Famosa por covers publicados na internet, a cantora Agnes Nunes lançou nesta sexta-feira (24) a música “Lisboa”. Para a alegria dos fãs, a faixa já chegou acompanhada de um clipe gravado na cidade homenageada.
Bora conferir?
“Lisboa” estreia na sequência de “Rio”, ambas faixas do novo EP da Agnes Nunes, intitulado “Romaria”. O projeto deve conter quatro canções que prestam homenagens aos lugares por onde a artista passou ou gostaria de passar.
O Papelpop bateu um papo com a Agnes para saber mais sobre o projeto. Falamos entre outras coisas sobre como a quarentena e as origens da cantora tem influenciado as novas músicas. Atenção: há spoilers sobre um futuro novo álbum! Leia na íntegra:
Papelpop: Em “Rio”, uma de suas mais recentes, você fala sobre uma desilusão amorosa e diz que não quer mais pensar naquilo tudo porque se ama mais. Essa questão do amor próprio é uma coisa bastante presente no seu discurso. Me conta porque falar sobre isso é tão importante para você!
Agnes: Quando criança, eu tinha a autoestima muito baixa por conta do racismo e do bullying que sofria na escola. A minha saída para tanto sofrimento foi a música. Então é dessa forma que tento ultrapassar para outro nível essa questão da autoestima. De alguma maneira, eu sempre faço a força das meninas com a minha música, com as redes sociais, com as minhas palavras, entendeu?
Sim, muito legal! Pelas redes sociais, você também fala bastante sobre as suas origens. Como acha que a Bahia (onde nasceu) ou a Paraíba (onde cresceu) influenciam no seu som?
Acho que o que mais influencia é o sotaque. Principalmente vindo da Paraíba, né, que foi onde eu cresci. Nasci em Feira de Santana, na Bahia, mas fui criada na Paraíba. Se sou quem sou hoje, grande parte eu devo ao meu sotaque, porque não deixei de ser quem eu era em nenhum momento. Acho que o fato de eu ser verdadeira e de ser quem eu sou – essa paraibana, nordestina, baiana arretada – que me trouxe onde estou hoje.
Por falar em lugares, a música “Rio” faz parte de um EP que homenageia cidades por onde você já passou ou tem vontade de passar. De onde surgiu esse conceito?
Depois de muitas reuniões, nós chegamos à conclusão que esse EP poderia se chamar “Romaria” porque cada clipe foi gravado na respectiva cidade homenageada. “Rio” foi filmado no Rio; “Lisboa” foi gravado em Lisboa e “São Paulo” foi gravado em São Paulo. Eu costumo chamar Hiroshima de a grande interrogação, que todo mundo vai ficar meio se perguntando: “Oxente! Hiroshima?! Como assim? Ela já foi para lá?”. Mas Hiroshima nasceu de um sonho que eu tive. Acordei e tinha sonhado com ela ressurgindo das cinzas, porque Hiroshima foi bombardeada né? E mesmo assim ressurgiu, renasceu das cinzas. Essa foi a música que fiz durante a quarentena, a última do EP “Romaria”. Ela tem muito a ver com esse momento pelo qual estamos passando hoje, que é esse momento de isolamento, de pandemia, que está nos fazendo repensar sobre muitas coisas. Então, em “Hiroshima”, eu compartilho o que tenho pensado, o que tenho imaginado, que é praticamente isso.
Ah, então o EP tem músicas produzidas durante a quarentena… Pode falar sobre como esse período afetou o seu som? Ele te deixou mais introspectiva?
Sim, sim! Eu estou aproveitando a quarentena para trabalhar justamente na minha música. Nós terminamos o EP aqui no estúdio, em casa, e já começamos a trabalhar no meu álbum – que vai sair aí no final do ano. Esse momento serviu para muita coisa, para nós fazermos aquilo que queríamos e não tínhamos tempo. Agora, nós temos para dar um stop nas coisas virtuais e dar um enfoque no calor humano mesmo, sabe? Dar mais calor à vida!
Verdade! E esse lançamento vem marcar uma nova fase da sua carreira, porque agora você se formou no ensino médio etc. 2020 promete muito mais novidades?
Isso! Como eu acabei de te falar, estou tentando tirar alguma coisa boa desse tempo que estamos tendo. E, de fato, tem muita coisa boa para pensarmos sobre. Estou aproveitando para investir no meu álbum, na minha música e MUITO no skincare, viu (risos)? Haja skincare, haja máscara para o cabelo, receita para fazer na cozinha e assim seguimos…
Na quarentena, você não gravou nenhum clipe, né? Todos os clipes do EP “Romaria” já estavam gravados antes da pandemia?
Exato. Os clipes foram todos gravados antes.
Por último, eu queria saber se você costuma seguir pessoas que publicam covers no Instagram igual você fazia antes. Se quiser, pode indicar alguém..
Então, eu comecei de uma forma muito genuína e inocente. Acho que você tem que acreditar em você mesmo, sabe? Independente se muitas pessoas vão ver ou se três pessoas vão ver você. Se as três pessoas curtirem o que você canta, curtirem o que tenta passar já está ótimo. Sentimento e muita humildade acima de tudo. Hoje eu acompanho todo mundo que faz cover das minhas músicas, que estão ali acompanhando meu trabalho. Sempre busco dar valor a esse tipo de coisa porque foi a forma como comecei. Na verdade, eu vejo os vídeos que as pessoas me passam, compartilho, curto e comento, né? Acho que isso é muito importante, é um pontapé a mais que as pessoas percebam que eu vi aquilo.
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