Em mais um episódio da série ‘Musicians by Musicians’, produzida pela Rolling Stone, Lorde conversa com David Byrne sobre apresentações, singularidades dos artistas e carreira, além dos conceitos de mistério que rondam o trabalho de ambos.
A conversa é iniciada por Lorde, que pergunta se Byrne é introvertido e recebe uma negativa do cantor. “Como você já deve ter percebido, eu digo ‘oi’ para muitas pessoas. Na verdade, alguns amigos me dizem, você poderia apenas não dizer oi para todo mundo? Eles não te conhecem”, brinca.
A cantora continua com uma pergunta para sanar suas curiosidades sobre o ídolo, contando que sua mãe o apresentou dizendo que a mostraria algo de qualidade, foi aí que colocou uma performance de “Take Me to the River”, que surpreendeu Lorde. “Você não piscou nem por um minuto”.
O cantor admite que estava muito nervoso na ocasião, mas que não é um motivo para vergonha. Byrne continua a conversa relembrando a primeira vez que ouviu o trabalho de Lorde, “Uma das coisas que me marcou foi como era o minimalismo. Havia muita coisa acontecendo na área dos vocais com as harmonias, mas musicalmente, foi ousado” e completa “Eu poderia aprender com isso”.
A neozelandesa, então, se lembra quando sua música ‘Royals’ chegou até uma gravadora americana, que sugeriu uma mudança na produção que apelasse para novos elementos.
David também admite que se sente impressionado quando Lorde cita lugares ou situações específicas em suas canções, “Eu tento fazer isso, mas é muito difícil para mim. Eu costumo escrever generalidades”, diz. A cantora explica que o tipo de abordagem é uma característica única de cada artista, e diz que costuma especificar por tratar seu trabalho como um pequeno mapa. “Eu posso colocar coisas que só tem sentido para mim. É como se fosse um diário”, completa.
Retomando, Lorde questiona a relação entre a claridade e mistério no trabalho de Byrne, aspectos que também estão presentes nas músicas da cantora, principalmente com ‘Solar Power’. “O seu trabalho tem aquele mistério que eu amo e a claridade que preciso. Você se inclina para um ou outro?”, pergunta.
“Acho que prefiro letras mais ambíguas e abstratas. Eu percebi que amo uma música que são só perguntas, mas eu não escrevo muitas delas”, responde Byrne.
Os artistas finalizam a conversa falando sobre a volta para os palcos após a pandemia e Lorde afirma que, com a calmaria do novo álbum, o retorno pode ser mais tranquilo. Por sua vez, Byrne também levanta as habilidades na cozinha que desenvolveu durante a quarentena e a relação com as redes sociais.
Vem conferir essa conversa:
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