Um dos diretores mais influentes da cultura pop mundial, Pedro Almodóvar ficou famoso por sua estética colorida, aliada a enredos profundos, temática divertidíssima e importantíssima e uma linguagem muito particular. E foi pensando em apresentar o diretor pra vocês que o Papelpop reuniu doze (isso mesmo, DOZE!) filmes do cineasta que estão disponíveis no Telecine que garante os primeiros 30 dias de graça pra você que ainda não assina (obrigadoooo, Telecineeee!).
São vários os clássicos do Almodóvar no catálogo. Tem muita coisa boa, incluindo o sucesso mais recente, indicado ao Oscar esse ano, “Dor e Glória”. Com nos últimos dias a gente vai ficar em casa, que tal conhecer e ver filme bom deste que é considerado o papa do cinema espanhol?
Talvez um dos filmes mais conhecidos do realizador, “Tudo Sobre Minha Mãe” é um intenso drama que narra os caminhos de uma mulher que perde seu filho num atropelamento no dia do aniversário de 17 anos dele. À ocasião, o rapaz tentava conseguir um autógrafo com uma atriz famosa após ter assistido ao lado da mãe uma peça de teatro. Cansada de ter que aguentar o peso do luto sozinha, Manuela (interpretada pela brilhante Cecilia Roth) vai de Madri a Barcelona em busca do pai de seu filho, a travesti Lola. Nessa profunda história que ainda lança luz sobre a epidemia do vírus da AIDS/HIV, bem como em questões como identidade sexual e de gênero, nos vemos diante de personagens grandiosos, de fácil identificação. Não à toa, levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2000.
Aqui um destaque ainda para as atuações de Penélope Cruz e de Antonia San Juan, que interpreta a maravilhosa Agrado.
Neste longa-metragem indicado ao Globo de Ouro, a protagonista, a cantora Becky del Páramo, precisa deixar a criação de sua filha em segundo plano para investir na própria carreira. Depois de quinze anos afastada ela volta à Espanha e tenta retomar o contato com a jovem, mas descobre que hoje ela está casada com seu próprio ex-amante. “De Salto Alto” é um filme cheio de música e marcado pelo suspense de uma morte misteriosa. Há vários visuais incríveis e, claro, altas doses de melodrama.
Gael García Bernal, conte conosco pra tudo! Neste filme de 2004, entramos em contato com a história de Enrique Goded, um diretor de cinema que recebe um roteiro feito por um amigo de infância. Após este reencontro caloroso, ele decide fazer a leitura do projeto e entra em contato com diversas emoções vividas na própria juventude, entre elas a paixão que sentia pelo rapaz, bem como questões ligadas à religião, ao sexo e ao uso de drogas. Bernal brilha muito neste trabalho porque além de um dos protagonistas, também empresta seu corpo e sua arte a outros três personagens (inclusive o de um ator que estrela outro longa, rodado dentro da história. Louco né? O uso de metalinguagens, saiba, é uma das marcas do universo de Almodóvar).
Este aqui é um filme sobre como o desejo influencia as pessoas e os caminhos que se toma na vida. Lançado em 1986, “A Lei do Desejo” dialoga com temas como auto aceitação da homossexualidade, transição de gênero e até mesmo incesto. Profundo em suas reflexões, o longa demorou nove anos para ser lançado oficialmente no Brasil e foi o primeiro de Almodóvar feito de forma independente, através de sua produtora El Deseo.
Já ouviu falar naquelas histórias de fãs que se vêem obcecados por um ídolo ao ponto de cometer qualquer loucura? É mais um menos essa a narrativa de “Ata-me“, lançado em 1990. Aqui um jovem recém-saído de um hospital psiquiátrico (interpretado por um Antonio Banderas novinho, aos 20 e poucos anos) vai em busca de um reencontro com uma ex-atriz de filmes pornográficos. Quando trabalhava na indústria do sexo, ela se tornou seu ídolo. O que o rapaz descobre com sua liberdade é que agora a jovem abandonou a carreira e passou a atuar em longas comerciais.
