Envolventes e icônicas: novelas pra você maratonar no streaming durante o recesso

O recesso chegou e está na hora de colocar as séries, filmes e novelas em dia. É claro, com tanta novidade na praça, é bem possível que você queira seguir na contramão e dar uma espiada em produções que marcaram época. Telenovelas que, finalmente, estão chegando ao streaming remasterizadas.

Esta é também uma ótima oportunidade para entender de onde os autores contemporâneos extraem referências de vilania, alívios cômicos ou mesmo de desfechos surpreendentes.

Pertencentes a diferentes autores e gerações, as produções abaixo são sinônimo de boas horas de frente para a TV – e, cá entre nós, formam uma bem-fundamentada justificativa pra você dar aquela escapada do mundo exterior nos dias de férias. Ah, por último, mas não menos importante: todas elas estão disponíveis no Globoplay!

“Roque Santeiro”

A censura foi, certamente, um dos maiores horrores dos anos de chumbo no Brasil. Foi por sua causa que a primeira versão de Roque Santeiro, prevista para ser exibida em 1975, acabou vetada pelos censores e só pode ir ao ar em 1985, ano da saída dos militares do comando do país. Foi responsável pela maior audiência da história da televisão e por apresentar um falso herói que, sucedendo o Macunaíma de Mário de Andrade, revelou as diferentes realidades brasileiras.

Fantástica do início ao fim, a trama se passa na cidade fictícia de Asa Branca, onde sua população crê cegamente nos milagres de um suposto santo que teria morrido em defesa da cidade contra as garras do bandido Navalhada. No elenco, José Wilker, Lima Duarte, Regina Duarte, Yoná Magalhães e mais.

“Vale Tudo”

Brasil, 1980. Em “Vale Tudo”, escrita pelo saudoso Gilberto Braga, os principais valores de um país à beira do colapso são postos em xeque. Em meio a uma grave crise econômica, que traça assustadores paralelos com o presente, seu elenco tenta ascender socialmente e/ou manter-se à linha com a burguesia por meio da esperteza.

O enredo se centra nos embates entre Raquel e Maria de Fátima, mãe e filha que saem forçadamente do Sul do Brasil rumo ao Rio de Janeiro e exemplificam bem as dualidades éticas impostas aos personagens. O centro das atenções, no entanto, fica com Beatriz Segall, intérprete da vilã Odete Roitman. Seu assassinato e a descoberta da responsável pararam o Brasil.

“A Favorita”

Ainda sobre grandes vilãs… “A Favorita” nos entrega uma das grandes vilãs da TV pelas mãos de Patrícia Pillar. Escrita e idealizada por João Emanuel Carneiro, a novela se centra em São Paulo e conta os muitos dilemas existentes entre a rivalidade da personagem Flora e a antiga parceira musical, Donatela (Claudia Raia).

Após formarem uma dupla sertaneja na infância e desejarem o mesmo homem já na juventude, Flora é acusada por seu assassinato. Ela prova sua inocência e retorna, 18 anos depois, acusando a ex-parceira de ter cometido o crime que tirou a vida de Marcelo (Flavio Tolezani). Começa aí um imbróglio que envolve outras pessoas, entre elas a própria filha Lara, única herdeira do império deixado pelo pai e que foi criada pela rival.

“Vamp”

Hoje considerada um clássico cult, a novela “Vamp” abriu portas para as narrativas vampirescas na TV aberta do Brasil. Exibida em 1991, a trama se dedica a contar o drama da jovem Natasha (Claudia Ohana), aspirante a cantora de rock que paga um alto preço após vender sua alma ao temido conde Vladymir Polanski (Nei Latorraca) em busca de sucesso.

Líder de uma sociedade de vampiros, ele descobre que em encarnações passadas sua alma pertenceu a Eugênia, o grande amor de sua vida, que preferiu ficar com Rocha, a outra vida do capitão Jonas. Toda a perseguição acontece na fictícia cidade de Armação dos Anjos, no litoral do Rio de Janeiro. No elenco também estão a atriz Joana Fomm e os colegas Otávio Augusto e Nuno Leal Maia.

A cenografia e a produção extravagante são cheias de flashbacks e de músicas sacras – que tornam a narrativa ainda mais assustadora. Um destaque é a participação de Rita Lee na pele de seu alter-ego, Lita Ree.

“Paraíso Tropical”

Se você está assistindo, em 2021, ao drama dos irmãos Cristian e Renato em “Um Lugar ao Sol”, deve se lembrar ou se interessar por outra narrativa envolvendo gêmeos idênticos, mas não menos diferentes. Em “Paraíso Tropical”, exibida entre março e setembro de 2007, as jovens Paula e Taís descobrem a existência uma da outra somente ao longo da trama e logo se veem às voltas com fortes embates.

Com inveja, a ardilosa Taís tenta arruinar o relacionamento de Paula com Daniel (Fábio Assunção), executivo do mesmo grupo empresarial em que trabalha Olavo (Wagner Moura). A atriz Alessandra Negrini dá um show de interpretação e brilha ao lado de personagens coadjuvantes como a prostituta Bebel (Camila Pitanga).

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