música

Grupo Hitmaker fala ao Papelpop sobre projeto no TikTok, importância da arte na quarentena e elementos de um hit

HI-T-MA-KER! Você já ouviu isso no início de muitas músicas, mas sabe quem está por trás de hits de artistas como Anitta, Ludmilla, Luísa Sonza, Kevinho e muitos outros? O grupo Hitmaker é formado pelos produtores e empresários André Vieira, Pedro Breder e Wallace Vianna.

O trio se uniu no fim de 2016 para levar música e uma mensagem de alegria ao máximo de pessoas. E eles vêm arrasando, né? As faixas deles arrecadam milhões de streams em pouco tempo e agora Hitmaker tem uma nova missão: um projeto feito especialmente para o TikTok.

Os produtores criaram três músicas para a plataforma: “Pego, penso ou passo”, “Desafio da quarentena” e “Tik Tok”. Pensando nos challenges que rolam por lá, as canções foram feitas pra ajudar todo mundo a se distrair no meio da quarentena.

“Pego, Penso Ou Passo” já está nos streamings. Bora ouvir?

Por isso, nós do Papelpop resolvemos bater um papo com eles pra entender mais do projeto. Ah, é claro que a gente aproveitou o momento pra perguntar o feat dos sonhos: “Jay-Z, Beyoncé e Hitmaker! E a gente no clipe com eles”.

Se liga na conversa:

Papelpop: Por mais que muita gente ouça o famoso “Hitmaker” no início de muitas músicas, alguns não sabem quem está por trás, né? Como surgiu o grupo?

André: Começamos em 2016…eu acho. Final de 2016! Nós sempre buscamos trazer a nossa alegria, essa coisa bem genuína que temos com a música, nosso relacionamento com ela, tudo o que tem na nossa passagem, na nossa vivência. Desde a infância, os três têm essa curiosidade e contato com música. E a partir daí, nós nos unimos pra levar um som legal para as pessoas, passar uma mensagem boa nas nossas letras e trabalhar com música, que é maravilhoso, né? Basicamente isso, foi intuitivo. O destino nos uniu praticamente, rs.

Papelpop: Vocês já fizeram música com Anitta, Ludmilla, Kevinho, Luísa Sonza, uma lista imensa. Mas, até agora, vocês conseguem escolher uma produção favorita? Daquelas que vocês param pra ouvir e pensam: “Mandamos muito bem nesta aqui!”.

Pedro: Cara, é muito difícil porque os três têm vivências e culturas musicais diferentes. Um é norte, outro é sul, outro é leste e quando se junta, vira oeste. Acho que cada um prefere uma. E música é muito sentimental, ela mexe com a emoção das pessoas. Por exemplo, talvez uma música nossa com um público-alvo mais infantil não vai ser uma música que vai bater no nosso coração numa normalidade. Mas, a partir do momento que ela é lançada no mundo e a gente recebe um vídeo de uma sala de aula com crianças apresentando para as mães…a gente chora. Tipo, uma música de entretenimento pra criança, no nosso coração não bateu na primeira vez, mas quando a gente vê o vídeo…é incrível, o poder que a música tem. É muito difícil escolher ou dizer qual vai mexer mais ou menos.

Wallace: Oh, Vitor…não pergunta pra gente qual o filho mais bonito e preferido não, rs.

Papelpop: Brincando com o nome Hitmaker, o que vocês acham que é preciso hoje para uma música ser um hit?

Wallace: Cara, a gente conversa muito dizendo que não existe fórmula do sucesso embora o nome seja Hitmaker. Rola até uma frustração, acho que todo mundo tem essa expectativa: “Ai, ele vai desvendar”. Não, trago más notícias, rs. Mas existem verdades que devem ser respeitadas e uma delas é a verdade. A gente sempre tenta expressar a verdade do artista, o que ele sente, o que ele é, o que pensa. Nós escrevemos pra muitos artistas, como autores, e alguns artistas desses não são autores também, outros são. A gente escrevendo com eles ou para eles, de qualquer forma, a gente sempre tenta conversar e trocar muita ideia, entrando num âmbito que você nem imagina. A gente literalmente passa a fazer parte da vida desse artista pra entender a vivência dele, as sensações, as frustrações…rola uma união de almas, até poético falar isso. Porque você passa a tentar sentir as emoções dele pra depois a gente expressar isso. E no lance do hit, não adianta a gente falar: “Vamos botar um refrão chiclete aqui. Aqui a gente bota vinte vezes essa palavra e aqui vai funcionar”. Se fosse fábrica, era só dar “control c + control v” que iria e não rola dessa forma. E o artista precisa saber expressar a vivência dele porque no fundo é identificação. O público olha pra um artista através da imagem, do que ele canta, do que ele fala e se identifica. Acho que essa união de fatores acaba tornando uma música em um potencial hit, né? Mas tem muitos fatores externos também que podem mudar totalmente isso.

