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Luiza Goto resgata aprendizados afetivos no lesbodrama “Não Vou Mais Cantar”; assista ao clipe
A intensidade das relações perigosas, quero dizer, as relações amorosas, fez com que a cantora e guitarrista Luiza Goto subvertesse o amor em si mesmo como um escudo. No clipe de “Não Vou Mais Cantar”, primeira amostra de seu novo álbum de estúdio, ela cruza as ruas enfadada pelos conceitos de vida e morte que se entrelaçam ao fim dos ciclos românticos.
Neste pop/rock quase didático, Goto busca se encontrar e rejeita qualquer possibilidade de retração, permitindo-se viver narrativas em que não há outros protagonistas se não duas mulheres.
“É um clipe pra dizer que eu amo mesmo”, explica. “Para apresentar a perspectiva de alguém que se entrega totalmente. De alguém que já se entregou e se desiludiu tantas vezes que diz que não vai mais fazer isso, mas acaba acreditando mais uma vez e se entregando novamente. Nessa história em que digo que nunca mais vou amar mas 5 minutos depois me apaixono de novo”.
Um tanto irônica pelos dizeres que ostenta no título, a música nada mais é do que uma mensagem sobre a liberdade de ser quem se é, sobre a coragem de sentir. “Acho que você falar que ama mesmo uma pessoa é algo muito poderoso, sabe? Quero trazer esse poder para as pessoas e que elas sintam junto comigo através da música”.
Ainda sem título, o novo LP da artista está previsto para estrear no primeiro semestre de 2022. A ideia é aprofundar referências do pop dos anos 1980, mesclando-as ao indie e ao synth pop autobiográfico. “Canções para transar, chorar e dançar”.
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