Após dias atiçando a curiosidade do público, Malía e Léo Santana lançaram na última sexta-feira (12) uma parceria. Intitulada “Onda”, a faixa tem elementos de pagode baiano e funk carioca, resultando em uma mistura deliciosa que promete colocar todos para dançar. Como um bônus, a canção ainda veio acompanhada de um clipe, que traz looks incríveis e um baile com muita dança e sensualidade.
Já viu?
Para saber mais sobre os bastidores desse feat., entrevistamos Malía por telefone. Na conversa, descobrimos que o novo single já estava pronto há muito tempo. Além disso, também falamos sobre a Rihanna como uma inspiração para a artista, a importância dos visuais dentro do universo musical, a resposta do público às músicas em meio à pandemia e os planos para o futuro. Leia abaixo:
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Papelpop: Malía, parabéns pela nova música! Eu soube que existe uma história super legal e mirabolante por trás dessa parceria com o Léo Santana. Conta para nós!
Malía: O pessoal estava compondo a música e até já tinha escrito a parte do Léo, mas ele nem me conhecia. Eu conhecia mais o trabalho dele, mas não tinha visto ele pessoalmente. Tive que ir atrás desse feat. para fazê-lo acontecer. Foi um processo muito legal porque sou fã do Léo. Eu estive presente em várias legares, shows até criar coragem e fazer sentido no momento mandar a música para ele ver o que achava. Por fim, ele me passou o Whatsapp, curtiu a música e fizemos acontecer. Ele é incrível!
E a faixa já vai vir junto com um clipe, né? Pode falar um pouco sobre a ideia dele?
A ideia do clipe era mostrar uma festa, onde as pessoas celebram e, apesar da semana ter sido intensa, estão ali para gastar a onda, celebrar a vida e a resistência. Trazemos um monte de [referências à] Rihanna porque ela é a minha diva e inspiração em como externalizar e passar para arte a maneira como pensa politicamente falando, sabe? Tem muito de Rihanna nesse sentido.
O que mais queria que ficasse em evidência? Era o clima de celebração mesmo?
Exatamente!
E os seus looks estão impecáveis! Como sei que você é bastante ligada em moda, queria saber se carrega alguns artistas como referência em relação a roupas para apresentações, clipes etc.
Amo essa parte! Eu não gosto muito de me parecer com algo. Gosto do artista — e aí eu cito a Rihanna — ser muito singular. Gosto da maneira como ela é singular. Aí, procuro em mim a minha maneira de ser singular. A minha referência é nesse sentido, em como a Rihanna articula para externalizar algo que está dentro dela. É muito mais do que: “Ela está usando esse cabelo, então vou usar também”. É óbvio que a gente se influencia pelas tendências, porque somos pessoas comuns que estão o tempo inteiro recebendo informações de coleções — o que eu amo também, já que mostra como o mundo tem pensado e as pessoas têm se posicionado. É muito sobre isso…
Os visuais são muito importantes dentro do universo da música. Como você enxerga essa relação que existe entre as canções em si e os visuais que um artista pode entregar?
Existem diversas maneiras que você pode externalizar aquilo que quer passar e uma das ferramentas de comunicação é a moda. Isso está diretamente ligado principalmente quando se trata de clipes. A forma como vamos estar nos vestindo e nos posiciona mediante a nossa proteção diz muito sobre o que queremos passar na música. Vejo a moda como mais uma ferramenta para que eu possa me comunicar. É extremamente importante pensar na moda como uma potente ferramenta. É muito maravilhoso para mim usá-la assim, porque minha música tem que refletir na minha interpretação, no que eu visto e vice-versa para que consiga passar para a minha mensagem da melhor forma.
E essa não é a primeira faixa que você lança desde que a pandemia tomou conta do Brasil. Por isso, na sua opinião, como faz para medir a reação do público a um lançamento agora que não dá para ver os fãs cantando a letra ao vivo?
Acredito que pelos comentários, por como as pessoas chegam a mim. Elas fazem questão de vir e falar. Isso é muito importante. Os números são expressivos e legais também. Eles são uma coisa que eu tenho observado. Eles são contínuos. Não tem um número muito alto e outro muito pequeno. As pessoas estão curtindo, consumindo o que eu tenho para dizer. O medidor para mim são os comentários e como as pessoas chegam ali para falar tipo: “Caramba, Malía, eu curti mesmo isso que você fez. Gente, olha o que a Malía tem feito”. É muito gratificante para mim.
E me diz: “Onda” vai fazer parte de algum projeto maior?
Não necessariamente. Isso é uma coisa que também não sei. Pode ser que sim. Pode ser que não. É muito mais um single. Na verdade, ela já foi parte de algo. Então, por isso que não faz muito sentido às vezes falarmos sobre isso, porque tudo pode mudar principalmente no contexto em que estamos inseridos hoje, com a pandemia. Por enquanto, é só um single mesmo.
E, além do futuro próximo, também queria falar sobre coisas mais distantes. Como você se vê como artista brasileira lá na frente? Quero saber dos seus sonhos e planos a longo prazo.
Eu sou muito mais de fazer o que tenho para fazer hoje com excelência e qualidade para que meu futuro seja consequentemente em um lugar bom do que visualizar onde vou estar. Quero estar em um lugar grande. Acho que isso é um fato. E isso é muito mais fato para mim quando eu consigo mostrar meu trabalho, ele vem com qualidade e as pessoas conseguem ver isso. É assim que estou mostrando e respondendo onde quero estar lá na frente, que é com certeza um lugar muito bom.
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