Sabe aqueles filmes que não são só um entretenimento, mas também uma experiência? “Orlando – A Mulher Imortal” é assim. A adaptação de 1992 do livro de Virginia Woolf, publicado em 1928, desperta muitas reflexões ao mesmo tempo que é muito prazeroso de assistir. Estrelado por Tilda Swinton, o filme tem 28 anos, mas envelheceu como um vinho, abordando assuntos ainda muito atuais!
Orlando, nascido homem, conquista um espaço de prestígio na nobreza britânica em 1600. Conhecido pela sensibilidade e pelo espírito poético, ele percebe que se tornou imortal e sua beleza parou no tempo. Alguns séculos depois, Orlando acorda e é uma mulher, causando uma grande mudança na forma como o mundo a enxerga e trazendo a ela novas ambições de vida.
A gente não tem nem palavras (na verdade temos várias, como você irá perceber). “Orlando – A Mulher Imortal” é um filme que precisa ser contemplado, revisitado, admirado e vale 100% do seu tempo, ainda mais que é apenas 1 hora e meia de filme com cada minuto muito bem aproveitado. Onde assistir? No Telecine, agora mesmo, quando quiser e onde quiser totalmente remasterizado e belíssimo. Listamos aqui agora cinco grandes motivos para “Orlando” entrar na sua lista. Se você ainda não é assinante da plataforma, se cadastre e veja agora mesmo com 30 dias gratuitos de período de teste!
“Mesma pessoa, sem diferença alguma, apenas um sexo diferente”. Depois de viver alguns séculos sem envelhecer nadinha, Orlando, nascido homem, acorda sem mais nem menos num corpo feminino. Mas, antes disso, Orlando já chamava a atenção por sua sensibilidade e feminilidade. E agora, sendo mulher, Orlando continua intrigando a todos por também flertar com a masculinidade. No final de contas, Tilda Swinton protagoniza alguém que está além das denominações de sua época e faz isso de forma brilhante.
Mas essa mudança transforma Orlando não só fisicamente, mas socialmente. O que acontece quando um homem prestigiado, que conquistou tantas coisas ao longo de 200 anos, agora é uma mulher numa sociedade extremamente machista? Ela enxerga claramente a mudança de tratamento que recebe, os olhares, e a falta de direitos, causando reflexões importantes sobre o sexismo.
“Orlando” começa na Inglaterra de 1600 e termina na década de 90 do século XX. São quatro séculos que se passam na vida de Orlando e acompanhar as transformações da sociedade é uma experiência muito interessante. Em uma hora e meia de filme, as passagens de tempo são claramente divididas em capítulos. Porém, transições de cena nos pegam de surpresa em alguns momentos com figurinos diferentes, sociedade diferente e problemas diferentes.
Quando Orlando entra num jardim e sai dele, conseguimos ver claramente que o tempo se passou graças à genialidade do figurino, da construção de cenários e da fotografia. A gente vive, na perspectiva de Orlando, uma breve aula de história que, apesar de estar em segundo plano, é perceptível nos mínimos detalhes!
Pode parecer um elogio clichê, mas a fotografia de “Orlando” é belíssima! Não apenas isso, mas como toda a ambientação, cenários, figurinos, maquiagem, tudo é perfeitamente colocado e adaptado. Vale lembrar também que estamos falando de 400 anos que precisaram ser transmitidos em 90 minutos de filme, imagina o trabalho da produção!!!
Se a cena é num plano aberto, sempre vemos uma riqueza de cores e detalhes. Se o plano é fechado, no rosto de Orlando como acontece muitas vezes, a gente vê a maquiagem, cabelo e roupas num nível de perfeição. É aquilo, só dar pausa e está pronto o seu papel de parede.
O que dizer de Tilda Swinton, não é? Ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Conduta de Risco” em 2008, a musa do diretor Luca Guadagnino e dona de papéis excêntricos como em “Suspiria”, “Amantes Eternos” e “Okja”. Ela é uma das presenças mais diferentes, legais e necessárias de Hollywood.
Parece que o papel de Orlando foi feito para a atriz quando se assiste ao filme. Não existiria outra pessoa. Conhecida por muitas transformações de aparência entre papéis, Orlando foi feito para ela se divertir com a confusão de feminilidade e masculinidade do filme. O segredo da protagonista é manter a essencia independente das roupas e do corpo que habita. Tilda assume a missão de forma genial e mexe com a gente durante todo o filme.
Orlando correu para que Fleabag pudesse andar! Hahaha. A gente brinca assim, mas é porque o filme tem uma grande semelhança com a série por conta da tal quebra da quarta parede, que é quando o personagem encara o espectador.
Isso acontece durante todo o filme, como se Orlando estivesse contando a história diretamente para nós. Essa estratégia é ótima pois faz com que o filme seja mais instigante e nos deixa mais próximos da história, mesmo em momentos em que o ritmo é mais devagar. Além disso, igual em “Fleabag”, essa aproximação com o espectador geralmente acontece em momentos cômicos ou constrangedores.
Cinco motivos são poucos, mas é porque não queremos entregar toda a experiência linda que é assistir “Orlando“. Já coloca na sua listinha do Telecine e, se você ainda não conhece a plataforma, tem 30 dias para fuçar todo o catálogo lá e maratonar de graça!
*Conteúdo oferecido por Telecine
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