Daqui uma semana, o enigmático game “Twelve Minutes” será lançado para PC e consoles. Desenvolvido por Luis Antonio, de “The Witness”, o jogo narrativo conta com elenco de vozes estelar liderado por Daisy Ridley, James McAvoy e Willem Dafoe. A aventura apresenta um ciclo infinito de loop temporal a partir de uma noite romântica que termina de forma trágica. A cada volta, novos camadas e segredos dessa relação poderão ser explorados.
Ao lado do criador do game, os astros de “O Farol” e “Fragmentado” contaram alguns detalhes sobre a experiência de participar do game com essa proposta peculiar para o portal Gamespot. O material foi divulgado nesta terça-feira (12).
“O ponto de partida para ‘Twelve Minutes’ foi apenas a exploração do conhecimento acumulado em videogames e como isso poderia se tornar útil ao mergulhar nesses diferentes loops temporais”, relata Luis. “Os jogos já têm essa natureza de repetição em que você morre – você perde e volta ao início. Então, comecei a me perguntar o que é interessante nisso. Como quais são os ângulos com os quais vale a pena gastar nosso tempo, e rapidamente tornou-se sobre esses personagens entenderem quem são, de onde vêm e por que estão fazendo o que estão fazendo.”
Ele continua: “Houve esse processo de garantir que haja muita empatia entre todos os personagens, mesmo que o que eles estão fazendo possa não ser algo que você acredita ser a coisa certa ou errada a fazer. Removendo todo o julgamento e deixando-os serem tão verdadeiros quanto puderem. Acho que isso abriu os personagens para que você se identifique com eles, não importa o que esteja acontecendo ao longo da história. Isso foi muito importante para mim.”
Confira o trailer:
Sendo o primeiro grande papel do intérprete do Professor Xavier, James contou ter ficado empolgado ao receber a trama do game. “No momento em que me enviaram o roteiro, eles me contaram a ideia do jogo e eu li o tratamento sobre ele. Eu estava tipo, ‘É ótimo. Eu farei isso.'”, relata. “Foi um papel estranho e bastante desgastante [interpretar o Protagonista]. Quase era como [se fossem] papéis diferentes às vezes, na verdade. Dependendo do que o jogador decide fazer, ele quase se sente uma pessoa completamente diferente. E foi definitivamente um papel vocalmente exigente também. Houve muitos gritos e berros, choro e brigas e todo tipo de coisa.”
Apesar do game estar em desenvolvimentos há alguns anos, o ator enxerga paralelos com a solidão da pandemia “Acho que o protagonista se sente muito sozinho neste jogo. Ele está desesperadamente tentando se conectar, especificamente com o personagem de Daisy, também, com alguém que ele acha que conhece”, afirma. “Acho que essa experiência única o informa que ele realmente não sabe. Acho que isso aconteceu com muitas pessoas durante a pandemia, não é? Tipo, você viveu com alguém por 20 anos da sua vida, e então quando você está preso na mesma casa e não pode ir a lugar nenhum por um ano e meio, você na verdade aprende muitas coisas novas sobre ele.”
Para Willem, há um encantamento em poder participar de uma narrativa que pode ter tantos desfechos e possibilidades. “Eu acho que para mim, isso é muito interessante porque, com todas as variações, o que você pode ver às vezes como atos brutais ou de confronto, quando você os vê ligeiramente mudados com cada motivação diferente, cenários diferentes, você realmente sente seu empatia ou sua compreensão da mudança de caráter. O que é extremamente interessante. É como descascar a casca de uma cebola. É muito atraente.”
O jogo trará a oportunidade de tomar decisões diferentes a cada loop. Dessa forma, o diretor explica que a ideia é explorar a forma como as pessoas lidam com problemas a partir do espectro da culpa. “Se você tiver a atitude certa, o jogador irá automaticamente se relacionar com os personagens porque eles não estão se culpando por como estão se sentindo ou como a situação está se desenvolvendo”, explica. “Isso é o que faz você estar automaticamente a bordo de tudo o que está acontecendo e tentar ficar do lado de cada personagem. Você sabe o antes e o depois, acho que sua interpretação da situação se torna mais pessoal porque há menos julgamento em todas as frentes. Especialmente em um videogame onde há muitas coisas que você pode fazer, muitas coisas para irritar a todos. Então sim, é realmente tudo sobre apresentar mais empatia entre os personagens.”
Descrito pelos desenvolvedores como uma mistura de “O Iluminado”, “Janela Indiscreta” e “Amnésia”, “12 Minutes” será lançado em 19 de agosto para Xbox One, Xbox Series (X|S) e PC.
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