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No “Altas Horas”, Xuxa fala sobre vida pessoal, liberdade e “Maya – bebê arco-íris”

Neste sábado (21), foi ao ar um “Altas Horas” especial sobre Xuxa. No programa, a Rainha dos Baixinhos bateu um papo com Serginho Groisman sobre maternidade, carreira, amor, relação com Ayrton Senna e até o lançamento do livro “Maya – bebê arco-íris”.

Para a artista, um dos momentos que mudou a vida dela foi o nascimento de Sasha. Segundo Xu, a chegada da filha fez com que ela começasse a ver a própria mãe de uma maneira diferente, levando-a também a sair do total protagonismo que vivia sob os holofotes.

“Depois do nascimento da Sasha, a minha vida mudou muito. Comecei a olhar para minha mãe diferente, para as mães diferente, comecei a me colocar em segundo, terceiro plano. Eu precisava ser uma pessoa boa, só pensava nela. Minha filha tem que ter orgulho de mim. Ser mãe e ser uma mulher amada é muito importante.”

Sasha também fez com que Meneghel entendesse a importância de se posicionar, ainda mais no âmbito profissional. Ela confessou que não se sentia muito livre, dizendo até mesmo que não tinha possibilidade de ser ela mesma.

“Eu tinha a liberdade de brincar com as crianças, mas a liberdade de ser eu nunca tive. Tinha a impressão de que eu não sabia pensar e falar se não fosse através dos desejos e pensamentos de certas pessoas. A palavra liberdade eu não tinha, não. Comecei a colocar as asinhas para fora quando eu fui mãe. Comecei a dizer não: ‘Não quero que minha filha me veja assim, como um boneco, levado pra lá e pra cá como marionete’. Então eu comecei a ter mais vontade, mostrar o que eu queria dar e ser. Para isso acontecer, tive que andar com as minhas próprias pernas, pensar e falar, e muita gente não gostou.”

Sobre Junno, com quem já está há nove anos, a rainha disse estar muito feliz e que o namorado a aceita como ela é: “A gente vai fazer nove anos e eu estou muito feliz. Estou passando por um momento muito bom porque eu tenho uma pessoa que me aceita do jeito que eu sou”.

Ela também comentou que a vida sexual melhorou muito após os cinquenta anos:

“Aos 50 anos, foi quando eu reencontrei o Junno. Dizem que a vida começa depois dos 50. A minha vida sexual depois dos 50 melhorou muito, porque eu tenho um companheiro que me ama, que gosta do que eu posso oferecer a ele, sem muitas cobranças.”

Já sobre Ayrton Senna, a artista contou que estava planejando conversar com o piloto um dia depois do acidente fatal. Ela disse que estava sentindo um pressentimento estranho pouco antes da morte dele e que queria resolver a situação deles.

“Eu queria ir atrás dele porque queria conversar. Eu queria falar do meu sentimento. Porque, mesmo separados há um tempão, eu ainda gostava dele, ainda tinha vontade de ficar com ele. Me lembro que, no sábado, eu ia terminar umas músicas, domingo ele ia correr e eu falei que, na segunda-feira, ia atrás dele. E disse: ‘Estou com um pressentimento de que ele vai se machucar e vou atrás dele na segunda-feira’. Fiquei falando muito. Depois vieram me contar que ele também ficou falando de mim e que ia conversar comigo.”

Groisman quis saber como foi o processo de criação do livro “Maya – bebê arco-íris”. A apresentadora comentou as críticas que recebeu com o anúncio e rebateu os comentários maldosos sobre a narrativa:

“Eu fui tão criticada antes do livro sair por políticos, apresentadores, religiosos, desinformados, ignorantes, pessoas sem noção do que tava escrito no livro, da mensagem que eu fui tentar passar. Eles nem se deram a vontade de ler antes de criticar. Acho isso tão feio. Eu não queria fazer polêmica, apenas queria fazer uma carta pra Maya. Eu li pro Ju, ele se debulhou de chorar. E ele falou: ‘Isso daí tem que virar um livro, tem cara de livro’. (…) A história toda tava envolvida com muito amor, desde a criação da música, da história, do desenho… Aí vêm uns imbecis, Serginho. Não posso dizer outra palavra a não ser essa. E começam a dizer que a Maya é coisa do diabo. É isso que a gente ouve, isso que as pessoas falam, sabe? E começam a dizer que tem conteúdo LGBT e que eu não sou uma pessoa indicada a trabalhar com criança. E não é que me machuque não. Já fui tão machucada na minha vida, já fui chamada de tantas outras coisas. Eu só acho que é tirar força de um livro que só fala de amor, é tirar força de um sentimento que essas duas mães têm por este bebê. É diminuir ou tirar força de Deus, ou de um anjo. Porque eu só falo de Deus e anjo nesse livro. Me deixa triste saber que existe ser-humano com esse nível.”

Para assistir à entrevista na íntegra, é só clicar aqui.

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