Os anos passam e cidades glamourosas como Paris e Nova York mantém seu status de mito graças ao ideário fantástico renovado por séries como “Emily Em Paris” e “Sex and the City”. O cantor Leopold Nunan e a drag queen Pietra Parker, que lançam nesta quinta-feira (18) um videoclipe para a faixa “Ballin’ in Beverly Hills”, atravessam a multidão rumo ao outro lado da costa.
“Beverly Hills é uma cidade fora de realidade, maximalista, onde a megalomania encontra a ostentação”, explica Leopold. “Escolhemos gravar lá justamente por ser conhecida mundialmente pela superficialidade”.
Morando há 20 anos em West Hollywood, cidade que descreve como “a mais gay do mundo”, ele conta que durante a pandemia usou as ruas como uma espécie de campus de observação. Em passeios de bicicleta, pode observar os transeuntes e o surgimento de personagens icônicos.
Veio daí a inspiração para o roteiro em que dois imigrantes gays brasileiros assumem para si a missão de introduzir um novo ritmo aos pouco afáveis ouvidos norte-americanos.
“A Madonna já dizia que todo mundo quer ir pra Hollywood”, brinca Parker. “Viver aqui é como se fosse uma recompensa, uma vitória, porque sabemos como é difícil a vida do brasileiro. E mesmo com a ideia de que “venci” na vida, na verdade tudo é uma grande ilusão. Tudo depende do ângulo que se vê. E, pra mim, Beverly Hills é isso, uma ilusão. Especificamente, essa idéia de que é lá onde está o pote de ouro para quem quer ser rico e famoso”.
A estreia chama a atenção por apresentar uma maratona de figurinos, marca dos videoclipes de Leopold. Com preferência por designers locais e peças feitas sob medida, ele firma desta vez uma parceria com Rik Villa para portar em cena, entre outros elementos, um durag, tradicional acessório das culturas negra e latina norte-americana.
A curadoria se mistura à explosão de cores do guarda-roupas de Pietra, que caminha pela Rodeo Drive atraindo olhares conforme a narrativa avança. Político, o material se volta para as margens de uma nação construída com a força de imigrantes.
“Esse vídeo é um grito contra o preconceito e a discriminação. É o total empoderamento de duas forças queer latinos na América e, acima de tudo, lançando som novo, independente e que soa underground para a realidade norte-americana”, diz Leopold. “Estamos flertando com o hip hop, quer mais ostentação que isso? Logo, a ousadia está no som. “Ballin'” é corajosa, acima de tudo”.
Quem assina a produção, por sua vez, é o jovem produtor Karan!. Aos 16 anos, a escolha de seu nome pelos intérpretes se deu por uma afinidade criativa encontrada logo nos primeiros experimentos.
“Queria que a produção fosse uma mistura de funk favela e global bass pra gerar exatamente essa dicotomia, esse contraste com a realidade plástica”, explica o cantor. “Karan! Foi o primeiro a entregar e a gente pirou com o que ele fez, ele americanizou o som, começando a música com hip-hop. Não tínhamos dúvidas, achamos a versão original. Fiquei muito surpreso em saber que ele tinha somente 16 anos, à época, 15. Assinamos contratos com a mãe dele, estamos felicíssimos em mostrar um talento tão novo pro mundo”.
“Ballin’ in Beverly Hills” também está disponível no streaming. Ouça clicando aqui.
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