Quem assistia ao “Xou da Xuxa” certamente tinha a dimensão do quanto a apresentadora admirava Rita Lee, que no fim dos anos 1980 era um fenômeno já consolidado da música brasileira. Em contrapartida, esse mesmo espectador talvez não fosse capaz de traçar àquela altura pontos de intersecção entre as duas figuras para além do apelo ao público infantil, gigantesco.
De fato. As memórias afetivas desse período volta e meia são resgatadas com cheiro e cor. Lembra quando Xuxa recebeu Rita no palco para um especial de Natal? O ano era 1987. Como logo se veria, a rainha se derreteu em declarações assim que Rita desceu da fabulosa nave, vestida de fada. “Eu esperei à beça por esse dia, esperei demais da conta”, disse. “Existem hiper fãs, mas eu sou mais do que tiete, mais do que fãzoca dela”.
De mãos dadas e trocando olhares de cumplicidade, elas cantaram as faixas “Xuxuzinho” e “Bwana”.
Este foi apenas um encontro, apenas para citar, porque os caminhos de Xuxa e Rita Lee viriam a se cruzar muitas outras vezes. Além de terem se convertido em ícones da cultura pop em nível internacional, elas também colaboraram no disco “Xou da Xuxa 1” (1986) – é da cantora e do parceiro, Roberto de Carvalho, a letra do sucesso “Peter Pan”. Não bastasse isso, elas também se mostraram ao longo dos anos dois fortes nomes à frente da causa animal e ambiental, apoiando, regularmente, campanhas em defesa da Amazônia.
Hoje, como duas mulheres maduras, seguem de mãos dadas e intensificando o entrelaçamento das próprias histórias. Após terem superado desafios inimagináveis no passado, Xuxa e Rita decidiram abrir sua pasta de memórias sem medo ou arrependimentos.
Após o lançamento do best-seller “Rita Lee: Uma autobiografia” (2016), agora é a vez de a rainha dos baixinhos mergulhar fundo nas próprias lembranças. O Papelpop revela em primeira mão que Rita Lee foi a primeira pessoa a ler o livro de “Memórias” de Xuxa, a ser lançado em setembro pela Globo Livros. Tocada pelo que viu, a artista escreveu um texto em que comenta brevemente a história e o legado deixado pela amiga, inclusive na vida dos 3 filhos.
O mais recente capítulo dessa amizade do rock/pop você lê abaixo, com exclusividade:
“Ler as memórias de Xuxa é como assistir a um filme sobre uma atriz hollywoodiana que começou ralando na vida e quis o destino que se tornasse uma deusa superstar. Conhecendo os pormenores de suas aventuras, que, aliás, escreve com coragem e honestidade, entendo melhor essa mulher estonteantemente bela e os momentos nem sempre fáceis pelos quais passou. Certeza de que foi aquele seu eterno sorriso iluminado — e por vezes ingênuo — que venceu as chatices dos humanos e a tornou a figura mais apaixonante do Patropi.
Me emociona o amor incondicional que ela sente pela causa dos animais e, é claro, pelos baixinhos, que viam nela uma fada colorida que os transportava a um mundo mágico onde só ela era capaz de lhes proporcionar aventuras inesquecíveis. Meus filhos não desgrudavam da TV quando lá ela estava, toda fantasiada naquele palco empetecado de surpresas… Sim, meus meninos tinham uma paixonite por ela e pelas Paquitas. E, cá pra nós, precisa ter um rosto bonito demais para raspar a cabeça aos cinquenta e poucos anos e continuar com aquela mesma carinha sorridente de criança iluminada.
Sinta-se abençoada por zilhões de fãs do mundo inteiro por ser quem você é: the one and only Xuxa!“
Emocionada com o comentário, que integrará a orelha do livro, Xuxa também escreveu ao Papelpop, ressaltando o carinho que sente pela mãe do rock:
“Eu só sei cantar as músicas da Rita, desde a época em que nunca me imaginei cantando. Aliás, falando nisso, foi Roberto Menescal que fez meu primeiro disco. Lembro que ele me pediu para cantar uma música, antes das gravações, só para ouvir minha voz e meu tom. E adivinha???! Rita! Cantei ‘Ovelha Negra’. Não me considero cantora, longe disso, e nunca fui de ficar cantando, mas, até hoje, se tem uma roda de violão, só me arrisco a cantarolar as músicas dela, da Rita!
Sempre tive mais do que admiração por Rita, não sabia bem o porquê. Não pensava muito nisso. Hoje, eu sei: é porque ela sempre esteve à frente do tempo, de tudo e de todos e… linda! Hoje, para além do seu enorme talento, reconheço seu coração. Sou fã e pronto. Por isso, ler o que a Rita escreveu sobre minhas memórias foi um abraço no coração e na alma. É ter a certeza de que nessa escolha eu não errei: ela era, é e sempre será meu ídolo…. E agora da Sasha também. E certeza de que será dos meus netos e por aí vai…”
O livro “Memórias” terá toda a renda obtida destinada a instituições ligadas à causa animal, como santuários ecológicos, além da aldeia Nissi, projeto que apoia pessoas em situação de vulnerabilidade em Angola, na África. A obra, conforme revelado anteriormente, deve perpassar toda a trajetória brilhante de Xuxa na música, na TV e no cinema.
Além disso haverá espaço especial pra tratar da infância da apresentadora, além do amor que sente pela mãe, Alda, e a filha, Sasha. O lançamento acontece em setembro.
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