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Glauber Rocha: maratona na TV lembra os 40 anos da morte do cineasta
A partir da segunda quinzena deste mês de agosto o Canal Brasil promove uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha, morto há exatos 40 anos. Intitulada “Mostra Glauber Rocha”, a sessão exibe clássicos do catálogo e obras que têm sua vida e obra como Norte.
A maratona segue a partir do dia 16 de agosto, às 11h, até o domingo, 22. Estão confirmados entre outros projetos o celebrado “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1985),”O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969) e “Terra em Transe” (1967).
Confira abaixo a programação completa.
Diário de Sintra (2007) (91’)
Horário: segunda, dia 16/08, às 11h
Classificação: Livre
Direção: Paula Gaitán
Sinopse: Narrada por Paula Gaitán, a obra é um ensaio poético do último ano de vida de Glauber Rocha, quando o casal morou em Portugal com os filhos. Paula refez a viagem 25 anos após partir com Glauber, já muito doente. Além de cenas inéditas, o filme mostra a relação filosófica do cineasta com a morte.
Glauberianas (1967) (6 x 25’)
Horário: de segunda, dia 16/08, a sábado, dia 21/08, às 12h30
Classificação: Livre
Direção: Simone Zuccolotto
Sinopse: No final da década de 70, o Brasil viveu um momento de distensão política que permitiu a intelectuais ‘marginalizados’ manifestarem ideias até então sufocadas pela Ditadura Militar e o AI-5. Esse histórico período da redemocratização brasileira foi sintetizado pelo programa “Abertura”, apresentado por Glauber Rocha e veiculado na extinta TV Tupi entre 1979 e 1980. Com base nesse material de grande valor estético e de contestação política, o Canal Brasil preparou, sob a direção de Simone Zuccolotto, o Glauberianas, uma série de 6 programas que resgata parte deste trabalho realizado por Glauber, associando-o a novas entrevistas feitas com nomes relevantes no contexto cultural do Brasil, na época e ainda hoje.
Barravento (1985) (81’)
Horário: segunda, dia 16/08, às 16h
Classificação: 12 anos
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: Uma comunidade de pescadores da Bahia é explorada pelo proprietário da rede. A solução da questão envolve o confronto de dois representantes do grupo: Aruã e Firmino, que desencadeia uma crise violenta.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1985) (119’)
Horário: terça, dia 17/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: Esta obra-prima do Cinema Novo Brasileiro narra a saga do sertanejo Manoel que, após matar um coronel, foge e acaba se unindo a um grupo religioso. Indicado à Palma de Ouro em Cannes.
A Idade da Terra (1980) (133’)
Horário: quarta, dia 18/08, às 16h
Classificação: 16 anos
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: O longa-metragem faz alusões à vida e à missão de Cristo, que aparece ora como operário, ora como personagem de candomblé. As cidades de Rio de Janeiro, Salvador e Brasília são o cenário dessa história.
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969) (110’)
Horário: quinta, dia 19/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: De Glauber Rocha, a obra é uma das mais simbólicas do Cinema Novo Brasileiro. Ela acompanha Antonio das Mortes, um matador que aceita eliminar cangaceiros rebeldes, mas acaba envolvido com a causa do grupo.
Terra em Transe (1967) (118’)
Horário: sexta, dia 20/08, às 16h
Classificação: 14 anos
Direção: Glauber Rocha
Sinopse: País fictício da América Latina, Eldorado é palco de uma convulsão interna desencadeada pela luta em busca do poder. No centro dos acontecimentos, está o cínico jornalista Paulo Martins.
Rocha Que Voa (2001) (94’)
Horário: domingo, dia 22/08, às 10h
Classificação: Livre
Direção: Eryk Rocha
Sinopse: A partir da premissa de que nenhuma revolução acontece isoladamente, o cineasta Eryk Rocha busca reconstituir o diálogo ocorrido entre o Cinema Novo brasileiro e o Cine Revolucionário cubano.
O cineasta
Um dos responsáveis pelo chamado “Cinema Novo” brasileiro, Rocha produziu filmes com alcance internacional, obras que se destacaram pelo experimentalismo e por seu interesse em romper com os ditames do cinema tradicionalmente comercial em vigência à época. Suas narrativas, muitas vezes marcadas por um tom de forte denúncia social, também foram trunfos que o levaram a lugares como Cannes e Veneza.
Glauber faleceu em 1981, vítima de um choque bacteriano resultante de broncopneumonia.