Para o ‘Musicians On Musicias’, quadro da Rolling Stone que promove conversa entre os artistas, Olivia Rodrigo e Alanis Morissette falam sobre atingir o estrelato com pouca idade, sobre processo de composição, o poder da fúria e a vida aos olhos do público.
Com um espaço de trinta anos entre as gerações, as cantoras, que admitiram ser fãs do trabalho uma da outra, trilharam um caminho muito parecido. No início da conversa, elas trocam experiências sobre o processo de criação e encontram um ponto em comum: escrevem músicas quando estão sozinhas no quarto.
“Venho tentado lançar músicas e entender que não são mais minhas. Eu não posso te dizer quantas canções eu ouvi e fiquei tipo ‘Ai, meu Deus, aquele artista escreveu totalmente para mim e para minha situação’, e eles nunca fazem isso. Você entende?”, questiona a jovem.
Sobre viver nos holofotes, Alanis revela um conselho que recebeu do pai: “Eles vão te amar e você não vai poder fazer nada de errado, eles vão te odiar e você não pode fazer nada certo ou eles não vão nem se importar. Será um desses três, então aproveite!”
A veterana diz que, de alguma forma, as pessoas que se aproximam querem sentir e entender o que se passa. Ela ainda compara os shows com uma igreja, em que você absorve toda a energia. Olivia, por sua vez, revela: “É engraçado você dizer isso. Eu nunca fiz um show de verdade na minha vida, o que é estranho, porque eu lancei meu álbum na quarentena.”
Alanis se interessa pelo sucesso repentino de Olivia e questiona como ela recebeu toda a demanda. Olivia explica que o status de ‘escrever músicas no quarto’ e ‘muitas pessoas conhecem minha música’ foi muito rápido: “Às vezes eu sinto como se não fosse comigo”.
Frente à frente, Olivia ainda pede conselhos para Alanis, que finaliza: “Se eu pudesse ter feito qualquer coisa diferente, eu teria tido mais amigos por perto, com certeza. Só um pouco de suporte emocional.”
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