Você se pega pensando muito em como será a vida quando a quarentena acabar? Pois bem, Pocah está ansiosíssima para quando esse dia chegar! Tanto que o single mais recente da cantora se chama “Depois da Quarentena”. Lançada na semana passada, a música é o funk perfeito para quem está sedento para dançar. Porém, Pocah deixa bem claro que é para dançar em casa no clipe da faixa, cheio de referência aos challenges do TikTok.
Inclusive, é justamente a rede social um dos assuntos que conversamos com a Pocah! Ela se declarou a maior tiktoker e disse que gravar os challenges tem ajudado ela a se distrair durante o isolamento. Além disso, a cantora conta como o feminismo ajudou ela a entender a importância do funk que ela faz e como têm sido fazer música nesses tempos.
PAPELPOP: Vamos falar sobre o seu novo single “Depois da Quarentena”! Primeiro queria saber como está sendo lançar uma música nessa quarentena, e sobre a quarentena né?
POCAH: Então, essa já é a segunda música que eu lanço durante a quarentena. A primeira foi com o PK, eu fiz participação na música “É o Pecado” dele! E agora tô com esse single! Eu gravei o clipe e fiz a música dentro de todas as normas possíveis e enfim né… É bem diferente de tudo que a gente já fez, mas tem que se adaptar!
Não tem jeito né? E conta pra gente como foi gravar o clipe, como que rolou a produção de casa? Foi difícil?
A gente teve que fazer tudo com uma equipe reduzida, tomando todos os cuidados possíveis, né? Mas sabe que, pensando bem, foi mais tranquilo? Porque tinha menos gente! Eu acho que eu vou até aderir esse modo – se eu puder né, claro – de produção! Hahahaha! Porque tem projetos que exigem uma equipe mais grandiosa mesmo! Mas cara, eu achei muito legal. Foi tudo muito mais prático e rápido!
E em qual momento da quarenta você deve a ideia de fazer essa música?
Foi bem no começo na real! Inclusive demorou muito pra gente conseguir ajustar as coisas pra conseguirmos gravar a música, fazer o clipe…Porque eu não queria sair de casa de jeito nenhum! Então demorou um pouco pra fazer tudo. Demorou pra finalizar a composição, demorou pra gravar a música, demorou pra gravar o clipe… Foi tudo muito bem pensado porque a gente fica com medo, né? Então fizemos tudo com muita cautela! E deu medo porque vai que a gente lança a música quando não existe mais quarentena de tanta demora!
E pelo o que eu vi você também tá bombando no TikTok, né? Aparentemente o app está ajudando todo mundo como uma forma de distração no meio dessa loucura que estamos vivendo! O que mais de bom você tá fazendo pra se distrair, divertir enquanto não chegam os dias de “depois da quarenta”?
É isso que eu ia dizer! O TikTok é a minha maior distração! Hahaha! Porque ele é isso, você pode aparecer lá de qualquer maneira e tá todo mundo igual, sabe? Tá todo mundo passando pela quarentena! Eu também gosto muito de treinar e fico muito com a minha filha! Hoje, mais do que nunca, a gente tá grudada uma na outra e tá sendo muito bom a gente se descobrir juntas, brincar, estudar, desenhar… Então eu estou aproveitando muito ela!
Ai que delícia! E Pocah, você ficou ainda mais conhecida ainda depois da sua música “Não Sou Obrigada” tocar demais nessa última edição do BBB, né? Como foi ter esse reconhecimento?
Então, eu fico muito feliz! As minhas músicas na real sempre tocam todo ano no BBB! Eu acho que não teve uma edição depois que eu comecei a cantar em que não tocou uma música minha! Mas se eu disser que é a mesma emoção sempre, é mentira! Porque eu amo o Big Brother! Eu sou aquela pessoa que torce, que fica vidrada, que vota… Eu amo participar todos os anos! Então é muito bom poder ouvir a nossa música lá, ver as pessoas que a gente gosta, os nossos favoritos dançando e curtindo a música! A Flay, por exemplo! Ela ouvindo “Não Sou Obrigada” no programa e, recentemente, citou que queria gravar uma música comigo, né? E eu sou super fã dela! Eu amo os participantes polêmicos! Os mais polêmicos são os quais eu sempre me identifico, então Flay, Bianca… eu adoro!
