música

Diogo Piçarra fala ao Papelpop sobre paternidade, novo álbum e parceria com brasileiros

O português Diogo Piçarra já é bastante familiarizado com o Brasil. O artista tem músicas, por exemplo, com o Jão e a dupla Anavitória. Bora ouvir?

No último dia 29, ele lançou seu terceiro álbum de estúdio — que se chama “South Side Boy”. Ali, o cantor trata das aflições juvenis em um tom nostálgico e bastante pessoal. Para saber mais sobre o projeto, sua relação com o Brasil e seus planos futuros, nós conversamos com o Diogo. Pelo visto, 2020 vai ser um ano intenso e cheio de novidades!

Dá uma olhada:

Papelpop: Vamos começar falando sobre sua relação com o Brasil! Você já compôs uma música (junto com vários outros artistas) para o Vitão cantão com a Anitta. Como que isso aconteceu?

Diogo Piçarra: Acreditei que a música tinha bastante potencial. Eu tive uma ideia do refrão enquanto estava no hotel aí me encontrei com o Vitão em um estúdio junto com mais pessoas, como Day Lins, Carol Biazin e tal. Foi uma manhã muito agradável e logo desenvolvemos a letra de “Complicado”. Foi muito fácil! As pessoas eram bastante talentosas. Tive muita sorte de estar aí no Brasil e ter a oportunidade de trabalhar com elas. Eu já fui ao Brasil muitas vezes para compor e produzir. Fico feliz que uma dessas canções tenha feito tanto sucesso depois de várias viagens. Espero voltar mais vezes… 

Você tem vontade de fazer mais parcerias com brasileiros? Com quais?

Eu adoraria fazer isso! Tenho algumas guardadas, mas o projeto tem que fazer sentido. Na música com o Vitão e a Anitta, por exemplo, era para eu cantar junto com eles. Só que eu achei que não fazia sentido. A canção ficava bonita entre um casal como era o Vitão e a Anitta durante o clipe. Eu iria ficar ali sem fazer nada. Aí achei que a faixa ficava muito boa com os dois. Em uma próxima oportunidade, gostaria de cantar com o Vitão, porque ficamos muito próximos e gostamos muito de trabalhar juntos. Também iria gostar de cantar de novo com o Jão ou a Anavitória. Quem sabe o Tiago Iorc também… E para fechar, é claro, a Anitta seria perfeita! Queria lançar algo com ela.

Aliás, por curiosidade, qual foi o primeiro cantor brasileiro que você ouviu? Você se recorda?

Tirando a Ivete Sangalo, como é normal, eu acho que foi o Netinho.

Você acha que o mercado brasileiro é bastante receptivo com os portugueses?

Cada vez mais, eu vejo o povo brasileiro pesquisando música portuguesa. Isso porque eu sinto que vocês são muito curiosos e gostam de saber o que se passa em Portugal. E por aqui temos muitas coisas diferentes que vocês não têm e vice-versa. Existe cada vez mais essa troca. Tanto que eu ouço brasileiros falando que conheceram o meu trabalho e querem que eu vá ao Brasil para assistirem a um show.

Recentemente, saiu o seu terceiro álbum de estúdio: o “South Side Boy”. Uma vez você disse que o projeto é bastante inspirado em inseguranças e aflições dos mais jovens. Como e por que você decidiu abraçar isso?

Foi porque também vivi isso e era algo que eu nunca tinha escrito. Fazia sentido. Eu comecei a escrever e as coisas que saíam eram muito pessoais, nostálgicas. Eu senti isso tudo também durante o contato com os mais jovens nos shows e em apresentações dos meus dois livros, que fiz nas escolas. Lá, eu vivo essas inseguranças mais diretamente. Achei que fazia sentido algo mais pessoal e sincero. 

Se você que indicar uma música desse disco para alguém que nunca ouviu o seu trabalho, qual seria?

(Risos) Aí temos um problema porque todas são muito diferentes. Uma é trap, outra é mais hip-hop, outra é mais urbana, outra é mais dancehall… Por isso, é muito difícil de escolher. Talvez, o single “Coração”. É uma canção muito direta, uma balada eletrônica e tem uma boa batida. Acho que muita gente vai se identificar com a letra e com o instrumental que é muito bom.

Eu fiquei sabendo que sua primeira filha vai nascer em breve. No mês de março, né? Isso vai mudar de alguma forma a maneira como você conduz a sua carreira? O que vai ser diferente em 2020?

Acima de tudo, eu vou ser pai, né? Vai ser um ano especial. E, depois, vou fazer um show muito grande no dia 28 de março com o meu novo disco. Essa vai ser a primeira vez que eu vou cantar na maior sala de Portugal. É um lugar que recebe muitos artistas internacionais e poucos portugueses. Por isso, vai tudo ser nessa altura, bem intenso e cheio de novidades. No próximo ano, a minha filha vai chegar, vou cantar meu disco ao vivo e tentar conciliar a agenda com a paternidade. Estou pronto e ansioso!

 

E vamos de stream:

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