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Vitão lança clipe gravado em casa e conta ao Papelpop detalhes dos bastidores

Apenas três meses após o lançamento de seu álbum de estreia, Vitão já traz novidades. Ele lança na noite desta quarta-feira (16) a música “Mais Que Bom”, fruto de uma parceria com o cantor português Agir.

O melhor de tudo é que a faixa chegou junto com um clipe gravado durante a quarentena. Por esta razão, as imagens parecem transportar o público direto para os apartamentos dos artistas de um jeito super descontraído e íntimo.

Por telefone, nós conversamos com o Vitão para desvendar os bastidores da produção e saber como ele está lidando com o isolamento social. Como um bônus, ainda ficamos sabendo alguns detalhes de sua viagem a Portugal, que aconteceu em março enquanto ele divulgava o álbum “Ouro”.

Vem conferir!

Papelpop: Como foi a experiência de gravar um clipe em casa? Foi você mesmo que escolheu os looks e os cenários?

Vitão: Eu meio que escolhi tudo. Tive essa ideia de gravar o clipe em casa e liguei para a galera da gravadora, falando: “Vou fazer com o celular mesmo e é isso!”. Eles só me deram o “ok”. Por coincidência, eu estava em casa com o Rafael, um amigo da época da escola que mexe com vídeo e edição. Ele não quis ficar na casa dele com a avó por ela ser do grupo de risco e tal. Foi ele quem me ajudou com roteiro, direção, edição e filmagem. No fim, eu peguei as roupas mais coloridas que tinha, coloquei tudo na cama e fui escolhendo cada peça pra um cômodo. Fui fazendo de um jeito bem livre mesmo. Depois de tudo, só editamos.

Aconteceu algo engraçado durante as filmagens? Quando você estava gravado aquelas cenas no elevador apareceu nenhum vizinho ou sei lá?

Teve uma hora que apareceu um sim (risos). Eu fiquei com vergonha e falei: “Opa, desculpa!”. Aqui está com aquela regra de que não pode entrar mais de uma pessoa no elevador ao mesmo tempo. Por isso, o cara nem entrou e ficou esperando do lado de fora enquanto eu estava gravando no elevador. O cobertor que eu usei para montar o cenário também ficava caindo toda hora (risos). Pelo fato de ter sido uma parada super sem produção e realmente feita por nós, teve várias cenas engraçadas assim. Foi super divertido!

Você anda produzindo bastante coisa ou está aproveitando a quarentena para descansar?

Principalmente por estar isolado em um lugar onde tem estúdio, esse está sendo um momento de escrever bastante e produzir coisa nova. Apesar do isolamento, eu não estou parado artisticamente. Estou produzindo bastante coisa e tem sido muito bom.

Eu queria que você comentasse o processo de criação da música. Você encontrou com o Agir em um estúdio? Vocês já se conheciam antes?

A gente não se conhecia antes. Foi uma coisa que aconteceu muito sem querer quando eu estava divulgando meu disco em Portugal. Meu empresário estava comigo e ele tinha um certo contato com o Agir. Aí, em um dos dias, o Agir pegou a gente no hotel e levou para jantar num restaurante português super gostoso. Como eu não conhecia muito o trabalho dele e o achei simpático demais, decidimos marcar uma sessão de estúdio mesmo com a agenda apertada. Quando cheguei no estúdio, ele estava com uma ideia que eu não consegui desenvolver muito em cima. Foi aí que eu sugeri que começássemos tudo do zero porque poderia ser mais legal e ele topou. Fiz um riff de guitarra, ele produziu um boom bap em cima, lancei o primeiro verso, ele lançou o dele. Saiu super rápido!

Você pode falar sobre a experiência de trabalhar com artistas internacionais? Porque essa não é a primeira vez que você trabalha com alguém de fora, né? No seu primeiro álbum tem uma música com um colombiano, a sua parceria com a Anitta conta com a composição do Diogo Piçarra (que é português) e tal… Como artista, isso é importante para você?

Com certeza! Eu acho que dialogar com outras partes do mundo é sempre importante para criar pontes culturais. Acho especialmente interessante essa relação entre Brasil e Portuga. Quando eu fui para lá, percebi que eles consomem muito a cultura brasileira desde novelas até músicas. Eles conhecem tudo daqui! Os brasileiros, por outro lado, não consomem quase nada da cultura portuguesa. Acho que pode ser muito interessante essa ponte para eles entrarem mais no Brasil e vice-versa. Uma abertura de portas mesmo…

Esse promete ser o seu primeiro lançamento desde “Ouro”, que é seu álbum de estreia. Como você está se sentindo em relação a isso? 

Normalmente, eu sempre fico muito empolgado e feliz com lançamentos. Acho que lançar música é sempre contar uma nova história para as pessoas. É um sentimento muito bom.

A pergunta que não quer calar: “Mais que Bom” vem como algo avulso ou pode fazer parte de um projeto maior?

A princípio, o single vem como algo avulso até porque a ideia surgiu do nada. Foi tipo: “Vamos lançar a música agora que entramos na quarentena, entregar coisa nova, gravar clipe em casa e tal”. Foi super sem planejamento algum. Meio que, de uma semana para a outra, eu tive a ideia e o projeto já estava quase concretizado. Então, de início, ele não faz parte de nenhum EP ou disco. É só um single.

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