Christine and the Queens compartilhou no Instagram, nesta sexta-feira (02), um texto no qual desabafa sobre o machismo e misoginia na indústria da música.
As postagens vieram em apoio ao movimento #MusicToo na França, que se descreve como um “coletivo anônimo contra a violência sexual e de gênero na indústria musical”.
“Não me surpreende saber que, no mundo musical, como em todos os outros círculos, a liberdade de falar gera uma convulsão que então é difícil de dominar. Cada uma de nós experimentou uma forma mais ou menos tênue de assédio, comentários sexistas, como todas as nossas irmãs que andam em escritórios, que chegam em casa tarde da noite, que têm profissões radicalmente diferentes das nossas.”
Continuou dizendo que, só por ser mulher, a pessoa já está sujeita a sofrer algum tipo de assédio e violência, mesmo na área artística:
“Ser mulher em uma gravadora é ser uma mulher como qualquer outra. Um corpo em uma sessão de fotos; o fotógrafo segura a lente na altura da virilha. Um corpo em um estúdio, quando uma mão sobe pelas costas (…) Eu sou uma cantora. Reconheço nos olhos de minhas irmãs o que eu já vivi e elas também; todas nós temos aquele pequeno brilho. Quase não conheço nenhuma exceção à brutalidade desta realidade: esse é o nosso corpo. Todas as mulheres. Todas as minhas irmãs, como ouro líquido estrelado, gloriosas. Minha irmã vítima de transfobia. Minha irmã que é vítima de homofobia. Minha irmã que está sozinha com sua memória.”
Helöise Letissier, o nome verdadeiro da artista, acrescentou que acredita que agora é o momento para “abrir a boca, trocar experiências diferentes. É hora de os lugares de poder também se tornarem lugares de justo poder”.
“Que haja respeito, que haja uma horizontalidade do discurso. Deixe a voz se tornar novamente uma ferramenta de liberação. Eu diria até que é hora de todos nós sentarmos na mesma mesa; é hora de começar essa discussão desagradável e aterrorizante sobre a violência patriarcal para valer. É hora de desconstruí-la, dissecá-la.”
Pontuou que as “as mulheres não têm que pagar pelos erros dos homens, mulheres não são responsáveis pelas ações deles” e disse: “Eu gostaria que pensássemos de forma diferente sobre o poder. Jovens artistas femininas. Que eles não roubem seus trabalhos.”
“Sou aliada de todas as minhas irmãs, onde quer que se encontrem, nos seus compromissos ou nas suas convicções. Sou solidária com aquelas que falam e com aquelas que decidem cerrar os punhos. Quando a violência é sistêmica, também cria uma família. Em silêncio, mesmo sem nos vermos, à distância, vivas ou mortas, nos conhecemos.”
O último lançamento da artista foi o EP “La Vita Nuova”, lançado em 27 de fevereiro de 2020.
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