A quarta-feira (22) começou agitada, principalmente em se tratando dos bastidores do Grammy. Isto porque no próximo dia 26 de janeiro acontece mais uma edição da maior festa da música norte-americana e com a proximidade da data, a ex-presidente Deborah Dugan, afastada do cargo em “licença administrativa”, resolveu dar um novo rumo pra essa história.
De acordo com a Pitchfork, ela disso em depoimento à Justiça americana que a premiação está repleta de fraudes e que há nos bastidores problemas que envolvem corrupção, racismo e abuso sexual. Seus advogados também afirmaram em um comunicado que as circunstâncias do afastamento de sua cliente devem ser investigadas pois estão “pouco claras”. Além disso, a denúncia que fez não seria “nem a metade da história que precisava ser contada”.
As alegações de Dugan repercutiram bastante nesta madrugada na imprensa norte-americana. A ex-representante, que assumiu o cargo no último dia 1º de agosto de 2019 e foi celebrada por ser a primeira mulher presidente e executiva chefe da premiação, disse entre outras coisas que membros do conselho que pertencem aos chamados “comitês secretos”, que escolhem os indicados, volta e meia possuem algum tipo de ligação com os artistas finalistas – o que é proibido.
Dugan também acusou os membros de conselho de usarem seus respectivos comitês como uma oportunidade de promoção dos artistas com os quais tinham relacionamentos, chegando a manipular o processo de indicação pra garantir que determinados singles ou discos fossem nomeados. O motivo? Impulsionar seu desempenho nas paradas de sucesso de modo que, participando, uma canção pudesse ser tocada durante a noite de gala pra atingir a um número maior de ouvintes.
Em suas palavras também era permitido que o comitê indicasse artistas que não estivessem no topo da lista de 20 nomes possíveis para a categoria, previstos em votação. Por fim, o comitê também teria fraudado as indicações a “Canção do Ano” em 2019, ignorando os artistas mais votados (Ariana Grande e Ed Sheeran) para incluir uma artista que estava na posição de número 18.
Dugan também alegou que o ex-CEO da Academia, Neil Portnow, teria estuprado uma artista estrangeira, que teve seu nome mantido sob sigilo, e que por esta mesma razão seu contrato não foi renovado. Segundo ela, o comitê já está ciente da situação. Em junho de 2018, após acusações de machismo, ele afirmou que deixaria o cargo.
Em resposta, a Recording Academy enviou uma nota à Variety nesta manhã comentando as investigações. A entidade se restringiu a falar sobre as acusações feitas no processo.
“É curioso que a Sra. Dugan nunca deixou claras essas graves alegações até uma semana depois que as queixas legais foram feitas contra ela pessoalmente por uma funcionária que alegou que a Sra. Dugan havia criado um ambiente de trabalho tóxico e intolerável e engajado em conduta abusiva e de bullying. Quando a Sra. Dugan falou sobre seus incômodos ao RH, ela especificamente instruiu o RH a ‘não fazer nada’ em resposta. De qualquer forma, nós imediatamente iniciamos investigações independentes para rever tanto a potencial falha de conduta da Sra. Dugan quanto as subsequentes alegações. Ambas as investigações continuam em curso. A Sra. Dugan foi afastada administrativamente apenas depois de oferecer seu posto e demandar US$ 22 milhões da Academia, que é uma organização sem fins lucrativos. Nossa lealdade sempre será aos 25 mil membros da indústria musical. Nós sentimos muito que a maior noite da música esteja sendo roubada deles devido às ações da Sra. Dugan e estamos trabalhando para resolver esta questão o mais rápido possível”.
Por enquanto as investigações seguem. O espetáculo do próximo dia 26, conforme a própria Recording Academy, seguirá como o planejado.
2024 foi o ano que colocou o Brasil na agenda obrigatória do pop, e eu…
Viva a Tropicália! Caetano Veloso será headliner do Coala Festival em 2025, na noite final,…
Rápido. Sem trapacear abrindo seu perfil no Letterboxd. Por qualidade, bilheteria, prêmio, meme ou qualquer…
Ele pisa no Brasil e já sabemos que vai chover 🇧🇷🌧️ O divo Post Malone…
TÁ VOANDO, BICHO! Sem pisar no Brasil desde 2010, Chris Brown aterrizou sua nave de…
Brisa de La Cordillera, mais conhecida como Brisa Flow, é uma cantora mapurbe marrona, MC,…
Leave a Comment