É sempre interessante quando um produtor musical, envolvido em vários hits de muitos artistas, resolve assumir a linha de frente e vir com um álbum autoral. O que será que vem de alguém que sabe fazer música boa e agora tem total liberdade para seu próprio projeto?
Augusto Cabrera saiu do Uruguai e veio morar no Brasil há 15 anos, trabalhando com vários nomes como Zezé Di Camargo, Ludmilla, Claudia Leitte, responsável também por “Loka” de Simone e Simaria e muitos outros. Agora, ele está com o single “Tchuky Tchuky”, parceria com Jerry Smith, Jowell e Randy. É o primeiro lançamento autoral de Cabrera e faz parte do álbum “Cabrera – Conéxion”, que contará com muitas outras parcerias.
Ouça abaixo o lançamento e confira a nossa entrevista onde Cabrera fala de produção musical, desafios, e diz que teremos 10 artistas brasileiros e 10 latinos dentro do projeto!!
PAPELPOP: Oi Cabrera! Primeiramente, adorei Tchucky Tchucky porque é a perfeita prova de que música latina e brasileira se misturam muito bem. Sei que você se relaciona há anos com a música brasileira. Trazer o Jerry Smith foi uma forma de conseguir explorar o momento do funk atual com a sua música?
Cabrera: Primeiramente, eu fico feliz que tenha gostado. Todas as músicas deste projeto nasceram sem intuito nenhum. Os convidados são meus amigos e as faixas surgiram de encontros esporádicos no estúdio, as músicas estavam lá e escolhemos as melhores para compor o “Cabrera – Conéxion”. Sendo assim, trazer o Jerry, fluiu naturalmente, não foi por ser “comercial” foi simplesmente porque todos gostamos. Mas, sem dúvidas, ele é um artista que agrega muito ao projeto.
Esse é seu primeiro lançamento do primeiro álbum autoral depois de anos sendo produtor de outros artistas. É mais desafiador assumir seu nome na linha de frente? E também tem o lado bom que é a liberdade de trabalho né?
Realmente me pegou de surpresa, não eram os meus planos. Inclusive, sempre busquei ficar nos bastidores, afinal, eu já fui artista, mas acho que a correria, os dias fora de casa me fizeram ficar distante disso, 20 anos depois tudo mudo, agora da pra criar musica, e usar as redes como palco, e estou gostando bastante.
Este projeto é um grande desafio sim e trás consigo um diferencial, é um álbum autoral. Quando produzimos músicas para outros artistas, temos que navegar entre gosto do artista, verdade dele, o que ele acha que ele é e o lado comercial, claro, sempre, este projeto é diferente as musicas nasceram naturalmente, nada pensado simplesmente amigos fazendo musica. No “Cabrera – Conéxion” tenho liberdade total de fazer e desfazer as coisas, em parceria com os artistas e com idealizador do projeto que é o René, da gravadora Sony Music.
O que você está preparando para o “Cabrera – Conéxion”? Teremos mais parcerias? Qual é o tom do álbum em questão de sonoridade e gêneros musicais?
Teremos muitas parcerias, no total são 10 músicas, cada uma com um artista brasileiro e um latino, ou seja, 20 artistas, no total. É um mix, não tem um ritmo especifico, o que eu busco é fazer singles que o público vai gostar, bem populares. Usando da minha experiência e o que aprendi nestes anos todos.
Estamos agora num momento em que precisamos ficar em casa sempre que possível. Você tem aproveitado esses últimos tempos para fazer música pra você também?
É realmente estes momentos de isolamento social e luta contra este virus tem sido uma mistura de sentimentos e emoções. No meu dia a dia “normal”, eu ficava 60% do meu tempo dedicado ao business e 30% a música. É muito triste tudo que está acontecendo no mundo, mas, como sempre busco enxergar o lado positivo, me trouxe algo bom, eu estou mais em casa, este momento está permitindo com que eu foque muito mais na música, e isso está sendo bom para eu me reconectar com minha essência
De todos os trabalhos musicais que você se envolveu, quais você considera que mais marcaram sua carreira? Além disso, quais nomes brasileiros você acha que tem movimentado sons novos na nossa música?
Foram vários trabalhos que me marcaram, eu não sou uma pessoa que faço muita música, meu foco não é fazer grandes quantidades de musica, geralmente, eu sempre fiz singles. Claro, diversas vezes minhas músicas já fizeram parte de CD´s, mas, graças a Deus, na maioria das vezes, elas sempre se tornam músicas de trabalho. Mas existe sim, algumas músicas que são especiais, a primeira de todas, que se chama “Eres Todos Los Extremos”, essa é primeira faixa que eu compus e produzi no Brasil, para Zezé Di Camargo e Luciano, tudo começou com essa música.
Consegue soltar algum spoiler sobre a próxima música?
O spoiler que posso dar, por enquanto, é que na próxima música eu vou começar a cantar em alguns pedaços, daqui pra frente, vou colocar minha voz nas faixas. Aguardem artistas de peso, brasileiros e latinos, tem muita coisa boa e especial vindo por aí.
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