André: É verdade, não existe a receitinha de bolo. Às vezes o bolo sai de um jeito, sai de outro…aí você gosta de laranja mas mudou o formato, entendeu?

Pedro: E quem fala que tem [a receita] tá mentindo, tá? Se falar na minha frente que tem, eu falo: “Então faz uma agora na minha frente”. Não tem!

Papelpop: E esse projeto com o TikTok traz três faixas inéditas, né? Como foi a elaboração das músicas?

André: A gente olhou bastante para o que tava acontecendo ali e a gente viu que existia uma oportunidade de também passar uma mensagem, principalmente neste momento que a gente se encontra agora. Eu, particularmente, em casa vi como a gente tá num momento difícil, nessa pandemia que pegou todo mundo desprevenido. E eu percebi que o TikTok conseguia levar um pouco de alegria para as pessoas nesse momento. Então as pessoas se divertem ali na plataforma e fazem challenges e postam dancinhas. A gente falou: “Cara, a gente podia fazer um projeto nesse formato”. E é um projeto que a gente estaria levando alegria para as pessoas e conseguiria fazer uma música no formato que a gente curte fazer, que é o formato bem popular. Então as ideias foram surgindo uma atrás da outra e instintivamente. Nas faixas, você percebe que tem muitas coisas que as pessoas comentam e realmente, é tudo o que a sociedade passa e a gente poderia colocar isso em formato de challenge. A gente enxergou isso como uma oportunidade de levar nosso som.

Papelpop: E vocês usam TikTok? Já tentaram fazer alguma dancinha famosa, rs? Eu confesso que tinha certo receio mas acabei entrando e gostei.

Wallace: Olha, eu também era do seu time, mas comecei a tentar dar uma engajada nessa semana.

Pedro: O Wallace fica bem disposto, já fez alguns brincando. Eu ainda preciso me encaixar ali. Mas não tem o lance mais de pré-adolescente, teen, tem muitos outros conteúdos também. E cada um se encaixa no que for melhor ali, acho que super rola.

Papelpop: Na quarenta vocês desenvolveram este especial pro TikTok, mas trabalharam em mais alguma coisa grande?

Pedro: Cara, nessa quarentena, acho que o principal é se previnir do vírus, ter todas as precauções. Mas, outra preocupação fundamental é a mente, né? É muito difícil criar uma rotina em homeoffice e muito difícil você ser comprometido com essa rotina porque existem milhões de coisas atrapalhando você dentro de casa. Mas, é você saber ter o tempo de tudo, né? E o lazer, o entretenimento e a arte entram muito nessa hora. A gente acredita que ajuda muito, tá ajudando nós três. Nós sempre fomos consumidores de arte em vários quesitos, mas agora é quase como um remédio. Então um entretenimento desde um stand-up, ou qualquer coisa que te tire um pouco do trabalho, dos problemas de governo ou saúde, é válido. Então é por isso que a gente busca levar um pouco de entretenimento nesse momento, que é essencial. Até pra galera mais jovem, ou muitos adultos que vão brincar e vai ser um lapso de felicidade a mais neste momento que a gente tá passando.

Papelpop: Pra fechar, pensando no futuro, com quem vocês ainda pensam em colaborar?

Wallace: Olha, é bem delicado porque como nós respiramos música e nos identificamos com tanta gente… é quase que impossível citar um, dois ou três nomes porque todo dia a gente ouve uma música, vê um artista e parece que ficamos conectando pessoas. Eu tenho muita dificuldade de responder isso. Caraca!

Pedro: É complicado porque quando eu comecei no rap, eu tinha o sonho de produzir com essa galera e virei brother deles. Então meu sonho passou a ir pro pop, na época era Anitta a estrela do pop, ainda é até hoje, mas era a grande estrela, né? Era um sonho fazer algo com a Anitta e a gente trabalhou com ela. A gente vai atingindo sonhos e um planejamento, né? Mas se fosse pra falar agora, seria Beyoncé e Jay-Z, ou Eminem.

André: Ah, eu já tava aqui com discurso na ponta da língua: será Jay-Z, Beyoncé e Hitmaker! E a gente no clipe com eles.

Pedro: Não, mas não é single não, seria um EP! Um EP inteiro, um sonho. E em colaboração com o Timberland.

No dia 24 de julho, eles lançam a faixa “Desafio da Quarentena” e em agosto, a música “Tik Tok” chega às plataformas de streaming. Além disso, ainda neste ano eles lançam um projeto autoral, já estamos ansiosos para conferir.

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