Onde procurar ajuda?
Centro de Valorização da Vida – CVV
Atendimento pelo número 188.
Serviços de saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, postos e centros
de saúde).
Emergência
SAMU 192, UPA, pronto socorro e hospitais.
Nos últimos anos, mais e mais celebridades falaram sobre suas experiências com a saúde mental, desde seus diagnósticos a sua relação com o autocuidado.
É sempre um assunto delicado falar sobre depressão, ansiedade, pensamentos suicidas ou qualquer outro transtorno psicológico. Por isso, é extremamente importante que se busque ajuda e que a representatividade de nossos ídolos, que passam por problemas semelhantes aos nossos, aja de maneira positiva. Não há vergonha alguma em se abrir sobre.
Demi Lovato, Halsey, Mariah Carey, Selena Gomez, Winona Ryder, Jon Hamm, Zayn, Brad Pitt, Lili Reinhart, Camila Mendes, Karamo Brown e Pete Wentz são alguns dos nomes que já desabafaram sobre questões do tipo no passado. Mas e agora, quem tem feito isso? Listamos aqui alguns famosos que comentaram sobre isto em 2019.
Lady Gaga já falou diversas vezes ao longos dos anos sobre saúde mental, sobre sua batalha contra a depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Em entrevista pra Elle neste ano, ela desabafou novamente sobre o assunto.
“Quando ganhei o Oscar por Shallow, olhei para ele e um repórter me perguntou: ‘Quando você olha para esse Oscar, o que vê?’ E eu disse: ‘Sinto muita dor’. Não estava mentindo naquele momento. Eu fui estuprada quando tinha 19 anos, repetidamente. Ao longo dos anos, fiquei traumatizado de várias maneiras por várias coisas, mas sobrevivi e continuei. E quando olhei para o Oscar, vi dor. Não sei se alguém entendeu quando falei na sala, mas eu entendi.”
Gaga ainda continuou:
“Eu tenho TEPT [transtorno de estresse pós-traumático]. Eu tenho dor crônica. A resposta neuropática ao trauma doloroso é uma parte semanal da minha vida. Estou tomando medicação; Eu tenho vários médicos. É assim que eu sobrevivi”.”Mas você sabe o que? Eu continuei, e aquele garoto por aí ou mesmo aquele adulto por aí que passou por tantas coisas, quero que eles saibam que eles podem continuar e que podem sobreviver e que podem ganhar seu Oscar. Eu também diria para qualquer um tentar pedir ajuda, quando se sentir pronto.”
A dona de “Joanne” também revelou que costumava se mutilar por um bom tempo, mas que era necessário enxergar novos horizontes.
“Na verdade, não me abri muito sobre isso, mas acho que é importante que as pessoas saibam e ouçam: eu me cortava por um longo tempo e a única maneira que consegui parar de me cortar/mutilar foi quando eu percebi que o que estava fazendo era tentar mostrar às pessoas que eu estava sofrendo, em vez de dizer a elas e pedir ajuda. Quando eu percebi que dizer a alguém: ‘Ei, estou com vontade de me machucar’, o ciclo interrompeu. Então, alguém ao meu lado disse: ‘Você não precisa me mostrar. Apenas me diga: o que você está sentindo agora?’ E então eu poderia apenas contar a minha história. Eu digo isso com muita humildade e força; Sou muito grata por não fazer mais isso e não desejo glamorizar isso. Uma coisa que eu sugeriria para as pessoas que lutam como trauma, questões de auto-mutilação, ou pensamentos suicidas, é gelo. Se você colocar as mãos em uma tigela de água gelada, isso choca o sistema nervoso e o traz de volta à realidade.”
Lizzo é uma das artistas que emanam uma energia boa, aonde quer que ela vá. Contudo, em junho, ela desabafou e contou que também lida com depressão :(
Em posts no Instagram, a dona de “Truth Hurts” escreveu à época:
“Estou deprimida e não tenho ninguém com quem conversar, porque não há nada que alguém possa fazer sobre isso. A vida dói.”
