Depois de uma jornada dupla entre os sucessos de Belchior, Ana Cañas lançou a aguardada coletânea de interpretações em homenagem ao trabalho do cantor . O projeto foi disponibilizado na noite de quinta-feira (20).
Com 14 faixas, a cantora e compositora paulista encontra sua própria maneira e linguagem para cantar músicas que fazem parte do imaginário brasileiro. Em conjunto do álbum, delicados visualizers dirigidos por Ariela Bueno também foram divulgados.
Abaixo, confira o registro audiovisual de “Apenas um Rapaz Latino Americano”, “Sujeito de Sorte” e “Na Hora do Almoço”:
A ideia do álbum surgiu organicamente. Ana sempre interpretou canções do artista durante seus shows. Naturalmente, o público pedia pela gravação de um registro que trouxesse tais performances. Isso foi potencializado quando, durante a quarentena, decidiu fazer uma live cantando Belchior.
Os arranjos produzidos pela própria artista e por Fabá Jimenez são minimalistas e impactantes. “Acho que o fato de ter poucos elementos acaba por ressaltar a voz, a interpretação. E esse foi o desafio. As músicas versam geralmente sobre paixão, catarse e reflexão social. Exige uma compreensão ampla das camadas do coletivo e suas intersecções. Apesar de muitas metáforas e poesia, também traz uma literatura direta e acessível. É um universo bastante complexo e há que se despir para mergulhar nele”, analisa Ana.
Na semana que vem, em 25 de outubro, Ana faz seu debute como apresentadora do programa “Sobrepostas”. Criado e dirigido por Lívia Cheibub e Martina Sönksen, a exibição acontece no Canal Brasil e na Globoplay.
Em cada episódio, a cantora receberá mulheres e pessoas não-binárias para conversas francas sobre sexo, prazer e autoconhecimento. “A real é que os dois projetos têm tudo a ver. O universo belchiorano é bastante sexual (‘Quero gozar no seu céu / Pode ser no seu inferno’). A sexualidade feminina ainda é um tabu em 2021 e Belchior já falava sobre isso em diversas músicas, há 40 anos. Apresentar um programa sobre esse tema na televisão conversa com a sua obra, sem dúvida” afirma.
Adentre no universo de Belchior a partir da voz e perspectiva de Ana Cañas:
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