A música nacional cresce constantemente e se torna cada vez mais diversa e, com a plataformas de streaming e redes sociais, a gente enxerga a capacidade de potencializar vozes que até então não chegavam nas mídias tradicionais. Hoje a gente quer enaltecer aqui artistas trans que você pode não conhecer ainda, mas têm trabalhos consolidados e que estão transformando gêneros musicais com a própria vivência.
Nós estamos acompanhando alguns nomes irem longe, como Linn da Quebrada, Jup do Bairro, Majur e Liniker, essa que agora é estrela de “Manhãs de Setembro” do Amazon Prime Video. Na série, inclusive, a cantora interpreta Cassandra, que sonha em seguir uma carreira de cantora. Mas a gente percebe que é um sonho de passos lentos e que é necessário colocar a cara a tapas para ir conquistando espaço.
Listamos aqui os nomes que estão brilhando na música. Tem rap, funk, pop cantados por artistas trans que estão fazendo obras incríveis e, na maioria das vezes, independentes! Bora conhecer e incluir nas suas playlists!
É ela, a estrela! Cantora com uma carreira que vem desde 2015, Liniker conquistou um espaço tão inédito que se tornou referência como mulher preta, trans e brasileira fazendo música que mescla MPB com soul. A música dela já ultrapassou continentes, ganhou reconhecimento internacional e agora leva ao mundo a faceta de atriz estrelando “Manhãs de Setembro” do Amazon Prime Video. Na série, ela interpreta Cassandra, uma motogirl de aplicativo e aspirante à cantora que precisa equilibrar as dificuldades de vida com a descoberta de um filho de dez anos fruto de uma breve relação com a ex, Leide (Karine Teles).
Liniker se surpreendeu anos atrás quando viu que “Zero”, o primeiro single, havia ultrapassado milhões de visualizações em pouquíssimos dias. De lá pra cá, ela lançou ao lado do grupo Os Caramelows os álbuns “Remonta” de 2016 e “Goela Abaixo” de 2019, recebeu indicação ao Grammy Latino e até fez clipes ao vivo para portais de outros países. Além de ir apreciá-la em “Manhãs de Setembro”, convidamos você a ler nosso especial sobre a cantora, uma retrospectiva da carreira que fizemos aqui no Papelpop.
Monna Brutal é da periferia de Guarulhos e se destaca por fazer um rap que traz de volta a pegada anos 90 que o gênero tinha no Brasil, com elementos do hip-hop e também uma pegada R&B. As letras dela refletem diretamente a realidade em que vive – lutas, dramas e conquistas – principalmente em “2.0.2.1.”, novo álbum lançado no começo deste ano.
Ela também está em “Magenta Ca$h” da Gloria Groove e “Dollar Euro” da Tássia Reis.
Linn da Quebrada entra na nossa listinha de nomes que estão elevando a produção alternativa nacional para novos patamares. Fazendo a estreia com “Enviadescer” em 2016, a cantora vinda da periferia de São Paulo faz um trabalho único unindo funk, hip-hop, pop e rap com versos brilhantes sobre intimidade, sexo, vivência trans, e críticas sobre a sociedade. Em 2017, Linn lançou “Pajubá”, o primeiro álbum, e ao longo dos anos vários singles como “Coytada”, “Fake Dói”, “Quem Soul Eu” e o recente “I Míssil”.
Referência também visualmente, Linn também se destacou ao lançar o documentário Bixa Travesty e chama atenção pelos visuais que desafiam os limites da arte digital. A Linn atriz também merece ser aclamada, pois também está em “Manhãs de Setembro”! Ela interpreta Pedrita, uma das melhores amigas de Cassandra (Liniker).
A Boombeat é um nome fresquinho no rap brasileiro para você conhecer e já viciar nas rimas dela. Com o álbum de estreia “Nem Tudo é Close” lançado no ano passada, suas músicas são perfeitas para elevar a auto-estima lá em cima e também para ser trilha naqueles momentos apaixonados.
Muitos passaram a conhecer Boombeat depois do remix de “Parabéns” da Pabllo Vittar com a rapper e com a Veronicat e, recentemente, ela também colaborou em “Todo Lugar” da LaMona Divine.
Mais um talento recente para começar a acompanhar, o capixaba Nick Cruz fez sua estreia com o single “Me Sinto Bem” em 2019 e logo no ano seguinte entrou no time de talentos da Warner Music Brasil. Com uma pegada pop melódica, coreografia e estilo, ele canta sobre a vivência trans seja para falar de romance como “Então Deixa” como também para se abrir sobre traumas em “Sol no Peito”. Ele nasceu para ser um astro do pop e estamos ansiosos para ver os próximos lançamentos!
Danny Bond é de Alagoas e se destaca pelo funk e rap escrachados extremamente divertidos e perfeitos para dançar. A cantora tem álbum “Epica” lançado em 2017 e ao longo dos anos lançou singles como “Aquecimento da Bond” e “Traz o B”. Atualmente, a cantora é um fenômeno do Tiktok por “Tcheca Say So”, um mashup da música “Tcheca” dela com “Say So” da Doja Cat, feito pelo produtor S4TAN.
A brasiliense Rosa Luz é uma artista completa! Além de rapper, ela trabalha com artes visuais, fotografia, performance e criação de conteúdo na internet, tudo isso sendo usado de plataforma pelo ativismo trans. Num dos países que mais mata mulheres trans no mundo, toda a sua obra é usada para apontar a transfobia e a situação de marginalização dessa parcela da sociedade.
Curtiu? Além de apreciar estes talentos da música, te convidamos também a conhecer a experiência transformadora de “Manhãs de Setembro” do Amazon Prime Video. A série estrelada por Liniker tem cinco episódios e todos estão disponíveis no serviço de streaming.
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