O filme “O Céu da Meia-Noite” estreia na Netflix no próximo dia 23 e tem um elenco estelar. George Clooney dirige e protagoniza, com Felicity Jones, Kyle Chandler, Tiffany Boone, Demián Bichir, David Oyelowo e a estreante Caoilinn Springall.
A história, baseada no livro “Good Morning, Midnight”, de Lily Brooks-Dalton, fala de um futuro não tão distante em que a humanidade está procurando um novo planeta para morar após destruir a Terra. Porém, diferente de outros filmes de espaço, o enredo é super sensível e traz uma reflexão importantíssima neste período sobre isolamento, solidão, culpa e morte.
Na semana passada, o elenco se reuniu em uma coletiva virtual para comentar a produção e a importância da história, que foi pensada e gravada antes da pandemia de Covid-19, mas se encaixa muito bem na realidade atual. Apesar de viagem ao espaço ser um tema comum em filmes de ficção científica, Clooney afirmou que queria trazer uma abordagem diferente em “O Céu da Meia-Noite”, mostrando “o que o homem é capaz de fazer com o próprio homem e a humanidade”.
“Estávamos falando sobre toda a raiva e o ódio e todas as coisas que têm acontecido nas nossas vidas, não só nos Estados Unidos, mas com certeza lá também e no mundo inteiro, e como, se continuarmos assim por uns 30 anos, não é inconcebível… se você negar a ciência, temos as mudanças climáticas; se for o ódio, estaremos nos explodindo… Não é inconcebível que estraguemos tudo”, completou ele. Porém, como ele conta, a pandemia chegou logo após o fim das filmagens e mostrou que a temática, na verdade, era sobre “nossa necessidade desesperada de estar em casa, nossa necessidade desesperada de estar perto das pessoas que amamos”.
Já Felicity Jones, que interpreta a astronauta chamada apenas de Sully em grande parte do longa, pensa que a história é interessante pois mistura o nível macro, de questões existenciais da humanidade, com o micro, da sobrevivência de cinco astronautas a caminho da Terra. “[O filme] traz questões como o significado da vida, o que estamos fazendo aqui, por que estamos aqui, o que valorizamos. E, curiosamente, essas são todas as coisas que estamos nos perguntando nesta época estranha em que nos encontramos.”
“Nós pensamos que estávamos fazendo entretenimento e estávamos fazendo um documentário”, brincou ela.
Mesmo assim, o enredo também traz questões mais pessoais, como a gravidez da personagem de Jones, a qual foi incluída no roteiro depois que a atriz ligou para George Clooney avisando que estava grávida na vida real. O diretor e ator disse que essa mudança foi muito importante para ajudar a trazer esperança ao enredo, apesar de ele falar do fim do mundo. “Havíamos começado as gravações há três semanas, na Islândia, e (…) eu recebi uma ligação da Felicity dizendo: ‘Tenho novidades. Estou grávida’. E eu falei desta forma: ‘Parabéns, estamos muito felizes por você’ e aí teve uma longa pausa e eu disse: ‘Então o que você quer fazer’?”
A atriz quis continuar no papel e passar por todo o treinamento para as cenas de gravidade zero. Clooney afirmou que a produção ainda tentou seguir em frente normalmente, mas foi necessário adicionar o fato ao enredo. “A melhor versão das coisas é quando você as aceita e não as enxerga como problemas. Então, decidimos que as pessoas ficam grávidas, acontece, e o filho dela virou um personagem para nós”, explicou George.
Porém, para a atriz, o processo foi um pouco mais tenso. Ela brincou que teve medo até de ser demitida. “Inicialmente, eu fiquei preocupada que poderia ser demitida, então foi um alívio quando George me deixou completamente confortável em todo o processo. E eu tenho que agradecê-lo porque, no começo, eu estava tentando não parecer grávida e estava me privando de muito bolo de chocolate. Então, quando ele disse que eu poderia estar grávida no filme, eu fiquei aliviada”, disse ela rindo.
“Foi uma prova do progressismo dele abraçar o que estava acontecendo e abraçar a verdade do que estava acontecendo ao invés de tentar fugir disso. Nós já vimos personagens grávidas em filmes, mas ainda é bem revolucionário, especialmente uma mulher grávida no espaço. É muito extraordinário”, elogiou Felicity.
No longa, Sully está grávida de Tom Adewole (David Oyelowo), o chefe da expedição. Oyelowo revelou, inclusive, que seu personagem não tinha esse nome no roteiro original e ele achou importante mudá-lo para mostrar mais diversidade. “Originalmente, o nome do meu personagem era Comandante Harper, como no livro, e eu fiquei pensando que isso se passa algumas décadas no futuro e eu percebi que nunca tinha visto um astronauta africano em um filme assim.”
“Eu amei o fato de que, entre nós, havia um sentimento de diversidade e eu achei que, por ser uma pessoa orgulhosamente descendente de africanos, uma equipe com a tarefa de salvar o mundo deveria incluir um africano. (…) E mudamos meu nome para Adewole, um nome da tribo de onde eu sou, na Nigéria, a tribo Iorubá. Isso vai soar egocêntrico, mas o nome significa ‘o rei entrou na casa’. Não só eu estou grato ao George por isso, mas também muitos milhões de africanos vão ficar gratos por esse tipo de representatividade”, explicou o ator.
Demián Bichir, o qual vive o astronauta Sanchez, também falou que esse foi um dos motivos de ele ter aceitado o papel. “Se o George Clooney te chama, você tem que ir. Não importa se é para um jogo de basquete, para 2121 ou para pular de uma ponte. (…) Você não encontra muitos roteiros nesta indústria com um mexicano interpretando um astrodinamista. Só isso já é ótimo”, afirmou.
Lembrando que “O Céu da Meia-Noite” chega à Netflix no próximo dia 23!
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