Essa edição do BBB foi demais mesmo! E seu estilo musical é o funk, mas quando eu estava fazendo a minha pesquisa para a entrevista, li que você tem um gosto musical beeeem eclético! Gosta de Lana Del Rey, Adriana Calcanhotto, quem mais que você curte ouvir?
Hahaha! Cara, eu amo a Joelma! Eu sou muito fã dela! Desde criança eu tenho todos os DVD dela, eu sei as falas, tudo! Sou muito fã e respeito muito ela como artista e pessoa! Uma das pessoas que eu sou mais fã na vida é a Joelma!
Tudo! E por gostar tanto dessas referências diferentes, você já pensou em mudar o seu estilo musical?
Não mudar! Eu tenho vontade de diversificar, mas não mudar o meu gênero musical! Eu amo o funk, amo o pop! E eu sou funkeira nata de carteirinha, então é muito difícil de eu tirar o meu pé totalmente do funk! É impossível!
Eu imaginei que você fosse responder isso! Hahaha! Então conta pra gente: o que o funk representa pra você? E você vem notando mudanças nesse gênero desde quando você começou?
Muita mudança, né? Eu canto há 10 anos então a gente vê uma mudança assim, gigantesca! Porque a gente luta muito contra o preconceito, sabe? Atingir certos patamares não é fácil mesmo. Mas a gente tá aí! É um movimento que cada vez mais cresce e que eu tenho muito orgulho! O funk já me levou a lugares inimagináveis! Eu já fiz três turnês internacionais em menos de um ano, as pessoas realmente conhecem e consomem o funk, e me reconhecem! Eu nas ruas de Nova York, as pessoas me reconhecendo, você tem noção? Uma garota de Caxias sendo reconhecida nas ruas de Nova York? Por gringos e brasileiros? Assim…
É incrível!
É muito gratificante! É a resposta do meu trabalho que eu faço desde os meus 16 anos e luto pelo meu ideal de buscar respeito como mulher funkeira, e isso é tudo pra mim! Tudo pra carreira da gata! Hahaha!
Hahaha! E eu acho que no meio dessa pandemia, as pessoas estão tendo mais tempo para consumir mais músicas que não ouviam ou conheciam antes! O que você gostaria que as pessoas que não te conhecem ainda soubessem sobre a sua?
Então, eu faço a minha música muito pelo feeling! Por ser funkeira, eu gosto muito de abordar assuntos que façam a diferença, sabe? Passem alguma mensagem… E nem sempre foi assim! Mas tudo mudou desde quando eu vi que eu podia usar a minha voz pra conscientizar outras mulheres, por exemplo. A minha primeira música foi “Senta Rebolando”, a segunda já foi “Casa Dos Macho”, e na maioria das vezes eu canto num discurso de mulheres para mulheres mesmo, sabe? Quero que elas se identifiquem! E aí eu sempre recebia mensagens de “caramba, Pocah! Você me inspira”, “você é muito independente”, e aí eu pensei, por que eu não coloco isso mais explicitamente nas minhas letras, né? Falar mais sobre isso! Aí eu conversei com os meus produtores, contei umas histórias pessoais minhas, e aí nasceu o “Não Sou Obrigada” porque ninguém manda nessa raba! Hahahaha! E eu amei e nunca mais parei! Você viu que eu lancei “Pode Chorar” que também tem o mesmo discurso, né… E hoje eu não falo de empoderamento feminino, liberdade da mulher só nas minhas músicas, eu falo também nas entrevistas, no meu dia a dia… Eu aderi isso pra minha vida! Eu senti que isso me move, sabe? Como ser humano mesmo, porque não é só fazer música! Nunca foi só fazer música!
É reconhecer a responsabilidade que você tem como artista, né? E otimizar a sua plataforma para falar sobre o que importa! É algo incrível!
Exato! E muito obrigada, mesmo!
Ó, minha última pergunta pra você vai ser pra gente finalizar com um resuminho sobre o seu novo single “Depois da Quarentena”, ok? Descreva o single novo em três palavras!
Em três palavras? Vamos lá…. Em três palavras? FIQUE EM CASA, aquelas…. Hahahahahaha!
Rápido. Sem trapacear abrindo seu perfil no Letterboxd. Por qualidade, bilheteria, prêmio, meme ou qualquer…
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