A dupla Clara x Sofia tem conquistado o coração de muita gente que curte um pop-br! Desde a última segunda (21) o som das artistas tem trilhado caminhos internacionais. De Minas Gerais, as amigas foram convidadas para tocarem num vídeo da renomada série Vevo DSCVR, que apresenta novos e talentosos nomes da cena internacional vistos como promessa.
Com letras honestas e visuais chamativos, elas já conquistaram mais de 250 mil seguidores no TikTok e são apadrinhadas pelo cantor Rogério Flausino, do Jota Quest. Em conversa realizada por Zoom, Clara e Sofia contaram ao Papelpop sobre os bastidores (e perrengues) de serem dirigidas remotamente para o vídeo da VEVO.
Elas também falaram sobre as canções que têm ouvido e deram detalhes do que esperar de seu álbum de estreia.
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Papelpop: Como está o coração nesta semana de lançamento do vídeo da VEVO DSCVR?
SOFIA – Sinceramente… desde o momento que a gente gravou já fiquei “já podemos lançar?”
CLARA – Sim, ela é mais ansiosa que eu.
SOFIA – Eu realmente fiquei super ansiosa pra lançar, com muita expectativa, porque é um projeto no qual colocamos tudo de nós. É uma grande conquista e queria ver a reação das pessoas.
CLARA – Como não anunciamos muito antes, como seria num lançamento de uma música, ontem mesmo muita gente viu, mas hoje tem muita gente vendo também. Vem aos poucos e todo mundo fica muito surpreso. É um lançamento diferente de todos que a gente já fez.
SOFIA – Ficamos muito felizes!
Como é chegar a um público ainda maior, como agora com o vídeo da VEVO? É meio assustador ou vocês enxergam como a realização de um sonho?
SOFIA – Olha… acho que é muito legal que mais pessoas conheçam nosso trabalho, especialmente por um vídeo que é uma conquista nossa que trabalhamos com muito carinho. A gente tem que encarar da melhor maneira possível. Chegam mais pessoas, mas a gente continua sendo a gente, mostrando nosso trabalho e música, mas pra dar uma zoadinha.
CLARA – A gente sente que é uma consequência de um trabalho forte e verdadeiro.
SOFIA – O ideal é a gente crescer baseado em trabalhos como esse. No TikTok, é muito legal muita gente nos conhecer e estar interagindo, mas gravar um vídeo de uma música nossa é muito legal.
CLARA – Se você gostou, é porque gostou da gente!
E como foi o processo de serem dirigidas à distância pela equipe da VEVO?
CLARA – A gente teve uma reunião com eles uns dez dias antes e conseguimos todos os equipamentos. É super minucioso. E depois a gente foi fazer o arranjo.
Toda a organização ficou nas mãos de vocês?
CLARA – Aham, nós duas e nosso produtor. O arranjo também foi a gente que fez, né, amiga?
SOFIA – Sim, com essa pegada funkística.
CLARA – Deixamos tudo pronto e chegou no dia, foi só gravar. Ficamos das 9h ao meio-dia filmando.
SOFIA – Eles são muito cuidadosos com os ângulos, é tipo “ah, agora a câmera B fica nessa direção pra gravar mais a cara dela…”
CLARA – Aí enviamos a música e eles que editaram o vídeo. Demorou mais uns dez dias e a gente lançou.
O visual é uma parte importante do trabalho de vocês. Já se acostumaram, é confortável fazer as gravações?
CLARA – A gente ama! Pra esse vídeo, pegamos a roupa em cima da hora, né? Mas desde a hora em que terminamos a reunião com a Vevo, eles pediram um fundo com flores. Menino, a gente adquiriu a floricultura inteira pra montar o cenário lá atrás.
SOFIA – Na hora que chegou, a Clara arredou todos os móveis da casa dela. Uma mesa muito pesada. Aí ficou um espaço super legal.
CLARA – E pra esse look a gente queria um caminho mais clean, por ser uma música que estava muito simples, né? A gente queria andar junto com a estética da música, por ser só a guitarra e o beat. A gente ama encaixar nosso look na música.
SOFIA – É um corre que a gente adora, deixar tudo bem com a nossa cara.
