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Tilda Swinton fala sobre premiações com gênero neutro ao receber Leão de Ouro em Veneza: “Eminentemente sensato”
Durante a 77ª edição do Festival de Veneza, Tilda Swinton levou para casa o Leão de Ouro de Carreira, o mais alto prêmio do festival, nesta quarta-feira (02).
Ao receber a honraria, a atriz comentou sobre a decisão do Festival de Cinema de Berlim (Berlinale) de não separar mais as categorias por gênero. Swinton disse que essa mudança é “inevitável”, e também chamou a nova regra de “eminentemente sensata” e veio como um alívio [via NME].
“É uma grande perda de vida, sabe, a vida é muito curta para isso. E estou muito feliz em ouvir isso sobre Berlim e acho que é praticamente inevitável que todos sigam. É óbvio para mim.”
Cate Blanchett, presidente do júri do festival de Berlim neste ano, concordou com a colega, dizendo: “Sempre me referi a mim mesma como ator”, contou. “Eu sou da geração em que a palavra atriz era usada quase sempre com sentido pejorativo. Então, eu reivindico o outro espaço. ”
Swinton pontuou que não concorda com a categorização feita na história da indústria cinematográfica: “Este não é o caminho a percorrer. Em todos os sentidos, você sabe, dividir as pessoas e prescrever um caminho para elas, quer estejamos falando sobre gênero, quer estejamos falando sobre raça ou classe. É um desperdício de vida.”
A atriz estrela o novo curta-metragem de Pedro Almodóvar, “The Human Voice”, que estreia no Festival de Cinema de Veneza agora em setembro. Adaptada a partir de uma peça de teatro escrita pelo celebrado Jean Cocteau, a produção foi gravada em tempo recorde após o afrouxamento das medidas restritivas de isolamento social na Espanha.
A trama está centrada na inquietação de uma mulher que acaba de ser deixada pelo amante e espera, desesperadamente por um telefonema. “The Human Voice”, aliás, será o primeiro filme dirigido por Almodóvar em inglês.