Na noite deste domingo (31), em meio aos vários protestos antirracistas que acontecem nos Estados Unidos em virtude da morte do segurança George Floyd, o cineasta Spike Lee divulgou um curta-metragem intitulado “3 brothers: Radio Raheem, Eric Garner e George Floyd”.
Como o próprio título aponta, Lee se inspirou, além do homicídio de Floyd, na morte de Eric Garner, ambos vítimas da violência policial. O curta entrelaça os episódios ocorridos com um dos longas mais famosos do diretor, “Faça a Coisa Certa” (1989), indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
A intenção é relacionar as histórias das vítimas da vida real com a narrativa do personagem Radio Raheem, um jovem que não se calava diante o racismo explícito das ruas de Nova Iorque e andava com um boombox tocando “Fight The Power”, do grupo Public Enemy.
A produção foi liberada com exclusividade pela CNN. Na ocasião, Lee aproveitou o momento para criticar os acontecimentos questionada o público. “Estamos vendo isso de novo e de novo e de novo. É isso, a morte de corpos negros, é sobre isso que este país é construído.” O curta se inicia com a pergunta: “A história vai parar de se repetir?”
Em maio deste ano, um homem chamado George Floyd foi morto, asfixiado por um policial na cidade Minneapolis. O momento foi filmado por pessoas que estavam por perto e causou revolta, culminando em protestos pelos EUA.
Neste último fim de semana, 75 cidades estadunidenses tiveram manifestações. Dentre elas, Nova Iorque, Memphis e Los Angeles tiveram atos a favor do “Black Lives Matter”, movimento que tem por objetivo tornar público mortes violentas de pessoas negras e cobrar justiça.
Artistas como Tinashe, Tessa Thompson e Michael B. Jordan, estiveram presentes e prestaram apoio a causa. Manifestantes também foram às ruas em Toronto, Londres e Berlim para se opor a violência contra pessoas negras.
Na noite deste domingo (31), a situação tomou maiores proporções quando manifestantes protestaram em frente à Casa Branca, na cidade de Washington. Os populares pediam justiça por todas as mortes e o prédio que é casa de Donald Trump apagou todas as luzes.
Manifestantes não deixaram de lembrar outros nomes vítimas da truculência da polícia e do racismo. Um dos nomes citados com frequência foi o do jovem Eric Garner, assassinado em 2014 na região de Staten Island, em Nova Iorque. Garner foi vítima de estrangulamento por um policial durante uma prisão. Toda a ação foi filmada e Garner, de maneira semelhante ao que aconteceu com George Floyd, avisou ao agente que não conseguia respirar. Ele só foi solto quando ficou inconsciente.
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