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“Eu queria mesmo ser adotada pela Hebe mas não dá”, conta Maria Eugênia ao Papel Pop em conversa sobre o Adotada #TBT.
Quatro temporadas depois e ela está de volta! Maria Eugênia volta ao Adotada da MTV com seus looks, personagens e reflexões para uma nova versão do programa: o Adotada #TBT. Gravado durante a pandemia, é através de uma penteadeira mágica que a Mareu – e todas as Marias que habitam dentro dela – se conecta com as famílias. Cada episódio revisita uma família depois de quase 5 anos de contato, mas com um plot-twist! Ao fim de todos os episódios, os papéis vão se inverter e é Mareu quem vai receber uma carta – os icônicos dossiers – das famílias: “Teve chororô louco porque eu nunca tinha recebido o dossier até esse momento! Recebi uns 20 mil em sei lá, 10 dias! Então eu chorei muito e voltam umas lembranças muito boas…”. Não chorar junto é um desafio e tanto também, tá? Confira uma cena de um dos episódios abaixo:
Tivemos a oportunidade de conversar com a Mareu sobre a sua experiência reimaginada no Adotada #TBT, além de surtos na quarentena, famílias famosas, a vontade de ficar ruiva novamente, e mais! Confira a entrevista na íntegra abaixo:
PAPEL POP: Deixa eu ver se entendi. O Adotada TBT é uma forma de revisitar os programas e famílias que você encontrou nas temporadas passadas, certo? E você chega a falar com eles também pra saber como estão, né?
Mareu: E sem sair de casa! Sem poder ter contato direto com ninguém, essa foi a forma que a gente encontrou – que é meio lúdica até, de conversar com a penteadeira como se estivesse falando com o espelho… Eu particularmente adorei gravar tudo! Foi muito legal fazer parte apresentando e da direção artística. Foi muito divertido e muito bom revisitar várias famílias! Falamos com 20 – eram quase 50, 60, mas a gente conseguiu falar com 20!
E como foi esse reencontro virtual?
Olha eu acho que todo mundo tá falando que cara, parece que eu parei o tempo e todo mundo fazendo alguma coisa! Um mora em Portugal, o outro virou nômade, e a outra não sei o que! Aí você fala “onde aconteceu tudo isso?”, onde eu estava? Sabe que a maioria dos programas foram gravados há mais ou menos foi de 4 a 5 anos e então todo mundo mudou muito! Eu fiquei conversando com as pessoas e pensando o quê que eu fiz em seis anos [risos]!
As pessoas tem muito pé atrás com reality porque acham que tudo é planejado, roteirizado, mas o Adotada é um rolê muito real né? Você realmente vai passar um tempo com a família, tem que ter muita coragem, gente…
É porque nunca foi! O roteiro é realmente feio na hora!
Tem alguma família que foi um choque revisitar? Que foi muito diferente já de como as coisas são atualmente?
Nesse TBT teve umas famílias de novo que não foram tão legais assim de ver, sabe? Era coisa de eu ficar “meu Deus o que está acontecendo e como eu vou me livrar desse carma?” [risos]. Mas na verdade foi tudo muito divertido mesmo tendo essas tretas que, mas assim, foi tudo bem paz e amor! Lavamos a roupa suja de uma forma bem tranquila e isso foi o mais gostoso. E teve chororô louco porque eu nunca tinha recebido o dossier até esse momento! Recebi uns 20 mil em sei lá, 10 dias! Então eu chorei muito e voltam umas lembranças muito boas…
E as crianças que cresceram? Porque tinham muitas crianças pequenas nas famílias que você visitava, né?
Algumas eu vi, mas elas não puderam ir ao ar porque precisava de uma autorização e não sei que demora muito. Então a gente fala das crianças mas não pode mostrar. Eu até falei pra mostrarem a foto! E elas cresceram demais! Tem uns adolescentes que já estão namorando há dois anos e que vão casar! Tem tudo o que você pode imaginar.
A gente falou com a família do Roque, né… Foi uma família que eu saí da casa e assim, eles passaram por muitas coisas, perdas e tal… Então foi muito intenso falar com eles, mas mesmo assim foi gostoso poder conversar e ver como eles estavam. Mas foi intenso.
Obviamente não é possível ter uma temporada totalmente inédita por conta do distanciamento, né? Mas você toparia visitar mais gente no futuro?
A gente tem umas conversas aí, viu! Não sei o que vai acontecer, mas quem sabe uma temporada internacional?! Quem sabe e visitando famílias surpreendentes? Conversando com as pessoas deu muita saudade… Mas não sei o que vai acontecer dessa pandemia. Acho que pode ser que valha alguma coisa nova pra uma próxima temporada.
Agora uma pergunta que eu genuinamente curiosa para saber é se você pudesse escolher uma família de celebridades para fazer um episódio de Adotada, qual família seria? Quero um nome nacional e um internacional!
