É à margem de um precipício aterrador, fitando o mar, que Gabriel Maqui toca violão no clipe de “Linda Flor”. Com bom desempenho no streaming em 2019, a faixa desenrola memórias e declarações de amor em uma letra densa. São aspectos que se refletem no registro audiovisual, uma parceria com o já consagrado Jorge Vercillo.
O amor, aliás, é o tema favorito do cantor e compositor que, aos 27 anos, se prepara para dar mais um passo na carreira. Nesta sexta-feira (15) ele estreia “Carinho”, segundo lançamento que faz sob as asas da Warner Music Brasil. Oferecendo ao ouvinte uma continuação da narrativa romântica revelada no single “Fica”, ele agora versa sobre um futuro aprazível ao lado de quem se ama.
“Não costumo, necessariamente, traçar planos e imaginar um futuro ideal para uma relação”, diz ele, por telefone. “Acho que é preciso sonhar, mas ao mesmo tempo deixar as coisas acontecerem. Focar, mas viver. Essa perspectiva tem muito a ver com a música nova, que mistura isso”.
Autor de um som que se baseia em caminhos clássicos, Maqui aposta em geral na combinação voz e violão, mas sem se fechar para as possibilidades. A nova faixa, por exemplo, tem produção do duo Tropkillaz, conhecido, internacionalmente, e responsável por sua “mão de ouro” em grandes êxitos de nomes consagrados da MPB, entre eles Céu, Karol Conká e MC Zaac.
“Sempre curti demais o que eles fazem, os arranjos, a produção… trabalhar com eles foi um sonho realizado, espero que o publico goste. O resultado, adianto, é uma mescla bem legal entre o acústico e o que há de mais moderno”, conta.
Por conta da pandemia, um encontro presencial não pode acontecer – o que, dentro das soluções criativas tomadas para que a arte não pare, acabaram não sendo um empecilho. “Não pudemos nos encontrar, mas isso não é algo que aconteceu comigo. É complexo porque você dá um okay, o conteúdo volta, escreve mais algo aqui, alguém dá outra ideia… No geral, foi legal. Os rapazes [do Tropkillaz] foram mega atenciosos, cuidadosos, fiquei muito feliz.”
Vindo de uma família de músicos (o pai e os tios foram responsáveis por introduzi-lo à arte de tocar instrumentos, ainda aos 4 anos de idade), Maqui aposta nas próprias criações e em uma estética que, apesar de mirar um público brasileiro, bebe na fonte do pop gringo.
“Ouço muito Djavan, Anitta é alguém que gosto bastante também, mas minhas referências vem lá de fora”, explica. “Sou muito fã do James Arthur, do Ed Sheeran e do John Meyer. No show dele [Meyer] no Rock In Rio, me emocionei demais”.
Para 2021, o artista diz traçar planos ambiciosos, que transcendem as limitações pandêmicas, ainda à vista. “Há estreias a caminho e espero ter muito trabalho. O que eu faço, faço com muito carinho e cuidado, quero entregar o melhor material possível pros fãs. Quero mesmo é emocionar as pessoas. Que a vacina chegue o quanto antes pra que eu sinta o calor do público nos shows que tanto sonho”.
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