Eu me lembro da primeira vez que vi a Mariah Carey cantando ao vivo. O famoso MTV Unplugged (1992) acabava de sair em laser disc (gente, era tipo um DVD que deu errado) no Brasil e todo mundo que via aquilo ficava chocado. ISSO EXISTE? Na época em que o acústico foi gravado havia o boato de que a voz da Mariah, que tinha acabado de lançar seu primeiro álbum, autointitulado, era fabricada em estúdio. Sério. Ninguém acreditava que ela cantava, simplesmente porque aquele alcance, aquelas mudanças de uma nota para outra e aquela high note pareciam impossíveis de ser alcançadas.
Bom, na verdade, eram possíveis, sim. E o que a gente viu, nos primeiros anos da carreira de Mimi, era uma verdadeira atleta olímpica dos vocais. A cada álbum, a gente pensava: “Mano do céu, ela tá fazendo isso mesmo?”. Com passar do tempo, o registro foi mudando, a voz também, vieram os polêmicos lip syncs, mas Mariah manteve a qualidade de grande cantora que é e gosto do jeito que ela chegou cantando aos 30 anos de carreira.
Hoje, 27 de março, a Mariah faz 50 anos. Fazer essa lista foi uma verdadeira tortura pra mim. Minha vida é ver vídeos dela cantando ao vivo no YouTube. Alguns em boa qualidade de imagem, a maioria em péssima, mas cada um tem um significado importante: conta uma história da minha vida, me ajudou em algum momento ruim ou simplesmente me deixou embasbacado pelo talento dessa mulher. Se alguém aí é lamb como eu, talvez tenha os seus favoritos e, me desculpe se eles não aparecem por aqui. Você pode deixar nos comentários aquele vídeo que faz você amar ainda mais a Mariah. Eu quero ver!
Meu Natal só começa quando vejo essa versão! (E quando Mimi decreta o fim do Halloween, ok? É a regra!) O agora #19 number one (Sim, a gente conseguiu!) é cantado na companhia de Jimmy Fallon, The Roots e essas crianças que SÃO UM AMOR. Apenas, a rainha do Natal. <3 (
Grande parte do especial de Ação de Graças da NBC está disponível no canal da Mariah no YT. Mas a apresentação de AYNF (é assim que as lambs chamam), do álbum Music Box (1993), é maravilhosa e marca o estilo gospel que eu amo e apareceria em outras músicas da Mimi.
O comeback era real, as gays de 30 anos na grade no GMA (eu morta de inveja em casa), o single Beautiful (com Miguel) era bom, a nação lamb estava empolgada. No fim, a era The Elusive Chanteuse foi marcada por um álbum confuso (Dedicated e Make it Look Good são boas), mas nos deixou essa versão maravilhosa de We Belong Together. E amo a Mimi toda Barbie nesse vídeo.
A gay energy deste vídeo é absurda! HAHAHA Patti Labelle, madrinha da Mariah, divide os vocais com ela nesse clássico disco de Cheryl Lynn. Desconheço melhor jeito de começar o dia. Finalmente, a música acaba de chegar às plataformas digitais. Amém!
Com objetivo de ajudar as vítimas do furacão Katrina, o programa American Idol (It was a moment, dahlin’!) montou esse showzão. Mariah arrasou nessa versão ao vivo de Fly Like Bird, uma das melhores faixas do The Emancipation of Mimi (2005), que completa 15 anos no dia 30 de março. Gente, quando entra o coral… *mariah intensifies*
Depois de ganhar dois prêmios no ano anterior, Best New Artist e Best Pop Performance, Mariah estava de volta ao Grammy. E, olha, UAU. A versão dessa música, escrita em parceria com a legendária Carole King (Ouçam o álbum Tapestry, eu imploro), é de chorar.
A Rainha do Natal is bringing the church down. E o final é de chorar. O álbum Merry Christmas Deluxe Anniversary Edition (2019) traz esse show inteirinho, inclusive essa faixa. Dá pra ouvir aqui:
Nem a Mariah teve o abuso de sair cantando essa música ao vivo na época. A faixa título do álbum de 1997, que marca a primeira emancipation da Mimi (agora sem o marido, Tommy Motolla) é dificílima, o que faz dessa apresentação uma raridade. Depois do minuto 2:15, pode ajoelhar a aceitar a benção. Inesquecível.
Toda vez em que você achar que alguém canta bem, antes de tuitar, veja esse vídeo. Repita comigo: “I once was lost/But now I’m found/I got my feet on solid ground/Thank you Lawd”.
Isso, gente, confirma minha teoria de que, depois de um tempo, nesse caso 15 anos, as cantoras acham novos jeitos, ainda mais incríveis, de cantar as mesmas músicas. MC (often imitated, never duplicated) entrega tudo nesta versão para o canal BET do seu primeiro number one. Se o seu coração não bater mais forte em “so faithfully” (2:29), francamente…
A apresentação toda do SNL é incrível, mas é o ensaio de Vanishing que choca real. REAL. Também amo que, no minuto 2:29, uma exigente e putíssima Mariah avisa, CANTANDO E SEM SAIR DO TOM, os backing vocals: “somebody is doing the wrong note” (Alguém está fazendo a nota errada)
É aquele momento em que o artista está imortalizado em sua perfeição. É isto.
Quando o inimaginável aconteceu. Fora a bobagem de que Whitney e Mariah eram inimigas, a verdade é que juntar essa duas vozes era algo impossível de acontecer, tipo um dueto Beyoncé e Adele, sabe? Todo mundo ficou passado quando as divas se reuniram na faixa da animação O Príncipe do Egito (1998), vencedora do Oscar de Melhor canção no ano seguinte. Épico.
Só resta desejar: Happy anniversary, Mimi!
*Colaborou neste texto Thiago Theodoro
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