Em 1991 o mundo parou pra assistir à estreia de “Justify My Love”, o “novo clipe de putaria da Madonna“. Embora não traga nada tão explícito tal qual ocorreria no poderoso (e fetichista) “Erotica”, lançado no ano seguinte, as imagens captadas em um hotel decadente de Paris são elegantérrimas e trazem a artista naquele que seria o início (veja bem, apenas o início!) do auge de sua persona dominatrix.
Tá que Chris Isaak já tinha feito algo semelhante anos antes, mas o que aconteceu um tempo depois com a consolidação do videoclipe foi uma explosão no número de artistas que passou a se expressar sexualmente. Nomes como Prince, Lenny Kravitz, The White Stripes e, não indo muito longe, no presente, Beyoncé e Lana Del Rey: todos lançaram luz sobre esta parte mais, digamos, safadinha de sua discografia. Pra deixar as coisas ainda mais belas, vários desses registros foram feitos em efeito preto e branco.
Estando em casa, sozinho ou não, é normal se sentir tomado pelo desejo em certos dias. Pra te inspirar com boa arte, vem ver essa lista com clipes gravados em película P&B. Já aviso: eles vão mexer com a sua libido.
Não há outra forma de abrir esta lista senão falando a respeito de Chris Isaak e da modelo Helena Christensen. Juntos os dois protagonizam cenas belíssimas no clipe de “Wicked Game”, clássico romântico do fim dos anos 1980. Interpretando um casal apaixonado, eles colocam em prática uma encenação perfeita e metafórica do termo “paixão proibida”. Enquanto as ondas do mar quebram ao seu redor, encharcando suas roupas, eles não se incomodam e se amam ali mesmo, na areia. De fato é um “jogo malvado”, regado a rendição, desejo e tensão.
O que esperar de uma parceria feita por duas das pessoas mais sensuais do mundo? Madonna e Lenny Kravitz são os autores da letra de “Justify My Love”, faixa que rendeu à artista um de seus clipes mais atrevidos lançados até hoje. Pelos corredores de um hotel decadente de Paris, ela segue rumo à sua suíte. Nas portas que estão pelo caminho, devidamente abertas, é possível ver todos os tipos de pessoas convidando-a para a realização de suas fantasias mais íntimas.
Enquanto sussurra versos como “Quero te beijar em Paris/Segurar sua mão em Roma/Correr nua em uma tempestade/E transar em um trem“, claramente sentindo o tesão tomar conta de si, Madonna é esperada no quarto por seu então namorado, o modelo Tony Ward. Logo depois surge uma garota, com quem ela troca beijos e acaba indo pra cama. O boy observa tudo, de longe… Para a época foi considerado tão ousado que a censura foi inevitável. Para burlá-la, Madonna fez seu primeiro lançamento de single em VHS. Histórico!
A estética anos 1950 adotada por Lana Del Rey no visual do disco “Born To Die” é um dos grandes acertos de sua carreira. No lendário “Blue Jeans” ela relembra a tarde em que conheceu o grande amor de sua vida. Como se essa paixão corroesse até mesmo seus ossos, Lana se deixa tomar pelo tesão. Ao saltar na piscina, ela é engolida pelo sentimento e vive intensamente cada segundo ao lado do amado, um homem sedutor no mais amplo sentido da palavra, seja quando a toca, ou mesmo quando acende um cigarro. O que dizer da cena em que ele coloca dois dedos na boca da artista?
“Let me sit this ass on you“. É com esta frase que Beyoncé abre a faixa “Rocket”, que em 2013 ganhou um dos clipes mais sofisticados de seu álbum visual, autointitulado. Enquanto a música toca, a câmera dá closes fechados em partes de seu corpo, com destaque para sua boca, que se delicia com um pêssego na cozinha. Mas não se engane: uma das cenas mais incríveis (e simples!) é captada quando gotas de água caem sobre suas costas, formando uma paisagem. Sem igual.
Elaborar uma lista que traga alguns dos maiores símbolos sexuais do mundo e não citar Prince é no mínimo injusto. O cantor, que tem um álbum dedicado exclusivamente a pautas sexuais, é o responsável por “Black Sweat”, single do disco “3121”. No clipe, ele canta encarando a câmera, potencializando todas as formas de sedução. Enquanto isso uma bailarina dança, rebola e fala junto ao seu ouvido. Há também uma estrutura circular no cenário, logo atrás dos dois, que em certos momentos lembra uma vagina sendo tocada.
O último álbum de estúdio de Rihanna, o elogiado “ANTI”, rendeu registros ousados. O clipe de “Kiss It Better”, um dos singles do projeto, é um bom exemplo disso porque as imagens trazem a embaixadora de Barbados sem grandes artifícios, mas cantando uma de suas faixas mais intensas enquanto se contorce diante da câmera. Rihanna veste apenas um blazer risca de giz e um vestido de seda, que vão sendo tirados e colocados de volta enquanto se arrasta pelo no chão e sente o vento chacoalhar seus cabelos.
Você quer closes atrevidos? É justamente o ponto alto do clipe de “Going Back To Cali”, do rapper LL Cool J. A música rendeu um registro super sexy com imagens em que o artista é cobiçado por várias mulheres que dançam no topo de cabines telefônicas e pedem carona, enquanto ele dirige rumo ao seu destino final. Uma delas alisa seu corpo, sem camisa e outra é observada por ele enquanto as mãos de alguém passam por sua barriga…
Quem, ainda adolescente, não viu o clipe de “Cherish” da Madonna e ficou babando pelos bailarinos dela? Uma coisa é vê-los em ação no palco da “Blond Ambition Tour”. Outra é se deparar com esses rapazes lindos e molhados, vestidos de sereia e jogados na areia de uma praia deserta. Mais ainda: observá-los sob a luz do sol enquanto nadam habilidosamente no fundo do mar. A rainha, por sua vez, não fica atrás e faz caras e bocas para a câmera. O vídeo de “Cherish” é ousado e livre, como nunca.
Sucesso no início dos anos 1990, Marky Mark entregou aos fãs um clipe bem ousado para a faixa “Good Vibrations”. O artista intercala sequências de dança de rua com os amigos com momentos quentes, na cama, com garotas que o tocam sem camisa. Em determinadas cenas, o casal vai além e se beija em uma parede com grades. São closes maravilhosos em seus respectivos rostos e mãos que dispensam qualquer apresentação.
Seja tocando sua carreira solo, no The Racounters ou mesmo no The White Stripes, Jack White arrasa. Um dos lançamentos mais incríveis de sua jornada no grupo rendeu um clipe para “I Just Don’t Know What To Do With Myself”, single de 2003. A responsabilidade de comandar o registro visual da faixa ficou nas mãos da modelo Kate Moss, considerada uma das mais sensuais de todos os tempos. Linda, provocante e usando apenas um par de calcinha e sutiã, ela dança no pole dance enquanto a música rola ao fundo.
Lenny Kravitz é ou já foi o crush de todas nós. Quem já assistiu a um show seu sabe o quanto o artista exala sensualidade, até mesmo com um simples olhar. No alto de 1991 chegou à MTV o clipe de “Stand By My Woman”, um dos singles do disco “Mamma Said”. A produção traz o artista cercado por grupo de mulheres, consumindo-se em uma paixão avassaladora. Em algumas cenas, com imagens sobrepostas, as figurantes o tocam e ele se entrega de vez.
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