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Carol Biazin fala sobre clipe de “Tentação” e beijo em Luísa Sonza: “É uma mensagem de libertação”

Nesta quinta-feira (6), Carol Biazin e Luísa Sonza lançaram o single “Tentação” junto com um clipe para lá de intenso. Nas imagens, as artistas esquentam o clima até o acontecimento de um beijo libertador.

Ao Papelpop, em uma entrevista feita poucas horas antes do lançamento, Carol comentou que o beijo do clipe é uma espécie de mensagem de libertação: “Tipo, beija quem você quiser! A gente é livre”.

Na conversa, a artista ainda falou sobre os bastidores do projeto, Destiny’s Child, clipes favoritos da infância, recentes aprendizados e as tentações que não consegue resistir. Spoiler: a Carol é muito taurina.

Antes de conferir o nosso bate-papo, bora ver o novo clipe?

***

Papelpop: Parabéns pelo novo single! Me explica melhor como Destiny’s Child serviu de referência para a música?

Carol Biazin: A primeira versão de “Tentação”, na verdade, não tem nada a ver com o produto final. Ela era bem de bad. Eu fiz no violão e tal… O refrão não era nem o refrão, era só um verso. Foi mudando muito com o passar do tempo porque fiz a música sozinha e estava sendo muito exigente comigo. Eu sempre quis ter uma faixa no álbum com referências de Destiny’s Child, final dos anos 90 e início dos anos 2000. Quando eu realmente decidi a estrutura da música, levei para o produtor. Juntos, modelamos tudo e falei: “Vamos tentar fazer uma coisa com essa pegada aqui porque acho que vai ficar tudo”. Aí chegamos nesse consenso. Nós misturamos uns timbres mais atuais, mas também trouxemos esse pezinho na nostalgia, saca? Foi muito um conjunto. Acho que a referência de Destiny’s Child foi o que mais ajudou a música a tomar essa cara e seguir por esse caminho.

E por qual motivo foi importante investir em algo mais quente para o clipe?

A ideia era muito simples. Eu queria realmente interpretar a letra da música no clipe. Não estava pensando em outras coisas, mas sei que ele tem uma mensagem maior agora vendo tudo pronto. Sei que vai incomodar bastante gente também. Acabo levando isso muito como uma mensagem de libertação do tipo: “beija quem você quiser! a gente é livre”. Eu acho que tem essa mensagem. E, com certeza, muitas pessoas vão se identificar com a música porque ela fala de tentação. Ela não podia ser representada de outra forma a não ser com um beijão, pegação e tudo o mais.

Foi seu primeiro beijo em um clipe, né? Foi fácil abraçar o seu lado mais atriz ou rolou uma timidez no começo?

Achei que ia ser muito difícil, mas foi muito natural pelo fato de eu e a Luísa [Sonza] sermos muito amigas. A gente zoava e brincava em cena. Foi muito suave. A equipe também estava muito de boa com isso. No final, foi muito leve. Não teve aquela coisa de “ai, meu Deus, está todo mundo me vendo” [risos].

Você e a Luísa têm perfis muito diferentes como artistas. Ela é uma diva pop “mais tradicional” e você não se enxerga muito assim. O que a união desses dois mundos representa?

“Beijo de Judas”, o título do álbum, fala muito sobre isso. Eu não queria ser colocada em uma caixa. Era o que tentaram fazer comigo no começo por meio de comentários até das pessoas que consomem música. Quando eu chamei a Luísa para fazer esse feat., fez todo sentido para mim. Eu lancei uma música e algumas pessoas interpretaram como se fosse uma crítica para as divas. Era totalmente o oposto disso. Eu uso de inspiração as divas pop. Elas foram a minha escola. A crítica de “Beijo de Judas” é: eu não quero ser obrigada a fazer uma coisa com a qual não estou confortável. Pode ser que amanhã a Carol apareça rebolando a bunda e está tudo bem, entendeu? Com certeza, essa será uma escolha que vai partir de mim, e não de manipulação, pressão psicológica ou qualquer coisa do tipo. Acho que é isso…

Em outra entrevista, você me disse que sempre aprende alguma coisa quando se encontra com a Luísa. Qual aprendizado saiu das gravações do clipe?

