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Há 35 anos acontecia o histórico Live Aid; relembre shows de Queen, Madonna e mais

Um bilhão e meio de pessoas. Este foi o número simultâneo de espectadores registrado pelas emissoras de TV em 13 de julho de 1985, quando o mundo parou pra assistir às apresentações do Live Aid.

Esse mega festival de rock, realizado simultaneamente no Reino Unido e nos Estados Unidos, tinha como objetivo arrecadar fundos para o combate à fome na África, que atingia níveis alarmantes àquela altura.

Para a ocasião, os organizadores fizeram um amplo trabalho de curadoria que reuniu algumas das maiores lendas da música, bem como nomes em ascensão. Tocaram além dos já lendários David Bowie, Elton John e Queen, as novatas Sade e Madonna, que vinham conquistando cada vez mais espaço nas paradas de sucesso.

Neste vídeo publicado nesta segunda-feira (13) é possível ver imagens raras, captadas nos bastidores, que mostram entre outras coisas a chegada de atrações e convidados. Dois momentos que merecem foco: a entrada da Princesa Diana no backstage e o carinho dos fãs com George Michael na arquibancada.

Mas veja bem: hoje é também comemorado o Dia Internacional do Rock. Não se trata de uma coincidência: o cantor Phil Collins, sensação à época, se empolgou bastante e disse durante o próprio set que queria tornar aquela data um dia histórico para o gênero. Pedido feito e prontamente atendido pelos fãs, que repercutiram a fala até que ela se fixasse, de fato, no calendário de comemorações.

Com tanta história envolvida, vamos relembrar alguns dos melhores momentos?

Madonna

Em 2018 a conta oficial do Live Aid disponibilizou trechos das apresentações em alga qualidade. Um número que merece ser guardado na memória, com todas as honras possíveis, é o de Madonna. Tocando pandeiro, ela deixou sem fôlego a platéia monstruosa que a esperava na Filadélfia (cerca de 100 mil pessoas lotavam o John F. Kennedy Stadium, tá?). No set, hits como “Holiday” e “Into The Groove”.

Repare só no figurino dela, bem característico dos anos 1980. Muitas pulseiras, renda e crucifixos…

David Bowie

Inesquecível também foi o show de David Bowie que, esbanjando uma típica elegância britânica, resgatou o ápice de sua era Berlim. Em casa e diante de um estádio de Wembley lotado, cantou o hit “Heroes”. Era verão europeu e Bowie pode sentir na pele o calor do momento, deixando-se suar enquanto a energia compartilhada com uma plateia o envolvia.

Elton John

Emocionante. Nenhuma outra palavra poderia definir melhor o set de Sir Elton John no Live Aid. Com o clássico “Rocket Man”, do disco “Honky Château” (1972), o cantor mostrou que não precisa de mais nada além do próprio piano marfim. Foi de arrepiar.

Bônus: naquela mesma noite ele convidaria o conterrâneo George Michael pra cantar “Don’t Let The Sun Go Down On Me”. Aliando vocais melódicos, os dois promoveram um encontro histórico sob a luz da lua, que surgia tímida enquanto o show transcorria. Puro romantismo à la 1980’s.

Sade

Ícone mor das baladas românticas nos anos 1980, Sade subiu ao palco naquele 13 de julho pronta pra dar uma aula de poder e elegância. Com uma longa trança e um figurino feito sob medida, ela hipnotizou o público logo de cara. Era o magnetismo de uma grande diva sendo posto em prática e quando os microfones foram ligados… houve um só arremate. Saxofones, guitarras, tudo muito intenso. Uma canção escolhida? “Your Love Is a King”.

Queen

Não resta dúvida: a apresentação mais icônica do Queen naquela década aconteceu em Wembley. No Live Aid, Freddie Mercury havia recém-feito as pazes com os colegas de banda e subiu ao palco dando tudo de si. Não há nada, um adjetivo sequer, capaz de descrever o show da banda no evento. Anos mais tarde ele seria reproduzido à risca na cinebiografia “Bohemian Rhapsody”, dando a Rami Malek o Oscar de Melhor Ator.

Mas sabe como é, à magia do original… nada se compara. Dê play em “Radio Ga Ga”!

Mick Jagger

Os Rolling Stones também fizeram parte do Live Aid, mas não exatamente em formação original. Mick Jagger, que àquela altura se aventurava em carreira solo, subiu ao palco sozinho. Correu, dançou e arrasou nos falsetes ao interpretar a recém-lançada “Miss You”.

Em compensação… promoveu naquela noite mais um encontro de gigantes: Já ovacionado (e suado), Jagger convidou pra um dueto ninguém menos que Tina Turner. Nem é preciso dizer como ambos incendiaram a plateia ao cantar “State of Shock”. Rock n Roll puro, a química perfeita.

We Are The World (Lionel Richie, Tina Turner, Joan Baez, Mick Jagger…)

Ainda em 1985 um grupo de 45 artistas badalados se uniu em estúdio pra gravar uma canção escrita por Michael Jackson e Lionel Richie. “We Are The World” tinha um objetivo semelhante ao do próprio Live Aid: arrecadar fundos pro combate à fome. Rapidamente se converteu em um hit, além de ter encerrado a noite de apresentações daquele super show. Grande parte das atrações voltou ao palco, liderada por Richie, e soltou a voz. Catártico.

Ozzy Osbourne e Black Sabbath

Mas se hoje é dia de rock… nada mais justo do que encerrar esta lista com “Paranoid”, interpretada pelos caras do Black Sabbath. Brilhando mais do que o sol, que aliás rachava as cabeças dos espectadores da Filadélfia, Ozzy Osbourne surgiu de cara arrebentando nos vocais e chamando a atenção pelo visual: escolheu usar naquela tarde uma espécie de kimono com milhares de lantejoulas grudadas. All hail the king!

Diz aqui pra gente: quais artistas citados tem tocado na sua playlist nesta segunda?

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