Lady Gaga deu uma entrevista ao programa de Zane Lowe, da rádio Beats 1, que foi disponibilizada nesta quinta-feira (21). Ontem demos aqui a prévia da entrevista, na qual a artista falou que teremos muita dance music em “Chromatica”, o tema por trás do disco e a letra de “Free Woman”.
Já na entrevista completa, a dona de “Stupid Love” falou sobre assuntos como: o tão esperado feat. com Ariana Grande em “Rain On Me”, a nova colaboração com Elton John em “Sine From Above”, o disco “Joanne”, o pai, e mais.
Sobre a parceria com Ari, Gaga admitiu que chorou ao encontrá-la – e isso se deu pela lembrança de momentos traumáticos que Grande passou pela carreira e vida pessoal, como o atentado em Manchester e a morte de Mac Miller, o ex-namorado. Então, elas usaram a música para cicatrizar esses traumas.
“Quando ela chegou no estúdio eu estava chorando, ela veio até mim e disse: ‘Você vai ficar bem, me liga, aqui está o meu número’, ela foi bastante persistente, ela tentava diversas vezes ser minha amiga… mas eu estava muito envergonhada para poder sair com ela porque eu não queria projetar nela tanta negatividade (…)”
Na hora de gravar a faixa, Gaga motivou positivamento a colega:
“Eu disse a ela: ‘Agora, tudo o que você se preocupa, quero que você esqueça enquanto canta. E enquanto você faz isso, eu vou dançar na sua frente!’”.
Continuou:
“Ela foi simplesmente maravilhosa. Eu acho que ela pensou que viria aqui e eu a mandaria sentar e falaria ‘toma, canta isso e muito obrigada pelo seu tempo’, mas ao invés eu a perguntei como que ela queria fazer as coisas. (…) Você ainda não assistiu ao vídeo, ela estava tão aberta a tentar coisas que nunca tinha feito antes, ‘eu vou apenas confiar em você’, ela disse”
Além de ser uma faixa sobre se curar de experiências emocionais desagradáveis, “Rain On Me” fala sobre quando Gaga usava o álcool como escape.
“‘Rain On Me’ também é uma metáfora para a quantidade de álcool que eu estava tomando para me anestesiar, ‘Eu prefiro estar seca, ainda não morri, okay, chova em mim’, essa canção tem muitas camadas”
Salientou como esse disco é dançante e que mal espera dançar com os fãs nas boates país afora!
“O Chromatica parece uma maratona de dança sem parar. Mal posso esperar para dançar com as pessoas ao som dessa música! Mal posso esperar para poder ir a lugares com as pessoas e tocar esse álbum o mais alto que eu possa, para as mostrar o quanto as amo, mas até lá, espero que elas escutem esse álbum e viagem não apenas pela minha jornada pessoal, mas por suas jornadas e dores próprias (…)
Eu vou entrar em todas as boates gays que eu consiga encontrar e vou abraçar todo mundo, porque eu amo a todos.”
“O Chromatica é a forma como eu dou sentido as coisas, como eu as interpreto”, revelou. Falando do processo criativo de construção do disco, a cantora de “Million Reasons” disse:
“Este álbum foi feito da mesma forma que eu fiz os meus primeiros álbuns, eu costumava escrever a letra rápido em um pedaço de papel e passar a diante, tudo veio com muita facilidade.”
Já sobre “Joanne”, que leva o nome da tia falecida de Gaga no título, a norte-americana comentou que ficou deprimida pois não conseguira curar os traumas do próprio pai após a morte da irmã.
“Oh uau, okay, eu fiz um álbum para o meu pai, eu fiz um álbum tentando curar o trauma da minha família, porque a irmã do meu pai, Joanne, morreu quando ele tinha 15 anos de idade, e foi essa tentativa linda porém fútil, você não pode consertar algo desta forma.
E eu tive que aprender isso, mas foi uma decepção épica em meu coração que me levou a uma depressão, eu entendi que não importa o que eu faça, não importa o quão grande eu me torne, não importa quantos estádios eu lote, eu não posso consertar o meu pai.”
A Mother Monster também compartilhou a letra da música com Elton, “Sine From Above”: “I heard one sine from above then the signal split in two – the sound created stars like me and you. Before there was love there was silence, I heard one sine and it healed my heart”. Em tradução livre, ela fala que o som de um sinal criou estrelas como ela e seu amado e “antes que houvesse amor, houve silêncio”.
Gaga ressaltou como prefere escrever as músicas sem gênero, mas que achou necessário falar em “Free Woman”:
“Eu tento fazer com que as coisas sejam sem gênero, apenas porque eu penso que é significante, mas com essa música em particular [Free Woman], eu senti uma necessidade de referenciar ao meu gênero mesmo que eu tenha um desgosto tremendo quando as “…pessoas atribuem gênero ou identidade sexual à sua personalidade, como quando alguém diz, ‘Sua personalidade é masculina’, o que isso significa? Não faz sentido. Mas foi muito importante para essa canção ser ‘Free Woman’, porque eu fui abusada sexualmente por um produtor musical.”
Ainda sobre ter sofrido abusos ao longo da vida, ela não se vê mais apenas como uma vítima: “Eu não vou mais me definir como uma sobrevivente, como uma vítima de estupro, eu sou apenas uma pessoa que é livre e passou por coisas f*didas.”
Para ouvir a entrevista completa, clique aqui.
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