Cara, a Lu é mais jovem que eu, mas já tem muita bagagem e está com a casca muito grossa. Eu a vejo como alguém super confiante e como ela foi conquistando isso por meio dos trabalhos que tem feito. Ela serve para mim de inspiração. Eu nunca tinha trabalhado com a Luísa dentro de uma gravação de um clipe, né? Já escrevi música e tal… Sempre achei ela muito profissional. Na filmagem do vídeo, passei a achar ainda mais. E, pela forma como ela trata as pessoas, me fez pensar: “Essa menina tem tudo para ser uma cuzona e não é!”. Acabei ficando muito inspirada ao redor da Luísa. Ela é muito boa de coração. Foi muito gratificante poder fazer esse lançamento com ela.

Como “Tentação” está pronta faz tempo, me diz: você acha que as canções podem ganhar novos significados enquanto estão guardadas, esperando para sair? 

É bem provável principalmente com “Tentação”. Fazer o clipe foi um processo. Nós tivemos três versões de roteiro. Mesmo com tudo aprovado, no dia da gravação, tivemos que fazer mudanças. Eu tive que gravar cenas depois que o clipe já estava “pronto” e tinha um primeiro corte. Eu falei: “Gente, acho que falta cena. Estou sentindo falta de locação… não sei”. Todo mundo falou que realmente estava acontecendo isso. Então, as cenas do quarto e do rooftop foram gravadas quase dois, três meses depois do resto. Eu achava que o clipe ia ser uma coisa, mas ele acabou virando outra, sabe? Sempre tivemos essa ideia da sedução, mas ela dominou o clipe no fim das contas [risos].

Quando o assunto é clipes, quais te marcaram na infância e você curte até hoje?

“Diva”, da Beyoncé! Tem também “Survivor”, do Destiny’s Child. Aquele clipe é um ícone! Ai, tem tantos… A Britney Spears é a rainha [dos clipes] eu acho. Ela lançou uma parada muito única. “Oops!… I Did It Again”, “Toxic”, uns clipes que até hoje te deixam pensando: “Nossa! Olha que clipão”. Isso mesmo depois de anos de serem lançados. Eu tenho muitas referências, mas acabamos não usando nenhuma referência de clipe em “Tentação”. Usamos bastante fotografia de filme para chegar em um consenso do que queríamos em termos de estética. O resultado não ficou um clipe extremamente pop, com aquela luz do pop. Trouxemos também elementos que eu gosto de misturar para deixar uma coisa do tipo “tem um conceito, mas também não tem”, como o negócio da maçã. Misturamos bastante.

Já que estamos falando de referências e inspirações, queria saber quais filmes, séries e programas têm te inspirado para compor agora…

Nossa, eu não sei. Acabei não escrevendo nada em relação ao que estou assistindo, mas eu estou aprendendo a lidar com momentos em que há falta de inspiração. Estou aprendendo a tirar leite de pedra, sabe? Eu achava que só tinha que escrever quando estivesse muito inspirada, e não. É um exercício. Para você melhorar, tem que treinar. Estou muito feliz com o resultado das coisas que estão saindo. Estou saindo mais da caixa também, tipo usando palavras que acho que vão fazer o povo rir da minha cara. Estou me soltando para explorar outras coisas. Isso é o que sempre tentei fazer desde o início. Quero continuar sendo a pessoa que está sempre se descobrindo e inovando a cada lançamento.

Para fechar, me conta se você resiste bravamente à tentação ou é das que acredita que é melhor se arrepender do que passar vontade. Vale para tudo na vida, tá?

Se eu aguento firme? Não é para o meu alter ego do clipe, né? O alter ego do clipe se banhou [risos]. Eu acho que sei lidar bem com tentações, mas tem algumas que não. Por exemplo, quando o assunto é dormir muito, já era! Às vezes, eu exagero em comida também porque sou taurina. É uma tentação! Eu vejo um doce ali e não consigo [resistir]. Apesar disso, acho que consigo lidar com o resto. Eu não tenho essa coisa de gastar muito dinheiro e querer comprar um monte de coisa. Eu sou muito suave. As maiores tentações são essas: dormir e comer.

 

Ouça mais Carol Biazin nas plataformas digitais:

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