: “Batom de Cereja” (Israel & Rodolffo)
Clipe TVZ do Ano: “Girl From Rio (Anitta)
Canção do ano: “Crash” (Juçara Marçal)
Revelação do ano: Marina Sena.
Álbum do ano: “Delta Estácio Blues” (Juçara Marçal)
Capa do ano: Marina Sena, “De Primeira” (Designer: Giovanna Cianelli/Fotógrafo capa: Fernando Tomaz)
Produtor do Ano: Kiko Dinucci
Gravação do Ano: Pabllo Vittar (Produtores: Rodrigo Gorky e BTM)
Clipe do Ano: “Nem Um Pouquinho”, de Duda Beat, com direção de Alaska
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