Obcecado por sua musa, ele a amarra em uma cama até que sua família começa a suspeitar do sumiço. A situação pode parecer bem problemática, mas aí é que entra a magia de Almodóvar: o filme tem nas entrelinhas, além de uma referência muito inteligente aos fetiches de BDSM, questões sobre a fama e as nossas formas de amar. Destemido, o diretor lança luz sobre como podemos confundir, estando em um relacionamento, questões sutis ligadas à liberdade com abusos.
Nesta comédia lançada em 1984, Gloria, a protagonista, passa por um momento difícil: além de sustentar uma casa com um marido que a trai, um filho envolvido com o tráfico de drogas e uma sogra in-su-por-tá-vel, ela ainda tem que lidar com seu próprio vício em remédios para dormir. É um dos primeiros longas da carreira de Almodóvar – e o primeiro a ter uma distribuição internacional à época. Ótimo pra conhecer uma veia mais alternativa do cineasta!
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original no ano de 2003, “Fale Com Ela” tem uma história cheia de camadas. Usado uma linguagem com um pouco menos de cores, Almodóvar se aprofunda nas histórias e sentimentos de dois homens que se conhecem quando passam a cuidar de duas mulheres em coma. Uma delas é uma bailarina e, exatamente por ter um paralelo com a dança, a produção conta com a participação da conceituada dançarina e coreógrafa contemporânea Pina Bausch. Sabe quem também faz uma ponta em uma das cenas? Caetano Veloso! <3
Prazer e vingança são duas palavras que definem bem o enredo deste filme lançado em 1997. A narrativa de “Carne Trêmula” começa com um parto acontecendo em um ônibus. Anos depois, o bebê recém-nascido já é um homem que se envolve em um assalto a mão armada. Permeado por esse enredo policial, pode-se dizer que este é o filme da carreira de Pedro Almodóvar que mais se aproxima do gênero Ação. Uma ótima escolha pra quem gosta de sequências intensas e até mesmo violentas.
“Kika“, modéstia à parte, é um dos melhores filmes de Almodóvar (até porque faz as honras de Carmen Maura, uma de suas musas). Com um enredo bem doido, sua protagonista é uma maquiadora que recebe a proposta de trampo, digamos, um pouco diferente: maquiar um jovem morto para seu funeral. Ao chegar na mansão, a jovem descobre que o homem não está realmente morto e acaba se apaixonando por ele. Só existe um outro problema: Kika era amante do pai do “ex-morto”… sentiu o cheiro de problema?
Yolanda é uma cantora que tem hábitos não muito tradicionais, podemos dizer. Envolvida com as drogas, ela presencia a morte de seu namorado por uma overdose e decide se distanciar desse universo indo a um convento. O que ela não esperava era que, até mesmo nesse ambiente marcado pela religiosidade e pelas normas, a presença de pessoas perfeitas é algo inexistente. Lançado em 1984, este é um dos trabalhos mais comentados da filmografia de Almodóvar, dado seu experimentalismo, influenciado pelo também diretor espanhol Luis Buñuel, mestre do surrealismo.
Lançado em 1995, “A Flor do Meu Segredo” conta a história de uma escritora chamada Leo Macias que é bem sucedida em seu ofício. A jovem, porém, vive uma grande contradição em seu casamento que, diferente das histórias picantes de romance que escreve, vai de mal a pior. Seu marido quase nunca se faz presente, e Leo se entrega à bebida e a uma nova forma de contar suas histórias: tudo a passa a ser bem mais real e obscuro.
O mais recente filme do diretor chamou a atenção tanto da crítica, dos fãs e do mercado cinematográfico na última temporada de premiações. Não só porque tem uma participação de Rosalía e resgata antigas colaborações do realizador como Penélope Cruz e Antonio Banderas, mas porque é uma obra quase autobiográfica. O protagonista é um cineasta que começa, em dado momento da narrativa, a resgatar memórias de um passado cheio de acontecimentos fabulosos, mas nem sempre felizes. Sua trajetória, sempre aliada a temas muito presentes na vida de seu realizador, ganha novos contornos ao fazer esse exercício. Chega ao streaming do Telecine em 29 de março! Corre lá pra ver porque é lindo demais!
*Conteúdo oferecido por Telecine
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