“Eu me amo muito porque tudo parece rejeição… Eu sinto como se o mundo todo estivesse me evitando às vezes. Triste demais hoje. Mas isso também vai passar. Gritem todas as mensagens de carinho. Obrigada”.
Lizzo também refletiu sobre seu sucesso, e que, mesmo com ele, ela tem estes momentos mais cabisbaixos. “Usei a tristeza de maneira tão construtiva nos últimos dois anos…. usei a tristeza como uma ferramenta de gratidão”, disse no vídeo.
Na legenda, escreveu: “Eu aprendi nas últimas 24 horas que ser emocionalmente honesta pode salvar sua vida. Pedir ajuda pode ser difícil, mas assim que o fiz, eu fui imediatamente coberta de amor (…). Meus gatilhos são: rejeição e inadequação. Mas eu amo que sou mais emocionalmente honesta ultimamente”.
Billie Eilish não tem medo de falar o que pensa, inclusive se a pauta é questões pessoais!
A cantora de “Bad Guy”, que lançou seu álbum de estreia em março de 2019, está participando de uma campanha com a AdCouncil, que incentiva as pessoas a falarem sobre depressão e ansiedade.
Billie comentou em entrevista que ainda está “tentando aprender” como cuidar de seus próprios problemas.
“Não te torna fraco pedir ajuda. Não te torna fraco pedir a um amigo, ir a uma terapeuta. [Você] Não deve se sentir fraco por pedir ajuda a alguém. ”
A cantora de 17 anos ainda falou da importância de conversar com alguém e de se buscar ajuda profissional.
“A principal coisa que eu estou tentando dizer é que você deve manter seus ouvidos abertos e você deve ouvir… isso pode realmente significar muito para alguém, porque você não sabe o que está acontecendo [em sua vida]”
Quem ouve as músicas de Billie sabe que ela já viveu (e ainda vive) com depressão e ansiedade:
“Eu estou apenas lidando com isso e estou tentando o meu melhor”
Assista a entrevista completa aqui:
Luísa Sonza pegou todo mundo de surpresa na segunda semana de dezembro de 2019. Em um desabafo no Twitter, a artista revelou que não tem se sentido muito bem e que seu desconforto se deve a um quadro de depressão – até então mantido em segredo.
Em outro momento, Luísa disse que não consegue mais ficar bem por muito tempo e que o estado tem a acompanhado por um bom tempo.
Whindersson Nunes, comediante e marido de Luísa Sonza, também comentou sobre seu processo com a depressão e como isso o afastou de atividades profissionais. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, em julho, ele comentou como se sentiu até culpado de ter essa doença.
“É justo o questionamento das pessoas. ‘Eu que sou trabalhador brasileiro e trabalho das 6h às 18, tenho que me sustentar e tenho três filhos, eu que deveria ter (depressão)’. Não é algo que me revolta porque a pessoa fala isso. Na verdade, vira um problema para mim. Fico pensando: ‘Poxa, realmente, eu não devia ter passado por isso’. Daí eu sou o culpado porque estou passando por uma coisa que não sei o que é, não sei como resolver, nem com quem conversar.”
Agora, com terapia e psiquiatra, ele também faz aulas de ioga, o que o ajudam. Nunes também revelou que está trabalhando na criação de um app que irá ajudar pessoas com depressão, promovendo atendimentos gratuitos. “A intenção do aplicativo é conectar gente que precisa de ajuda com quem pode ajudar. Só que essas pessoas que querem ajudar são profissionais, voluntários”, contou.
