Em “Coco – A Vida é Uma Festa” acompanhamos um retrato sensível da cultura mexicana com o Día de Los Muertos, já em “Ratatouille”, exploramos a França e seus sabores. Não podemos deixar de mencionar “Luca”, animação recente da Disney em que nos emocionamos com a jornada do desenvolvimento de uma amizade e identidade nas ruas da Riviera Italiana. Também vale mencionar que em novembro deste ano conheceremos o universo colorido de “Encanto”, que se passa numa Colombia fantasiosa. “Mas quando chega a vez do Brasil?”, você pode estar se perguntando… Bem, por mais que o Brasil já teve seu espaço no holofote da empresa do Mickey Mouse há alguns bons anos com projetos notáveis, como o curta “Saludo Amigos” de 1942, e o filme “Você Já Foi À Bahia?” de 1944 – ambos com a presença do mascote Zé Carioca –, é em “Jungle Cruise: A Maldição nos Confins da Selva” que a aventura amazônica realmente acontece! Em Porto Velho, Rondônia para ser mais precisa!
Protagonizado por Emily Blunt, Dwayne Johnson, Jack Whitehall e Edgar Ramirez, “Jungle Cruise: A Maldição nos Confins da Selva” se passa durante o auge da Primeira Guerra Mundial, quando a determinada pesquisadora Dra. Lily Houghton (Emily Blunt) recruta os serviços questionáveis de Frank (Dwayne Johnson) para guiá-la pelas partes mais profundas e perigosas do Rio Amazonas. Ela espera descobrir o mistério de um antigo fato tribal – uma relíquia lendária com o poder de mudar o destino da humanidade. Confira o trailer:
Baseado na atração icônica criada pelo próprio Walt Disney e que tem emocionado os visitantes desde sua inauguração em 1955 na Disneylândia em Anaheim, Jungle Cruise também recebeu sua inclusão em outras localidades como Flórida, Hong Kong e Tokyo. Agora, com uma narrativa digna para as telonas (e multi telas), ter a experiência Jungle Cruise nunca foi tão acessível e seguro! Se sentindo mal porque não sabia da existência da atração? Não se preocupe! A Emily Blunt só foi pela primeira vez no atração na semana passada, durante a premiére do filme que aconteceu na Disneylândia. E bem, se a própria Emily não foi na atração que inspirou o filme que ela protagoniza antes de assinar o projeto ou durante as gravações, quem somos nós?! Já Dwayne, um dos produtores do filme, contou na coletiva de imprensa que o Papel Pop participou, que a atração é um marco nostálgico e querido em sua vida e que o traz um senso de calma quando pensa nas multidões que frequentam diariamente os parques da Disney.
Marcado por uma comédia leve, divertida que é majoritariamente protagonizada por The Rock, o filme não erra no tom e no conceito das piadas que apresenta – fazendo jus à atração que tem o mesmo objetivo. A novidade está na jornada romântica que os personagens principais embarcam, algo que a química que os trailers do projeto antecipavam entre Emily Blunt e The Rock, não parecia tão convincente mas que o filme muda graças à dinâmica que “inimigos para amantes” que seus contrastantes (mas nem tanto) personagens carregam. A aventura é cativante desde os primeiros instantes do filme – em que acompanhamos a Dra. Lily em uma tensa corrida contra o tempo para conseguir recuperar um artefato essencial para o início da aventura que Jungle Cruise nos leva! E quando a aventura começa, pode apostar que algumas frases em português serão faladas, tá?!
Um deslize triste do filme está no momento em que o personagem coadjuvante, MacGregor Houghton (Jack Whitehall), durante uma cena com Frank Wolff (Dwayne Johnson) se assume gay – mas sem usar o termo em qualquer momento. Tal cena desagradou alguns fãs da Disney que esperavam que o estúdio se posicionasse mais diretamente sobre pautas e representatividade LGBTQIA+ em seus personagens, e também trouxeram à tona o fato do ator elencado ser um homem hétero. Poxa, Disney! Mas, para outros, a cena é um momento emotivo e que não utiliza a denominação “gay” por conta do período histórico (segunda década dos anos 1900) em que o filme se passa.
“Jungle Cruise” também parece quebrar a maldição da adaptação de atrações dos parques da Disney para filmes, uma vez que “Mansão Mal-Assombrada” e “Tomorrowland” decepcionaram muitos fãs pela falta de otimização do potencial que o material original possibilitava, e assim, contrastando com o desdobramento da franquia “Piratas do Caribe”, que garantiu um lucro de mais de 650milhões de dólares para a Disney.
Será que os números e a recepção de “Jungle Cruise” garantem uma continuação do projeto? O elenco espera que sim: “Estamos com os dedos cruzados!”, brincou Emily Blunt durante a coletiva de imprensa. Ficamos na torcida aqui também porque, como um bom filme de aventura, “Jungle Cruise: A Maldição nos Confins da Selva” garante te prender à narrativa do começo ao fim e puxar umas boas gargalhadas durante o processo. Você é fã dos tipos de piadas repletas de trocadilhos? Parabéns,”Jungle Cruise” foi feito pra você! Agora aperte os cintos, e se prepare uma jornada colorida e perigosa na floresta com direito à Emily Blunt falando em português!
Jungle Cruise está exibição nos cinemas e estreia no Disney+ hoje (30), por R$ 69,9.
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