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Kylie Minogue brilha e mostra conexão ímpar com fãs em show no Festival GRLS!
A última vez que Kylie Minogue esteve no Brasil foi em 2008. Na ocasião, ela cantou pra uma plateia lotada no Credicard Hall. Agora, em 2020, não foi diferente. Todos com cada composição sua na ponta da língua, pra fazer bonito na primeira noite do Festival GRLS!.
É fato que ela com certeza viu quanta saudade o público brasileiro tinha. A musa australiana trouxe ao evento, que estreia neste fim de semana, o palco e repertório da “Summer Tour”, excursão que tem feito nos últimos meses pela Europa e o Oriente Médio como uma espécie de retrospectiva de seus 30 anos de carreira. Além do que estava previsto neste set que diga-se de passagem tinha tudo pra ser impecável, houve ainda algumas surpresas.
Portas gigantes se abriram no início do show revelando dançarinos e a própria Kylie, em carne e osso, o que causou gritos ensurdecedores por parte do público. A cantora abriu a noite com “Love At First Time”, do clássico disco “Fever”, enquanto o palco super colorido ia ganhando novas formas e tons. Seguiu com “WOW” e “On a Night Like This”, usando uma jaqueta brilhando escrito Brasil nas costas.
“Pareceu uma eternidade!”, disse em relação à espera de 12 anos pra voltar. “Parecia que todo dia eu sentia uma vontade enorme de estar aqui e por isso adicionei algo especial”. A novidade foi “In My Arms”, um dos grandes hits dançantes de sua carreira que foi incessantemente pedida por fãs que a encontraram nas ruas de São Paulo. Era óbvio que o público surtaria e Kylie, por incrível que pareça, se mostrou surpresa com a comoção. Foi pra dançar como se não houvesse amanhã.
Começa o segundo ato e a estética muda: cinema da década de 20. Kylie ressurge para cantar “Get Outta My Way” e mostra que esse momento será de muita coreografia. E é isso o que vemos quando ela continua com “Hand On Your Heart” e “In Your Eyes”. Aqui, ela também se lembra de quando esteve no Rio muuuuitos anos atrás para gravar o clipe de “Celebration”. De repente está sozinha no palco, pega o microfone e começa a cantar “The One”.
O começo é uma baladinha que depois se torna uma dance music super envolvente. Kylie olha para o público com satisfação e se solta dançando sozinha por todo o palco. Deu pra sentir nesse momento que ela viveu esse show com todo o calor dos fãs. Deslumbrante, retorna para o terceiro ato, tendo seu palco invadido por uma paleta de cores em vermelho. Entregando a melhor performance de “Slow” da carreira, pede a benção a David Bowie ao usar um sample seu pra engrandecer o que já era excelente.
O clima esquenta com a cantora sensualizando no centro do palco enquanto os dançarinos se entrelaçam. A música é sexy e a presença de palco faz jus a isso. Ela segue, em uma frequência alucinada, com “Confide in Me” e “Kids”, parceria com Robbie Williams. Chega a hora de outro hit gigante, talvez, o maior de sua carreira: “Can’t Get You Out of my Head”. Mais um momento histórico em que se ouvia o público cantando a música inteira, em coro!
Um novo ato começa e Kylie nos transporta para a era Disco, com dançarinos vestidos a caráter, bem anos 1970. É a vez de “Shocked” e “Better the Devil You Know” (que promoveu um momento cômico em meio a um susto, após ter se esbarrado em um “boneco de posto” gigante no palco hahahaha). Em um vestido azul brilhante, maravilhoso, ela ri junto e resgata o clássico “The Loco-Motion”, seu primeiro single. Que tal um novo mash-up? Se falamos de era disco, que venha “Bad Girls”, de Donna Summer. Bem retrô meeeeeesmo!
É chegado o clima de fim de show e a catarse só poderia ser disseminada com “All the Lovers”. Na hora de retribuir a surpresa, a plateia levanta balões em formato de coração, fazendo um dos pontos mais emocionantes da noite! Vivendo seu presente, Kylie Minogue volta com um terninho brilhante para cantar “Dancing”, do elogiado álbum “Golden”, arrasando na coreografia.
Puxou a última música da noite e surpreendida com mais um pedido: “Come Into My World”. Não fugiu e disse: “Sei que estamos sem tempo mas quero que vocês cantem um trechinho de uma música comigo”. Foi orgânico, bonito e simples, não era necessário muito mais. Colorido, energético e vivo, seu show teve como despedida “Spinning Around”, que terminou com a imagem da musa saindo do Memorial da América Latina com a bandeira do Brasil nas mãos.
O Festival GRLS! continua neste domingo (8), mas com a certeza de que São Paulo, sem Kylie Minogue, nunca é a mesma.
Fotos: Adriana Spaca