SOFIA – Acho que a questão da identidade visual ser uma coisa que gostamos tanto e já está bem fechadinha com certeza chama atenção. As pessoas se conectam com isso e talvez facilite.
CLARA – Parte disso dos lookinhos também vira conteúdo. Fiz a Sofia adorar fazer conteúdo! Hahaha Ela é mais reservada. Inclusive já até passamos um pouco da idade de ter essas habilidades da internet, porque os novinhos de 15 anos são assim… mas adoramos falar de roupa, maquiagem, produzir conteúdo e tudo chama. Tendo um propósito, que é a nossa música, deu certo.
SOFIA – O TikTok, por exemplo, a gente não ficou estudando muito. A gente foi e começou fazendo, pensando “isso acontece sempre comigo, amiga”. As pessoas estão ali pra rachar o bico, dar uma militada de leve, colocar todo conteúdo que você quiser. A gente foi achando nosso espaço.
CLARA – E acabou ajudando muito a gente. Foi um braço da nossa expansão nas redes pra conseguir mandar nossa música pras pessoas. A gente tem essa facilidade de fazer gracinha, então fazemos no TikTok. No Instagram é a maquiagem. E associamos tudo isso aos nossos clipes, que também têm bastante humor, roupa e maquiagem. É um conjunto pra ajudar a gente a crescer nas redes e ser um braço pra carreira.
Que bom vocês terem comentado sobre o TikTok. Muito hit tem saído de lá… Vocês sentem uma pressão de fazer sucesso e emplacar um hit, um challange?
CLARA – Pra gente é super de boas! A gente adora. Quando fazemos os TikToks, a gente fica meia hora rindo.
SOFIA – Se rachando de rir! A gente encara de uma maneira muito tranquila, uma diversão.
CLARA – Um vídeo nosso deu certo do nada e desde então a gente foi fazendo.
Nesses últimos tempos, estando mais em casa, o que vocês têm ouvido?
SOFIA – A Clara ganhou uma vitrola!
CLARA – Sim, estou mergulhada em discos aqui em casa, mas não tenho condições de comprar discos novos, porque é caro demais. Estou adorando todos os discos do meu pai, então os meus da quarentena são “Dark Side of The Moon” [da banda Pink Floyd], Frank Sinatra, Nat King Cole… mas em plataformas digitais, diria que meu disco do ano é o “Future Nostalgia” [da Dua Lipa].
SOFIA – Sou muito a pessoa que ouve a mesma coisa sempre, tipo Dua Lipa e The Weeknd. Frank Ocean eu ouço muito. Acho que é um artista que está em várias fases da minha vida.
CLARA – O “Blonde” é meu álbum da quarentena também. Estou ouvindo muito.
SOFIA – É muito gostoso de ouvir, mas as letras podem ser muito profundas também.
E isso é algo das músicas de vocês também, né? Sentem que esses artistas vão influenciar o que vocês têm criado?
CLARA – Acho que sim, como a gente ouve muito é inevitável que tenha um toque, seja de sentimento ou letra. O álbum “Future Nostalgia” inspirou a gente muito, com elementos dos anos 80, com músicas mais sintetizadas. E estamos ouvindo muito a Angèle, uma cantora belga que é maior referência nossa.
SOFIA – A gente traz muito do que ouvimos de fora, mas também tem nossa cultura brasileira. Inclusive estamos ensaiando para o show e colocamos algumas pessoas, como Gal Costa e Marina Lima, que são super influentes também na nossa música. Queremos um pop sintetizado, mas também um Brasil.
CLARA – E são cantoras mulheres, né? Muito referência pra gente.
E já sabem se essas próximas músicas vão render um EP ou um disco, algo assim?
CLARA – Nós estamos pré-produzindo, com algumas faixas engatilhadas, um disco! Estamos trabalhando em tudo, desde nossa identidade… este está sendo um mês de muita transição ideológica de identidade de trabalho. Pesquisamos muito na quarentena e temos anotado os próximos passos e as intenções do álbum.
SOFIA – E tudo isso é construído aos poucos. Esse trabalho da VEVO foi o começo dessa identidade. Estamos muito felizes!
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