Eu queria mesmo ser adotada pela Hebe mas não dá. Tudo oque eu queria era entrar no closet dela! E acho que assim… Madonna. Madonna também queria muito. São coisas desse amor de infância. Tenho vários! Eu queria parar até na casa das Kardashians!
Aqui em casa a gente sempre brinca de “nossa, imagina um episódio aqui?” e eu acho que todo mundo faz isso!
Pronto! Vou pra sua casa então! Escolho a sua família!
Pelo amor de Deus! Aqui tem roupa suja demais pra lavar, Mareu [risos]! Vai pra casa das Kardashians que vai ser melhor! [Risos] Vai lá descobrir as traições, tudo!
Nossa eu ia amar, gente! Às vezes uma fofoca dá uma alinhada nos nossos chakras, né? [Risos]
Quero falar um pouquinho sobre a Mareu na quarentena…
SURTEI! Surtei, né… Mas a sorte foi que esse surto deu em um processo criativo, porque assim, eu achei que tava ficando doida! Já tava virando a Britney [risos]! A parte criativa me ajudou muito a focar minha energia no Adotada e queria muito explorar esse cenário pra inventar um monte de Marias novas, inventar personagens novos porque não tava aguentando mais ficar com a Maria Eugênia! Estava insuportável [risos]! E ainda a imprensa falando que tinha que ficar em casa sozinho e que não podia se reunir com ninguém! Aí falando com as famílias no Adotada TBT, uma delas falou “Amamos esse tempo de pandemia, pra ficar em casa de boa,” e eu falei que não é possível porque tem que ser um alienígena pra gostar de ficar sozinho em casa [risos]! Eu simplesmente não sou capaz!
E conta pra gente, tem alguma série que você maratona nessa quarentena?
Acabei o Gambito da Rainha agora! Todo mundo quer aprender a jogar xadrez e eu não acho que tenho essa habilidade, mas já quero começar a pensar! Eu já quero ficar ruiva, quero jogar xadrez…
Acho que todo mundo que viu essa série ou quer aprender a jogar xadrez ou quer ficar ruivo [risos]!
É né! Tá assim! Eu tô loira agora mas ai, ficaria ruiva de novo só por causa da série [risos]! Eu também assisti Emily In Paris, tô assistindo aquela da enfermeira destruidora…
Ratchet!
Essa aí! Meio Tarantino o negócio, né? Muito sangue! Aí eu comecei a ver essa e aquela Freud junto, sabe? Aí eu não sabia qual tinha mais sangue! Pra quê que eu vou ficar vendo tudo isso acontecendo? Me indica uma série aí, vai!
Eu terminei We Are Who We Are da HBO recentemente e amei! É um conceito bem novo de série e a fotografia é linda demais. Completamente diferente dessas que você disse que assistiu [risos]!
Tô precisando ver coisa bonita [risos]! Outra coisa que eu fiz muito foi ler os meus livros de Cabala, essas coisas assim… E é muito engraçado que aí eu comecei a gravar pro TBT e parece ser algo muito simples, mas as diárias são longas! Aí sabe quando você termina de trabalhar e fala “não quero fazer mais nada”? Não quero falar com ninguém, não quero ver ninguém, não quero nem ver A Fazenda pra tentar dar uma risada!
Nem A Fazenda?
Nem a Fazenda!
Então agora você tá mais na vibe de dormir, descansar…
Tipo isso! Eu descanso, vou pra piscina, vou pra academia, invento uma coisa gostosa pra eu comer… Eu tô tentando ficar super bem, porque é muita tragédia, né? Todos os dias tem uma tragédia, um babado diferente! Então eu tento desconectar um pouco disso pra não ficar mal, porque é complicado…
E eu acho que o Adotada faz isso tão bem, sabia? De distrair a gente de problemas que muitas vezes estão até dentro de casa mesmo! Eu acho que o programa veio num momento muito bom pra gente!
É pra dar aquele quentinho no coração, assim de ver que todo mundo está na mesma e todo mundo tá tentando tirar algo positivo nesse tempo. É sobre perceber que todo mundo tem problema, ninguém tem uma vida perfeita e essas famílias são muito especiais! Porque se expor não é uma coisa fácil, mas elas fizeram isso com o maior carinho e compartilharam comigo momentos difíceis que elas estão passando ou passaram. O que elas estão fazendo pra melhorar e acho que é isso! É pra dar aquele calorzinho no coração e falar sobre família! Tem tanta gente que tá longe da mãe, do pai, da avó… Então eu acho que precisa ir um pouco mais pra esse lado né. Ah! E tem as minhas Marias também! Nesta edição cada uma tem uma mala com as suas coisinhas… Elas são muito queridas ou bobas.
Tem as polêmicas também, né?
Ah sim! Tem as bocudas, claro! Mas eu não sei da onde essas saíram, sabia? Nem tem nada a ver comigo [risos]!
Adotada #TBT vai ao ar todas as terças-feiras às 21h na MTV Brasil.