A cantora de “I’m A Mess” revelou em abril, em seu Twitter, que tem transtorno bipolar. Ela escreveu:
“Durante muito tempo, eu não entendi por que me sentia tão doente. Porque eu me sentia tão pra baixo que me fazia não querer sair de casa ou ficar perto das pessoas, e porque eu me sentia muito agitada que não conseguia dormir, que não me fazia conseguir parar de trabalhar ou criar música. Agora eu sei porque.”
“Eu sou bipolar e não tenho mais vergonha disto. Isso é tudo (chorando meus olhos pra fora).”
É muito importante que ela e tantas outras pessoas se sintam seguras para compartilhar seu diagnóstico ao mundo, né?! Por fim, ela concluiu:
“Eu não quero que vocês sintam pena de mim. Eu só quero que me aceitem. Amo vocês.”
Jesy Nelson, do grupo Little Mix, fez em 2019 um documentário com a BBC sobre a saúde mental dos jovens, focando em sua experiência com cyberbullying desde que entrou nos holofotes. O nome do doc é “Odd One Out”.
A artista veio, desde então, desabafando sobre a própria saúde mental. Ela fez um post em seu Instagram falando sobre a gordofobia sofrida, sobre ter vergonha de ser “a integrante gorda do Little Mix”, e como as filmagens de seu documentário a ajudaram a superar isto.
Leia aqui:
“6 meses atrás essa garota era alguém que eu só queria esquecer. Eu queria apagá-la da minha mente e da memória de todos. Eu não a via como Jesy, eu a via como “a gorda do Little Mix”. Até agora eu a odiava, não porque ela tivesse feito algo ruim, mas porque eu fui feita para odiá-la devido à quantidades infinitas de trolling/bullying. Desde a filmagem do meu documentário para a BBC, eu aprendi muito mais do que eu esperava. Graças a todas as pessoas inspiradoras que conheci nesta jornada emocional, agora amo a garota desta foto. Eu fiz este documentário para a Jesy de 2011 e para qualquer um que possa estar se sentindo como ela se sentia. Eu me recusei a falar sobre como me sentia por tanto tempo. Eu estava envergonhada e com medo. Mas eu estava tão errada em me sentir assim. Por favor, se você está sentindo como eu me sentia, FALE SOBRE ISSO. Converse com sua família, fale com seus amigos, sempre há ajuda por aí. Se você tivesse contado para essa garota na foto que um dia não se sentiria mais triste, eu nunca teria acreditado em você… e aqui estou eu. Agora, quando me olho no espelho, não vejo Jesy, a gorda, vejo Jesy feliz!”
Jonathan Van Ness tem se aberto mais sobre suas questões pessoais neste ano. Além de publicar seu livro de memórias, “Over The Top: A Raw Journey to Self-Love”, em que revelou ter sido vítima de uma série de abusos e ser portador do vírus HIV, ele também tem dado entrevistas desabafando sobre suas questões de depressão e ansiedade. Ele conversou com o Trevor Project sobre como lida com isso:
“A depressão não é tão fácil quanto dizer: ‘Apenas encontre sua alegria e você ficará feliz.’ Essa nunca foi a minha experiência”, disse ele. “Quando nos identificamos totalmente com a depressão, ela diz: ‘Você não tem alegria, não tem saída’. Haverá um crítico negativo interno em nossa mente que precisamos ser capazes de dissociar e nos afastar.”
Nesse também acrescentou que é importante ter pessoas em quem confiar (tanto profissionais, quanto entes queridos).
“Quando somos capazes de compartilhar com alguém com quem nos sentimos seguros, podemos perceber que essas coisas que estão acontecendo conosco não nos tornam desagradáveis e não são algo a ter como um grande segredo e não tornam nosso futuro sombrio. Na verdade, temos um futuro realmente maravilhoso e merecemos amor e segurança.”
Durante uma entrevista sensível ao “Sunday Today With Willie Geist“, em novembro de 2019, a estrela de “Frozen 2” e “The Good Place” conta que começou a se sentir “incrivelmente irresponsável” por não ter sido mais honesta sobre suas lutas com sua saúde mental no passado.
