“Fetch the Bolt Cutters” não é só o primeiro álbum de Fiona Apple em 8 anos. É também o seu primeiro trabalho após a morte da cadela Janet, que adoeceu e fez com que a cantora adiasse seus planos de vir à América do Sul em 2012. Por aqui não rolaram os shows da turnê “The Idler Wheel…”.
De lá pra cá ela adotou outros cães, 5 mais precisamente, e mostrou que seus sentimentos podem (e devem) ser colocados em primeiro lugar. Tanto que credita na faixa título do projeto seus cinco bichos de estimação e ainda canta com a honestidade de seu primeiro trabalho, “Tidal”, lançado em 1996.
Lá fora “Fetch the Bolt Cutters” tem colecionado elogios. Na plataforma Metacritic, que reúne resenhas publicadas em todo o mundo, o disco ostenta nota máxima em menos de 24 de seu lançamento. O resultado foi baseado nas 141 críticas que já possui.
Uma delas é a da Pitchfork, uma das mais criteriosas publicações do gênero. Pra ganhar uma nota acima de 9,0 é preciso muito esforço. Sem rivalidade aqui, certo? Mas até o elogiado “Future Nostalgia”, de Dua Lipa, não passou da casa dos 8,0. Sua média geral atribuída pela crítica Anna Gaca foi 7,5.
Com Fiona Apple, a revista entregou a primeira (sim, pasme!) nota 10,0 da década. A última foi atribuída ao disco “My Beautiful Dark Twisted Fantasy”, de Kanye West, lançado em 2010. No texto, o destaque está na singularidade do trabalho da artista.
“O quinto disco de Fiona Apple é ilimitado, uma sinfonia do cotidiano, uma obra-prima inflexível. Nenhuma música jamais soou como essa.”
O britânico The Guardian também se rendeu. Foram 5/5 estrelas, conferidas em meio a elogios como sua capacidade de explorar a introspecção.
“O primeiro álbum de estúdio do artista em oito anos, feito sem pressa, é surpreendente, íntimo e demonstra sua recusa em ser silenciada. (…) É como se ela tivesse voltado a reinventar o próprio som – com ritmos agradáveis, mas que se chocam e são incomuns. Na faixa-título, por exemplo, ela canta acompanhada por uma orquestra improvisada, feita com utensílios de cozinha, latidos de cães e uivos de gatos.”
Também do Reino Unido, o The Independent disse que a nova safra de canções, lançada em um período de distanciamento social, “não poderia ter chegado em melhor hora”:
“É um trabalho desafiador, talvez muito mais do que você possa imaginar ao ouvir “Under the Table”, uma das faixas mais provocadoras”.
A poderosa Time Magazine foi ainda mais além e afirmou que as faixas recém-lançadas da artista, marcadas pela estranheza, são na verdade uma mensagem de otimismo.
“O álbum novo de Fiona Apple destaca a artista que ela é, definida em grande parte por arranjos sofisticados e personalizados. No entando, ‘Fetch the Bolt Cutters’ não seria um experimento extraordinário e honesto, em som e composições, se parecesse polido demais. Fiona nos oferece um roteiro para entender quem somos e fazer as pazes com quem fomos. Assume a responsabilidade por nossos piores atos e protege nossos melhores. É como sair de um calvário, só que mais forte, mais sábio e mais autocrítico. Vamos ficar bem!”
Já a Variety disse que Apple é nossa melhor companheira de quarentena, tendo salvado o que restou de 2020.
“Ao invés de parecer tão complicada quanto obviamente foi antigamente, Fiona e seu novo disco soam tão frescos quanto algo que acabou de passar por sua mente criativa. Pode ser muito cedo pra dizer que este é o melhor álbum do ano, mas já podemos dizer que 2020 não foi de fato uma perda de tempo”.
E você, o que achou do disco? Conta pra gente e dê stream nesta sexta-feira!
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