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Oscar exigirá regras de diversidade na categoria de Melhor Filme a partir de 2024
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA anunciou nesta quarta-feira (9) uma série de novas exigências para as produções que quiserem concorrer ao Oscar de Melhor Filme. As regras passam a valer a partir de 2024 e tem como objetivo aumentar a diversidade e promover a inclusão.
Os projetos selecionados para a 96ª edição terão que atender a pelo menos dois dos quatro critérios:
- Ter pelo menos um dos atores principais ou coadjuvantes pertencente a um grupo racial ou étnico sub-representado (asiático, hispânico/latino, negros, indígenas, havaianos, etc); ou 30% do elenco composto por grupos pouco representados (como mulheres, LGBTQs, pessoas com deficiência, grupos raciais/étnicos); ou o enredo principal ser centrado em um desses grupos.
- Ter pessoas de grupos sub-representados em pelo menos dois cargos de liderança (diretor, figurinista, editor, produtor, roteirista, decorador de cenário, mixador de som, etc) ou 30% da equipe geral ser composta por membros desses grupos.
- Dar cargos de estágio remunerados para membros dos grupos sub-representados em distribuidoras, produtoras ou estúdios; dar oportunidades de desenvolvimento e aprendizado em cargos menores da produção.
- Ter pessoas dos grupos sub-representados na equipe de marketing, distribuição e/ou publicidade dos estúdios/produtoras do filme
Change starts now. We’ve announced new representation and inclusion standards for Best Picture eligibility, beginning with the 96th #Oscars. Read more here: https://t.co/qdxtlZIVKb pic.twitter.com/hR6c2jb5LM
— The Academy (@TheAcademy) September 9, 2020
Também foi informado que ocorrerão fiscalizações nas gravações e constante diálogo entre a Academia, cineastas e distribuidoras. Todas as outras categorias manterão os requisitos de elegibilidade atuais.
“Acreditamos que estes padrões de inclusão serão um catalisador para mudanças essenciais e duradouras em nossa indústria”, disse o presidente e a diretora-executiva da Academia, David Rubin e Dawn Hudson.
O objetivo agora é que não se repita o que aconteceu na edição de 2016, por exemplo. Na ocasião, a hashtag #OscarsSoWhite foi levantada no Twitter em forma de protesto. Internautas criticavam à época a falta de atores negros em um ano em que não houve filmes com elenco negro indicado, ao mesmo tempo em que havia nos cinemas lançamentos com atores respeitados como Idris Elba em “Beasts of No Nation”, Michael B. Jordan e Tessa Thompson em “Creed” e Jason Mitchell em “Straight Outta Compton”.
Devido à pandemia, o Oscar 2021 acontecerá em abril, quase dois meses após o planejado. Com a novidade, filmes lançados até fevereiro do próximo ano podem concorrer ao prêmio. Seguindo a linha de alteração no calendário, a lista de indicados também chega mais tarde, apenas em março.