Nesta sexta-feira (13) a banda Metronomy faz seu último show em terras brasileiras com a atual turnê, em Porto Alegre. O grupo britânico já passou por São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, também nesta última semana – uma longa jornada. Na capital paulista, onde tocaram no último sábado (07), o Papelpop bateu um papo com todos os membros da banda.
Fofos e solícitos, os cinco integrantes – Joseph Mount, Oscar Cash, Olugbenga Adelekan, Michael Lovett e Anna Prior -, nos receberam no local do show, a Audio Club, antes da apresentação começar – mesmo sob um sol intenso, o que certamente não é algo com o qual eles estão acostumados: “No hotel, tinha fãs na porta esperando por outra banda e eles estavam enfrentando uma São Paulo muito quente. Todos de preto. Respeito!”, diz Joseph, o líder do grupo, brincando.
Mas isso é apenas uma parte bem pequena da experiência que é estar no Brasil, para eles. “É muito especial. É um dos lugares que nem acredito que pagam pra gente conhecer”, comenta Olugbenga Adelekan, baixista do Metronomy. Joseph ainda completa: “Na primeira vez que viemos aqui já foi muito especial. Sempre que voltamos pra cá a gente sabe que tem bastante gente esperando por nós. O Brasil é um país incrível!”
Vem ler nosso papo na íntegra:
PAPELPOP – O disco mais recente de vocês, “Metronomy Forever”, é o sexto da carreira. Como o processo de criação mudou desde o primeiro?
JOSEPH – Não mudou muito. Tipo, tudo muda, mas o processo mesmo não. Sua experiência vai mudando, assim como seu equipamento. Mas o parar para produzir é exatamente o mesmo de sempre. Mas obviamente muito do fazer música é sobre como você pensa e isso com certeza mudou, só não sei dizer bem como! Hahaha Suas motivações e intenções mudam. Mas ainda é sobre sentar e brincar com o teclado.
E como é o trabalho de transformar todo o universo sonoro do álbum para o ao vivo, no palco e com os fãs? Qual é o objetivo que norteia esse processo?
JOSEPH – A gente quer que todo mundo se divirta! Hahaha
OLUGBENGA – Quando você olha para as pessoas e elas estão dançando e sorrindo, é o melhor sentimento. Tem umas bandas que levam as coisas tão a sério que eles querem que o público chore, por exemplo. Mas pra gente é sobre se sentir junto.
Ainda sobre o palco, tem algum artista no qual vocês se inspiraram quando começaram a tocar juntos?
JOSEPH – Que pergunta boa! Não sei se a gente pensou muito nisso… acho que talvez Talking Heads seja a única banda sobre a qual a gente já falou, por ser uma banda que traz teclados, sintetizadores e faz essa música mais dançante. E sei que eles têm ela pegada legal sobre presença de palco, mas nem sei se eu já vi de fato um show deles ao vivo, pra além do filme deles hahaha
OLUGBENGA – No meu primeiro café com o Joseph antes de entrar na banda, a gente realmente falou do “Stop Making Sense” [filme sobre o Talking Heads] e Prince.
JOSEPH – O que eles têm em comum é que eles não estão de forma alguma impor algo ao público. É tudo muito sobre fazer todo mundo se divertir e aproveitar as músicas.
Joseph, na última vez que conversamos por telefone, perguntei sobre as referências de estilo de vocês. O que tem inspirado vocês sobre moda?
JOSEPH – Não sei bem. Acho que é engraçado como, neste momento, a gente vive um revival dos anos 90, que vem muito do skate, né?
OLUGBENGA – Sim. Grunge e indie rock.
JOSEPH – O que a gente não consegue fazer por aqui [apontando pro sol escaldante]
Voltando a falar de música, há algumas semanas vocês lançaram um novo single, “La Grenade”. A gente pode esperar por mais música num futuro próximo?
Na verdade, não sei nem se falei isso pra vocês [da banda], mas ano que vem vamos tocar em Paris num lugar chamado La Cigale, por quatro noites seguidas. E vamos tentar gravar e fazer um disco ao vivo. Mas a gente ainda está na turnê e fica bem difícil de fazer qualquer coisa além disso, mas músicas novas vêm por aí!
Enquanto essas novas canções não chegam, vem ouvir com a gente o lindo “Forever Metronomy”:
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