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Entrevista: Ben Thatcher, do Royal Blood, fala sobre “Trouble’s Coming”, músicas tristes e memórias do Brasil

Depois de ter tocado no Lollapalooza Brasil em 2018, a banda Royal Blood acabou de inaugurar uma nova era com o lançamento do single “Trouble’s Coming”. Lançada em setembro, a faixa mistura rock com pitadas de disco, que criam uma vibe dançante diante de versos um tanto obscuros.

Ainda não ouviu? Vem conferir junto com o clipe!

De acordo com os integrantes Mike Kerr e Ben Thatcher, “Trouble’s Coming” adianta o que os fãs podem esperar do terceiro álbum do Royal Blood. O projeto, ainda sem título e data de lançamento, promete suceder o “How Did We Get So Dark?”, que chegou às plataformas digitais em 2017.

Para saber mais detalhes do próximo disco, nós batemos um papo com o baterista Ben. Por ligação via Zoom, ele nos contou alguns dos planos futuros da banda e como lida com a pressão constante por novas músicas. Também discutimos qual tipo de canção é melhor para ouvir em momentos de tristeza e a possibilidade de shows em 2021, que é quando o novo álbum deve ser lançado.

Leia a entrevista completa aqui:

PAPELPOP: Ben, primeiro queria te parabenizar pelo novo single! Apesar de ter uma letra mais sombria, eu adorei que ele tem uma vibe dançante. Como vocês acharam um equilíbrio para isso?
BEN: Bom, muito obrigada. Eu agradeço os seus comentários. Este tem sido um álbum divertido de se escrever e “Trouble’s Coming” foi a primeira canção do projeto que veio com esse som realmente. Nós verdadeiramente gostamos do elemento mais dançante presente nela. Soou fresco e novo para nós. Gostamos muito de escrevê-la, chegar com novas batidas e apenas sermos divertidos.

Quando estou triste, as músicas que mais gosto de ouvir são assim. Então eu fiquei pensando… Qual tipo de música vocês preferem ouvir quando estão na fossa: triste ou feliz?
Nossa, boa pergunta! Eu acho que músicas tristes te fazem mais tristes, mas também podem te confortar um pouco. Então ouvir uma música muito feliz quando você está triste demais também não vai funcionar. Acredito que o legal é ouvir canções que estão no meio termo. E acho que é preciso ser cuidadoso com as músicas [que escolhe] porque, se você está triste e escuta uma canção assim, às vezes acaba se identificando com aqueles versos. Agora, se você está realmente triste e ouve uma música muito feliz, talvez não consiga ver aquela como uma canção para você.

Bom, não dá para deixar de mencionar que essa é a primeira música inédita que vocês lançam em muito tempo. Você acha que, com a espera, as expectativas crescem e a pressão também aumenta? Como vocês lidam com isso?
Sim, as expectativas crescem. Eu acho que nóss, eu e o Mike, meio que temos uma piada sobre como os fãs estão sempre dizendo três coisas para nós. A primeira é “lancem ‘Boiler Maker’”. A segunda é “lancem um álbum”. E a outra é “venham para o Brasil”. Nós faremos todas elas no tempo certo, mas essas são apenas algumas coisas engraçadas. Eu acho que lidamos com isso com humor e tentamos não colocar muita pressão em cima de nós, porque no fundo é música e as pessoas deveriam gostar. Se as pessoas não gostarem, então é só não ouvir. Você não tem que ouvi-las. É realmente simples assim! Nós apenas queremos espalhar uma vibe positiva e música, de fato. É o que gostamos de fazer…

Já que citou “Boiler Maker”, gostaria de saber se ela vai estar no novo álbum junto com “King”. As duas músicas vocês tocaram em turnê no ano passado, né? Você pode me contar isso?
E-eu não posso te contar isso… Mas, sim, “Boiler Maker” está no álbum! Acho que é isso…

Ah, então está ótimo! Queria também saber se vocês têm expectativas de fazer uma turnê para promover as novas músicas. Será que em 2021 isso já vai ser possível?
Acho que ninguém realmente sabe o que vai acontecer. É muito difícil planejar alguma coisa. Quer dizer, aqui no Reino Unido, estamos meio que em uma segunda onda e todos estão voltando para o lockdown. É difícil dizer o que vai acontecer. Apesar disso, mal podemos esperar para tocar ao vivo e sair por aí. Mas só vamos fazer isso quando todos puderem estar juntos e seguros!

Eu sei que vocês já vieram para cá se apresentar nos dois maiores festivais que temos: o Rock in Rio e o Lollapalooza. Tem alguma coisa engraçada, vergonhosa ou interessante que rolou nos bastidores dessa passagem pelo Brasil que os fãs ainda não sabem, mas você acha que seria legal contar?
Muitas coisas coisas legais aconteceram no Brasil. Muito disso eu não posso contar a você, mas adoramos passar um tempinho na praia, na piscina e amamos beber cervejas. Tivemos uma experiência tão legal aí. Nós apenas estávamos muito dispostos a festejar, basicamente (risos).

Que legal, Ben (risos)! Bom, a gente fica esperando a volta de vocês então…

Muito obrigada! Foi ótimo falar com você.

 

Ouça mais músicas da banda aqui:

Spotify | Deezer | Apple Music.

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