Hayley Williams passou por alguns anos conturbados: após seu divórcio em 2017, a artista se encontrou deprimida e ansiosa, com estresse pós-traumático. Agora, nesta sexta (08), a cantora soltou tudo pra fora no primeiro disco solo, “Petals For Armor”, no qual ela reencontra seu Eu perdido.
A vocalista do Paramore canta sobre decepções amorosas (e que baitas decepções), buscar conforto em amigos, na terapia, e florescer aos poucos. Não é à toa que ela faça referência às flores, porque Hayley realmente desabrocha.
O disco é dividido em três partes, sendo duas delas lançadas em EPs no começo deste ano. A capa é um lembrete: mesmo tampando memórias cravadas na mente e pele, elas não somem, aliás, por que tampa-las? Vamos encará-las. No caso, ela cobriu com blocos pretos as tatuagens de seus dedos que remetiam ao antigo relacionamento e estendeu a arte pelo rosto, com maquiagem.
Voltando às flores, em “Roses/Lotus/Violet/Iris”, que faz analogia ao título do projeto, ela canta sobre não se comparar com outras mulheres, e em “Watch Me While I Bloom” Hayley usa metáforas para mostrar como cresceu apesar de toda dor.
A sonoridade é minimalista, deixando o rock, emo ou pop punk do início de sua banda para trás. Flerta com o pop, mas de uma forma crua e, às vezes, introspectiva.
As 15 faixas são um convite íntimo ao âmago de cada um, que nos fazem rever nossas próprias escolhas, erros e crises pelos olhos de Williams. São também um chamado para nos tratarmos com carinho porque está tudo bem. É como se uma voz quase muda dissesse entrelinhas: “Não é sua culpa”. Às vezes vamos tentar ressuscitar um relacionamento já morto e acontece, é a vida, como podemos ouvir em “Dead Horse”.
Sentimos o profundo martírio em que ela passa, porém com um – não tão visível – desejo de renascer. Em “Sudden Desire”, ela canta sobre um desejo há muito tempo perdido, nos lembrando que, mesmo no fundo do poço, podemos sentir-nos vivas. E estamos!
Mais pro fim do disco, a vocalista deseja um amor puro em “Pure Love”. “Você acha que me conhece / espere até eu me abrir pra você”, admite na letra. Será que é possível encontrar um amor puro, em meio ao patriarcado e o caos mundial, e, ainda, mostrar todas as suas cicatrizes? Ser vulnerável novamente? São questões que não têm resposta definida, mas Hayley têm esperança. E, no final do dia (e do álbum), é o que basta.
Ouça o disco aqui:
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