O próximo disco de estúdio de Zeeba já está em desenvolvimento. Concebido ao longo dos últimos meses, o projeto está em produção nos Estados Unidos, onde o artista se encontra neste momento.
Ao lado de um time composto por Dyarra, Cimo and Rick, Iro, Avi Snow, The Ojo, entre outros músicos, o cantor tem utilizado o período de isolamento para compor de maneira mais intensa. “Na pandemia, com a falta de shows eu acabei migrando, compondo mais música do que antes. E é sempre muito interessante, muito legal, escrever com pessoas de outros lugares do mundo, pessoas novas. Isso possibilita pegar ideias diferentes pro som. Fiquei em Los Angeles, viajei pela costa do Brasil”, afirma Zeeba.
Em uma conversa com o Papelpop, o artista contou detalhes sobre o atual estágio do seu novo álbum, que não bebe apenas de influências norte-americanas, mas também será fruto de diferentes localidades do próprio Brasil.
“Estou fazendo meu álbum, ele tá metade em português e metade em inglês”, revela. “Tem muita música nova aí. Me juntei com um pessoal muito legal do aqui do Brasil pra compor junto, galera do OutroEu, que inclusive, a gente tem um feat saindo já já. Sempre bacana explorar mundos novos, né? E acho que a arte é muito sobre isso, sobre estar sempre inovando”
Zeeba fala também sobre a experiência em pisar no palco pela primeira vez desde o início da pandemia. Recentemente, em solo estadunidense, o artista fez uma participação especial em um show de Bruno Martini. O produtor, inclusive, também tem colaborado com o músico no atual processo criativo.
Abaixo, você confere a íntegra do bate-papo.
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Papelpop: Zeeba, muitos artistas recorrem a viagens, refúgios e locais alternativos para enriquecer a inspiração de novos trabalhos. Como tem sido essa experiência pra você, ainda mais com a colaboração de outros pares?
Bom, eu sempre falo que tem que viver pra escrever, pra pegar as experiências e ter inspirações, acho que fica mais fácil se você vive um pouco. E só de mudar o ambiente você já traz novas experiências. Tive agora em Joshua Tree, lá na na Califórnia, que é um deserto onde fiquei um tempo com o Bruno Martini, com os dois compositores que Iro, Avi Snow, uma galera muito massa. Fizemos algumas músicas por lá. Aqui no Brasil também encontrei com a galera do OutroEu. A gente tem se juntado bastante pra compor. As vezes a gente se joga pro litoral de São Paulo mesmo, só pra ir para um lugar mais calmo, com mais inspiração, sair um pouco da loucura das cidades. É importante e bom pra você ter ideias diferentes.
Papelpop: O que você está sentindo e vivendo neste período de criação que com certeza vai transbordar em seu próximo disco?
Viver no período de criação faz parte de todo compositor. A gente está sempre compondo e tudo que acontece nesse período acaba virando assunto pra se falar, e as melodias elas acabam vindo de uma forma natural, pegando no ar. Então as melodias, elas acabam saindo, também, de experiências do que a gente está vivendo. Acho que com certeza vai transbordar no álbum e tem bastante coisa nova no próximo disco.
Papelpop: Algo que muitos músicos sonham todos os dias é voltar para os palcos. Você teve essa experiência de retorno recentemente. O que ficou latente em sua cabeça (e coração) enquanto participava do show do Bruno Martini?
Muito massa fazer o show lá em Miami com o Bruno, dá um gostinho de estar com uma multidãozinha ali, a galera cantando junto, acho que é uma sensação muito doida. Eu estava até falando com o Bruno que eu tava um pouco nervoso antes de entrar, porque fazia tanto tempo que não entrava nesse meu personagem do palco, de chegar e colocar a galera pra cima e ter essa troca diferente. Mas foi muito bom, a gente tirou de letra, foi muito legal o show e estou ansioso pra que as coisas comecem a voltar de fato aqui no Brasil, ter mais shows que a galera possa entrar e estar tranquilo sem medo do vírus. Enfim, espero que seja em breve.
Papelpop: Desse viver em espaços que não sejam sua casa, seu lar, provavelmente existem elementos específicos de cada local que acabam inseridos nas faixas inéditas. Isso tem acontecido durante esse processo?
Ah, com certeza! Eu tenho encontrado com mais compositores. Para esse álbum, me juntei com bastante gente nova. Então, só isso já traz coisas e elementos novos para as músicas. E, com certeza, como eu falei antes, quando a gente não está em casa, quando a gente está em outro lugar, já estamos absorvendo mais informações. E isso faz com que a gente ponha pra fora nossa criatividade.
Papelpop: Falando em inspiração, Zeeba, o que você tem ouvindo durante este período de criação? Existe algum gênero ou movimento artístico que tem servido de base para as novas composições?
Eu acho que eu não tenho um gênero ou um movimento artístico específico, eu escuto bastante de tudo, procuro escutar muitas coisas diferentes do mainstream. Gosto muito das coisas novas que estão rolando, tipo a vibe do The Weekend, Justin Bieber, Dua Lipa.
Eu gosto muito do Indie Pop, das trilhas sonoras do FIFA, que são trilhas alternativas. É difícil falar de gênero hoje em dia, né?
Mas agora que estou escrevendo em português, estou escutando e pegando bastante referência da música brasileira. Estou gostando muito do trabalho novo da galera por aí, os Gilsons, OutroEu, Lagum. Mas é isso, acho que sou de misturar bastante coisa, não tenho um gênero específico.
Papelpop: Você fala que a arte é “sobre estar sempre inovando”. O que podemos esperar de diferente, de inovador, em suas próximas músicas? Vai experimentar campos artísticos antes não explorados?
Acho que o português já foi um grande passo assim pra mim, estar explorando esse outro lado meu. O português sempre foi minha primeira língua, mas na música o inglês era minha primeira língua, então foi uma aventura, demorou um pouco pra eu me encontrar e acho que estou achando um caminho que tem a ver comigo, que tem a minha identidade e que se conecta também um pouco com os meus últimos trabalhos. Os assuntos são sempre um pouco de mim, e minha voz também, então tem os elementos que vão estar sempre presentes, mas é isso, a gente tenta sempre inovar. O álbum tem metade das músicas em português, metade das músicas de inglês, então tem muita brasilidade nas produções. Eu e o Bruno estamos nos jogando bastante pra fazer coisas diferentes. Também tem coisas que vão remeter às minhas primeiras músicas de trabalho, o inglês com alguns elementinhos do eletrônico que usamos de forma sutil. Então. aguardem um álbum bem misturado aí!
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