O filme “The Boys In The Band” foi disponibilizado recentemente na Netflix, e entre os materiais de divulgação do lançamento, a plataforma compartilhou um bate-papo entre o autor da história original, Mart Crowley, que a escreveu em formato de peça de teatro musical, em 1968, e o ator Charlie Carver (“Teen Wolf'” e “Ratched”), que atua na nova versão da história para a Netflix.
Na conversa, a dupla abordou a importância de uma narrativa como a do filme, que conta com a presença de personagens e atores gays, como protagonistas, e quais as diferenças observadas na indústria do entretenimento desde produção original, em 1968, passando pela primeira versão em filme, de 1970, até o lançamento atual.
“Fico muito feliz e orgulhoso de que este universo todo esteja ganhando cada vez mais espaço nas produções. Os musicais da Broadway atuais, especialmente, estão cheios de elementos da comunidade queer. Na época em que escrevi esta história, e até quando o primeiro filme saiu, e eu contava que era um roteiro sobre homens gays, me diziam para nem sonhar em fazer isso acontecer”, revelou Mart em resposta a Charlie, sobre a opinião do autor em relação ao momento de representatividade visto nas telas, palcos e grandes produções.
Confira a entrevista na íntegra:
Durante a divertida conversa, o ator Charlie Carver compartilhou parte de sua história de vida, e revelou a satisfação em não só presenciar este momento de mudança, mas também, de vivenciar experiências como a participação em “The Boys In The Band”.
“Quando comecei no ramo da atuação, eu jamais pensei que esse tipo de oportunidade pudesse existir, ser parte de uma nova versão desta história, por exemplo”, contou Carver. “Eu vivi um momento neste mercado onde eu estava sofrendo, e sentia que estava escondendo boa parte de mim, e eu sabia de pessoas que estavam sofrendo também, e escondendo suas verdades. E eu acho que isso perpetua a omissão da verdade para a audiência mais jovem”, compartilhou o ator sobre as dificuldades que já vivenciou na indústria por conta de sua orientação sexual.
Quando perguntado sobre o que espera deste novo lançamento, uma repaginação da história escrita em 1968, Mart é bem objetivo na resposta, e deixa claro que a intenção segue a mesma de décadas atrás: estimular inspiração e liberdade ao público.
“Esse é o tipo de produção que espero que leve a conversa a diante e expanda as discussões mais necessárias. Eu quero que captem tudo da história, e absorvam o melhor para suas vidas”, finalizou o autor.
“The Boys In The Band” tem nomes como Jim Parsons, Zachary Quinto e Matt Bomer no elenco. O filme conta com a direção de Joe Mantello, e produção de Ryan Murphy. Corre dar o play na Netflix!
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