Não fosse a pandemia, responsável por escancarar toda e qualquer ferida social, teríamos continuado assistindo aos dramas da vida moderna, só que de uma forma bem mais sutil. Isso faz lembrar quando, em 1990, Rita Lee perguntou à plateia do show “Bossa N Roll”: “Como é que vai estar o Brasil em 2020?”.
Parecia uma data distante, mas esta, enfim, chegou. A resposta, quem dá é Letrux, cria sua: estamos doentes, vítimas de não apenas um, mas vários vírus. Com a barbárie em cena e, não raro, com os olhos marejados, fica mesmo difícil se levantar. Ao pensar na falta de educação e na inexistência de empatia, no egoísmo… é, é preciso muita leveza pra não perder a fé e seguir enxergando bons fluidos no outro.
Em “Abalos Sísmicos”, quarto single do disco “Letrux aos Prantos”, a musa da Tijuca procura respostas para o excesso de catástrofes que enfrentamos. esse exercício de fabulação. Mergulha na própria subjetividade e faz um exercício de fabulação que desemboca em um escape capaz de lhe permitir despertar em outras realidades. É isto que lhe garante a própria sobrevivência.
Com idealização e direção de Gabriela Gaia Meirelles, Maria Flexa, Pedro Magalhães e Victor Jobim, o filme foi realizado de forma completamente remota por meio de vídeos registrados por Letrux e sua trupe, formada por Arthur Braganti, Lourenço Vasconcellos, Marthav, Natália Carrera e Thiago Rebello.
“Sou fã de animações, amo desenho, ilustração, pintura”, conta a artista. “Foi através da Maria Flexa, que pintou o quadro que está na capa de ‘Aos Prantos’, que essa turma maravilhosa chegou até mim”.
As tomadas, distribuídas entre 11 artistas, acompanham as múltiplas camadas instrumentais da faixa, que crescem conforme os sentimentos se revelam. São cerca de 1500 desenhos no total, organizados e editados para se encaixarem no tempo certo e deixar, implícita, a mensagem mais importante de todas: a arte salva.
Nascido sob o sol de Peixes e indicado ao Latin Grammy 2020, o novo álbum de Letrux passeia de mãos dadas com referências extraídas das décadas de 1970, 1980 e 1990. Definido como “marítimo, etéreo e terráqueo”, tem músicas em três idiomas e colaborações com Liniker, Lucas Vasconcellos e Lovefoxxx (CSS).
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