Assistir a um drama, romance, comédia, suspense e se sentir representado é uma sensação única quando se é LGBTQIA+. Numa indústria ainda muito cis-heteronormativa, nós precisamos sempre destacar produções que nos causam pertencimento. Por isso, chegamos aqui com esse especial para você maratonar e assistir com filmes de vários gêneros para se emocionar, sorrir, chorar, dar aquele medinho…
Todos os filmes estão disponíveis agora para ver no Telecine! Trazemos aqui alguns achados que você pode não ter assistido ainda, mas o serviço de streaming ainda tem uma cinelist especial de Orgulho LGBTQIA+ com muitos outros títulos como “Me Chame Pelo Seu Nome”, “As Vantagens de Ser Invisível”, “Rocky Horror Picture Show”, “A Favorita” e muitos outros. Se você ainda não conhece a plataforma, os primeiros 30 dias são gratuitos para novos usuários!
Um documentário extremamente necessário para entender a atual situação da população trans no Brasil. “Indianare”* mostra a trajetória de Indianare Siqueira, importante símbolo do ativismo trans responsável por fundar a Casa Nem, abrigo para pessoas LGBTIs em situação de vulnerabilidade, no Rio de Janeiro. Durante 1 hora e 23 minutos, acompanhamos a luta, protestos, projetos, enfrentamentos contra o governo e conquistas de Indianare. Assistir ao documentário é uma experiência transformadora.
Interpretado por Christian Malheiros, Sócrates é um jovem negro gay que é pego de surpresa pela morte da mãe. Então, ele precisa passar pelo luto ao mesmo tempo que se esforça para encontrar um sentido de vida e um emprego para sair da pobreza numa favela em São Vicente. Neste caminho todo, ele se apaixona por Maicon e passa por um grande processo de descoberta de sexualidade, precisando superar também o preconceito por ser um garoto gay.
O filme é inspirado na vida do próprio diretor, Alexandre Moratto. Americano de origem brasileira, o diretor perdeu a mãe em 2014, também da Baixada Santista. “Sócrates” foi aclamado em festivais estrangeiros e recebeu até indicação ao Spirit Awards, principal premiação do cinema independente.
Após muito tempo afastada de uma família judaica ortodoxa rígida, Ronit Krushka (Rachel Weisz) retorna após a morte do pai e causa um alvoroço na família. O motivo? Uma antiga paixão por Esti Kuperman (Rachel McAdams), que agora é casada. O reencontro mexe com as duas, que decidem reviver o romance proibido às escondidas. Esti acaba percebendo como o casamento tem sido uma forma de esconder a sexualidade e o filme se torna um grande retrato sobre o amor diante da intolerância religiosa.
No Quênia, a homossexualidade é criminalizada. Mas nada irá impedir o amor entre Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), duas jovens quenianas cujas famílias também são totalmente opostas politicamente. O romance das duas causa reações extremas entre a comunidade de onde vivem e elas precisam decidir se assumem o amor ou se vivem separadas por segurança. Muito além da luta contra a intolerância, o filme é contagiante por vermos Kena e Ziki não se deixando abalar e vivendo a relação intensamente. Isso é resistência!
Este drama japonês é simplesmente lindo, sensível, fofo e impossível de não se emocionar ao mesmo tempo que causa vários sorrisos. Tomo é uma criança de 11 anos abandonada pela mãe e recebida pelo tio, Makio, e pela namorada dele, Rinko, uma mulher trans. Tomo rapidamente cria um carinho muito grande por Rinko e começa a ler livros e procurar entender assuntos de gênero. Porém, a família é vítima de preconceito pela vizinhança e os demais familiares, que tentam afastar Tomo. Unidos pelo amor, os três lutam para oficializar a adoção.
Filme brasileiro chiquérrimo e “cool” de assistir estrelado por Wagner Moura, Clemens Schick e Jesuíta Barbosa (elenco também chique!). Moura interpreta Donato, um salva-vidas da Praia do Futuro em Fortaleza. Ao tentar salvar a vida de um homem, ele conhece o amigo do falecido, o alemão Konrad. Os dois se apaixonam e vão morar em Berlim. Jesuíta Barbosa é Ayrton, o irmão de Donato, que anos depois viaja para ver o irmão. O filme é sexy, embalado por ótimas músicas e percebemos que o romance dos dois é bem complicado enquanto vemos Ayrton explorar a vida agitada de Berlim.
Quer suspense erótico gay e francês? Então toma! “Um Estranho no Lago” mostra um lugar afastado na França que é usado como praia de nudismo entre gays, que vão até lá em busca de experiências sexuais. Lá, o protagonista Franck (Pierre Deladonchamps) se apaixona por Michel (Christophe Paou) e acaba percebendo que o cara é bem perigoso e cheio de segredos violentos. Além do fator suspense, o filme também é conhecido pelas cenas de sexo sem nenhum pudor!
Encerrando nossa lista, um romance lésbico no século XVIII em Paris. “Retrato de uma Jovem em Chamas” mostra Marianne, uma pintora contratada para fazer um retrato de Heloise em segredo para o casamento dela. Marianne passa a acompanhar a noiva a fim de conhecê-la o suficiente para pintar sua obra. Porém, as duas acabam se aproximando muito mais do que o previsto e disso surge uma paixão. Heloise não quer se casar, Marianne está louca de amor… a receita para o drama de um amor proibido! Hahaha.
Curtiu? Esses são só alguns dos filmes da cinelist Orgulho LGBTQIA+, que tem mais de 50 outros títulos para assistir. Vale lembrar que o Telecine oferece os 30 primeiros dias grátis se você ainda não for assinante. Perfeito, né? <3
* O título do documentário de Indianare Siqueira é conhecido como “Indianara” por conta da identidade de gênero assumida até então. Indianare se reconhece agora como trans não-binarie.
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