“Todo mundo acha que há vergonha [em falar sobre depressão e ansiedade]. Eu sou alguém que toma remédio para a ansiedade e para a depressão. Sou alguém que precisa me controlar e, às vezes – se me sinto muito mal – fazer uma lista de coisas boas e ruins da minha vida para ver se é meu estado mental ou se realmente temos um problema. E eu falar sobre isso realmente veio do [meu marido, Dax Shepard] – ugh, eu odeio dar crédito a ele por tudo, é tão irritante que ele esteja tão certo sobre tudo. Ele [meu marido] ficou tipo: ‘Por que você não fala sobre sua ansiedade e depressão?’ E eu nunca tinha pensado nisso antes.”
A atriz de “Empire” também pegou todo mundo de surpresa em uma entrevista em Abril para a Variety.”Eu sofro de depressão”, disse Taraji. “Minha ansiedade está aumentando ainda mais a cada dia, e nunca lidei com esse tipo de ansiedade. É algo novo.”
“Eu tenho um terapeuta com quem falo. Essa é a única maneira de superar isso. Você pode conversar com seus amigos, mas precisa de um profissional que possa lhe dar exercícios. Para que, quando você esteja no fundo do poço, tenha coisas a dizer a si mesmo que o tirem disso e tirem desses seus momentos mais fracos. É um profissional – alguém que estuda a mente humana e alguém que não tem riscos envolvidos. O trabalho deles é garantir que você esteja mentalmente correto, seja o que for, e dizendo a verdade, o que pode doer. Às vezes, seus amigos não querem magoar seus sentimentos. Se vou mudar para melhor, preciso de honestidade e, às vezes, seus amigos e familiares não precisam ser brutalmente honestos.”
A atriz também comenta que não foi fácil achar o terapeuta certo. Ela passou por diversos até achar a pessoa com quem se sentia mais confortável.
“Eu tive que passar por vários terapeutas até ver com quem me sentia a vontade e onde estava progredindo, e isso leva tempo. (…) Você não vai entender tudo em uma sessão só. Conversar com todos esses diferentes terapeutas, é um ofício. Você precisa continuar até encontrar o certo. É como um relacionamento. Tenho que me sentir confortável, porque é a única maneira pra eu continuar voltando. Para continuar lidando com essas coisas feias, tenho que me sentir totalmente segura.”
Henson também revelou que ela conversa com um terapeuta regularmente:“ O trabalho deles é garantir que você esteja mentalmente correto, seja o que for, e dizendo a verdade, o que pode doer. Às vezes, seus amigos não querem magoar seus sentimentos. Se vou mudar para melhor, preciso de honestidade e, às vezes, seus amigos e familiares não querem ser brutalmente honestos. ”
Em entrevista para o Net-A-Porter, a atriz comentou sobre questões de saúde mental, cujo tema é bastante importante para ela. Sophie já revelou abertamente sobre suas próprias lutas com ansiedade e depressão, e seu desejo da desestigmatização dos problemas e doenças mentais.
“O primeiro passo é apenas divulgar [o tema], falar sobre isso e torná-lo menos tabu para que as pessoas possam ir buscar ajuda e não se sintam envergonhadas de fazer isto. As pessoas se sentem muito envergonhadas com isso, então se, ao falar sobre, eu posso até ter um impacto em uma pessoa, isso seria incrível.”
Terminou dizendo:
“Meus pais ainda ficam tipo: ‘Por que você vai à terapia?’ E eu fico tipo ‘Porque estou deprimida, lembra?’ É uma coisa muito britânica – essa ideia que você deve seguir em frente com queixo para cima. A terapia é vista como um pouco autoindulgente. Mas terapia e medicação me ajudaram bastante.”
Centro de Valorização da Vida – CVV
Atendimento pelo número 188.
Serviços de saúde
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, postos e centros
de saúde).
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